Por Gabrielle Torquato

 

Além de novas formas de “encontrar” amigos e familiares (online), de trabalhar (em home office) e mesmo de curtir suas comidas favoritas (por delivery, em vez de ir ao restaurante), a pandemia de coronavírus traz novos termos para nosso dia a dia. Um deles é palavra mascne. Talvez ela seja uma novidade para você, mas é bem provável que alguém dos seus círculos esteja sofrendo com isto: o aparecimento  de acne na região do rosto causado pelo uso constante de máscaras de proteção facial para evitar a infecção pelo vírus.

 

Como o uso da máscara é indispensável – e obrigatório – para proteger a si e às outras pessoas contra o Covid-19 enquanto não chega uma vacina, o melhor é entender como tratar e como evitar essa doença de pele. Conversamos com a dermatologista Denise Barcelos para descobrir como lidar com a mascne.

 

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Áreas do rosto mais afetadas pela mascne

Segundo a especialista, as marcas da mascne são mais comuns nas áreas do queixo, bochecha e nariz. Sua causa é o ambiente criado pelo tecido das máscaras faciais: quente e úmido, com a obstrução dos poros e glândulas sebáceas.

 

“É o que chamamos de acne por oclusão. E é agravada principalmente se o tecido que estiver em contato com a pele for sintético”, explica Denise.

 

Como evitar a mascne

A melhor maneira de prevenir o aparecimento dessas irritações é apostar em uma rotina de skin care. Lavar o rosto pelo menos duas vezes ao dia (pela manhã – antes de começar as atividades do dia – e à noite – antes de dormir) e investir na aplicação de hidratantes.

 

Para peles oleosas e mistas, o cuidado deve ser redobrado. “Estes tipos de pele já têm mais tendência para o desenvolvimento da acne, pois produzem mais sebo. Quando há obstrução, ocorre a inflamação”, destaca Denise. E continua: “Nestes casos, o cuidado com a higienização deve ser maior. É preciso lavar com sabonetes específicos para controle de oleosidade e sempre lembrar da tonificação”.

 

Além disso, Denise recomenda a preferência pelo uso de máscaras com tecido de algodão, seda ou TNT, pois eles diminuem o risco de dermatite de contato provocado pela fricção da peça com a pele.

 

 

E se a mascne já tiver prejudicado a pele?

Se a mascne já se manifestou, a prevenção não é mais uma alternativa. O melhor a fazer é se consultar com um médico especializado – dermatologista – e seguir um tratamento indicado especificamente para o seu caso.

 

Fórmulas “milagrosas” usadas por conhecidos não são indicadas, pois cada pele é uma pele. Sabonetes, cremes, loções e medicamentos devem ser prescritos individualmente, e as instruções de uso devem ser respeitadas para alcançar o resultado desejado: a pele saudável novamente.

 

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Fotos: Reprodução Instagram