BEBIDA por Danilo Costa | Matéria publicada na edição 116 da revista Versatille

 

As estações mais frias do ano podem até ser mais propícias para apreciar um bom vinho, mas há quem curta a bebida em todas as épocas, sozinho ou na companhia da família e dos amigos.

 

Também existem os colecionadores de rótulos, que, por onde passam, dentro e fora do Brasil, sempre vêm com a mala recheada de histórias. Afinal, quem entende da bebida, uma paixão universal, sabe que, mais do que escolher entre os tintos, brancos e rosés, há ainda uma diversidade de tipos de uvas e nacionalidades, que revelam muito da tradição de cada marca e dos cuidados com a fabricação.

 

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Com infinitas possibilidades e uma vida que, neste momento, pede que as pessoas fiquem mais em casa e aproveitem o tempo não só para trabalhar, mas também relaxar e se divertir, os ambientes dedicados ao entretenimento começaram a ganhar maior importância.

 

Quem nunca tinha pensado em ter uma adega, independentemente do tamanho dela, passou a considerar bastante a ideia. “Com a pandemia, as pessoas têm encontrado tempo, que antes não tinham, para algumas atividades de lazer. Um casal de clientes, por exemplo, fez um curso sobre vinhos e agora encomendou uma adega para até 100 garrafas”, confirma a arquiteta Cristiane Schiavoni.

 

 

Mas, antes de sair à compra de uma adega, alguns cuidados são imprescindíveis. Atualmente, existe uma diversidade de opções que atendem às variadas necessidades das pessoas. Há modelos prontos, que armazenam dezenas e até centenas de garrafas, de diferentes tamanhos e formatos.

 

 

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“Essas adegas são práticas, pois só precisam de um ponto de eletricidade para funcionarem e, em algumas opções, convém embutir no projeto de marcenaria”, explica a arquiteta Karina Korn. Para adegas maiores ou em situações específicas, a dica é conversar com empresas especializadas capazes de desenvolver projetos personalizados de acordo com o layout do espaço e o acervo das pessoas, possibilitando eleger diferentes tipos de materiais.

 

 

“Para desenvolver algo sob medida, é necessário analisar o espaço definido para a instalação, saber a verdadeira necessidade da adega, como a quantidade de garrafas, e se o local armazenará apenas vinhos tintos, brancos ou também espumantes”, explica Rafaela Vidigal, da Art des Caves, marca especializada no assunto.

 

 

Armazenamento e iluminação adequados são outras preocupações que não podem ser esquecidas. “É essencial que o ambiente seja fresco, não receba luz solar direta, além de as garrafas serem guardadas com inclinação suficiente para que fiquem em contato com a rolha, entre outros cuidados”, enumera a arquiteta Alice Martins, sócia de Flávio Butti no escritório AMFB Arquitetura.

 

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No quesito iluminação, o ideal é que as bebidas fiquem no lugar mais escuro possível e que os rótulos estejam protegidos dos raios UV. Arquitetos e especializadas sugerem uma iluminação de forma indireta para que a luz não incida nas garrafas, gerando um aumento de calor e, consequentemente, podendo oxidar a bebida e perder suas características. Optar por lâmpadas de LED (luz fria) não interfere na guarda nem no envelhecimento do vinho.