Comece a investir do zero

O colunista Pedro Albuquerque descreve um planejamento eficiente para ter sucesso no longo prazo

(Getty Images)

As pessoas têm buscado alternativas para começar a investir, e esse comportamento pode ser confirmado por dados recentes da Bolsa de Valores (B3). Em 2021, houve um aumento de 1,5 milhão de investidores pessoa física (PF) no mercado, alta de 56% em relação ao ano anterior. Embora o ritmo de crescimento de PFs na renda variável tenha desacelerado em 2022, a alta da taxa básica de juros (Selic) tem impulsionado os investimentos em renda fixa, por exemplo. O número total de pessoas físicas na B3 atingiu 13,3 milhões no primeiro trimestre deste ano, incluindo investidores em renda variável, fixa, Tesouro Direto e equities.

 

LEIA MAIS:

 

É interessante ver a alta no número de investidores, pois nota-se que cada vez mais os brasileiros estão buscando autonomia financeira. Porém, sabemos que começar a trilhar o caminho dos investimentos nem sempre é fácil. É comum investidores iniciantes cometerem erros por conta da falta de conhecimento ou mesmo pela impulsividade. Além disso, grande parte das pessoas acredita que, para começar a investir e adquirir um patrimônio consistente, é importante ter uma boa quantia de dinheiro sobrando ou um nível de renda mais alto – o que não é verdade. Organização e planejamento também são fundamentais, pois são eles que permitirão trilhar os caminhos que farão chegar aos objetivos traçados.

 

O planejamento começa ao identificar seu estilo de investimento, pois é a partir daí que é possível ter clareza sobre seu perfil de risco para direcionar suas aplicações. Esse passo é indispensável, já que o nível de risco que está disposto a enfrentar e o horizonte de tempo da aplicação são algo muito individual. Alguns investidores cometem o erro de seguir a manada, com aplicações que estão na moda e que são totalmente fora de seu perfil, resultando na perda de dinheiro ou mesmo em um ganho abaixo do esperado.

 

Outra falha bastante comum para quem começa a investir é não focar inicialmente na construção de uma reserva de emergência, que é a projeção de seu custo de vida dentro de três ou seis meses. Esse valor deverá cobrir todas as suas despesas no período caso ocorra algum contratempo e deve ser aplicado em investimentos que possam ser resgatados a qualquer momento e com grande facilidade.

 

Para os planos de médio e longo prazo, os investidores iniciantes devem diversificar sua carteira, isto é, alocar seus recursos em diferentes ativos de acordo com seu perfil. Essa ação favorece os retornos e diminui as chances de riscos de perdas de patrimônio. Mas, antes de tudo, é necessário entender como funciona cada produto financeiro e outras diversas características, como volatilidade e prazo, por exemplo.

 

Investir pode ser mais fácil do que você imagina, mas se o investidor adotar alguns primeiros passos importantes, como as dicas anteriores, e adquirir informações por meio de cursos disponíveis com essa finalidade, a tendência é o sucesso no longo prazo. É preciso ter sempre em mente que cada pessoa tem um objetivo diferente e o que é melhor para um pode não ser para outro. Mesmo que obtenha ajuda especializada, cada um deve ter a responsabilidade sobre seu patrimônio. 

 

Por Pedro Albuquerque, CEO e fundador do TC | Matéria publicada na edição 127 da Versatille

 

 

Para quem pensa em ir para o Japão em busca de uma nova vida, também poderá procurar empregos aqui.