Saúde e distanciamento: 7 lugares para andar de bike por São Paulo
A pandemia potencializou (e muito) o uso da bicicleta no Brasil: além de evitar aglomerações, pedalar é excelente para a saúde física e mental
Por Maria Alice Prado
A sensação promovida ao pedalar é inigualável. Enquanto o vento bate no rosto e o sol atravessa a pele, o cenário à sua volta passa de corriqueiro a uma bela paisagem.
É um misto de liberdade com alívio, mesmo que por instantes, de preocupações da vida – que, com a Covid-19, ficaram mais intensas. Por todas estas razões, as vendas de bikes dispararam no Brasil durante a pandemia.
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Vendas de bicicletas em alta
Na plataforma OLX, por exemplo, o número de bicicletas compradas em junho – quando a quarentena já passava por uma certa flexibilização -, aumentou cerca de 98% em relação à média das duas primeiras semanas de março, antes do isolamento social entrar em vigor. E segundo a Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas), o crescimento foi de 118% nas vendas de bicicletas no Brasil entre 15 de junho e 15 de julho, em comparação ao mesmo período do ano passado.
A explicação para tamanha demanda é evidente: a bicicleta é um meio de transporte e de lazer que evita aglomerações. Seja para trabalhar, estudar ou se divertir, a bike é uma alternativa ao ar livre, mais barata que carros ou motos, por exemplo, não polui o meio ambiente e, de bônus, também funciona como atividade física para cuidar da saúde.
Bicicletas são recomendadas pela OMS
A utilização das “magrelas” está sendo recomendada até pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade reconhece o meio de transporte individual e sustentável como um dos mais seguros para quem precisa sair de casa em meio à pandemia.
Em um informativo divulgado pela organização, o ciclismo e a caminhada são defendidos como formas de limitar contato físico e prevenir a doença. Entre outros benefícios, a OMS cita a melhora na condição física: “Pedalar ajuda a atender ao requisito mínimo de atividade física diária, o que pode ser mais difícil devido ao aumento do trabalho e ao acesso limitado ao esporte e outras atividades recreativas.”
Roteiro para andar de bicicleta por São Paulo
Em meio a tantas vantagens, é quase impossível não sentir vontade de dar aquela pedalada pela cidade. São Paulo oferece uma diversidade de vias para andar de bicicleta que, além de tudo, contam com paisagens incríveis. Selecionamos sete lugares para andar de bicicleta pela cidade. Aproveite!
Importante lembrar: embora o uso da bicicleta possa diminuir aglomerações e, portanto, diminuir o risco do contágio pela proximidade, é necessário evitar pedalar em grupo pelo mesmo motivo. E, claro, sempre utilizar máscara cobrindo nariz, boca e queixo e álcool em gel a 70% para higienizar as mãos, os braços e todas as superfícies da bike que tenham sido tocadas.
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Avenida Brigadeiro Faria Lima
A estrutura cicloviária da Faria Lima conta com cerca de 18 km de extensão, considerando o eixo principal e as conexões. Além do passeio no “Vale do Silício brasileiro” , a avenida é famosa na cidade por concentrar uma grande quantidade de conglomerados empresariais, o que pode ser uma ótima alternativa de meio de transporte para chegar ao trabalho.
A avenida ainda possui uma enorme concentração de pontos de retirada e devolução da Bike Sampa, aplicativo que serve como um aluguel de bicicletas, e ótima estrutura para os ciclistas.
Avenida Paulista
Desde a inauguração em junho de 2015, a ciclovia da avenida Paulista é um sucesso entre os ciclistas. A avenida mais famosa do país dispensa apresentações nos quesitos beleza, história e popularidade.
Além dos 2,7 km principais, a região da avenida Paulista é a que possui maior malha cicloviária da cidade, contando com cerca de 45 km de extensão – considerando as conexões que chegam até as regiões da Sé e Higienópolis, por exemplo.
Rio Pinheiros
Seus 21,5 km de extensão fazem da ciclovia Rio Pinheiros uma excelente alternativa para o trajeto diário – mais saudável e certamente menos estressante que a direção pelas avenidas das redondezas.
A ciclovia liga a estação da CPTM Villa Lobos-Jaguaré até Interlagos, contando com outros diversos pontos de acesso pelo caminho. Pela ampla extensão, a ciclovia se torna uma possibilidade a se considerar para atravessar as zonas Sul e Oeste da cidade.
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Ibirapuera
Para além do próprio Parque Ibirapuera, um dos passeios preferidos dos paulistanos – com cerca de 158 hectares áreas verdes e muito asfalto para pedalar -, a região do Ibirapuera é outra excelente opção para os ciclistas: tanto para passeio quanto para o deslocamento de rotina. É possível chegar nas ciclovias da região por meio do encontro com outras ciclovias famosas (e já citadas) como a da avenida Paulista e a da Faria Lima.
Já quem quer sair direto do Parque Ibirapuera, por exemplo, pode pegar uma ciclovia no Portão 7 (Av. República do Líbano) e chegar até o Parque do Povo por meio dela – acumulando 15 km de extensão.
Parque das Bicicletas
O parque que leva o nome do meio de transporte não poderia ficar de fora. O Parque das Bicicletas, além de um ótimo lugar para pedalar, abriga uma vasta área para praticar esportes. O melhor é que é possível chegar até o parque, localizado no bairro de Moema, por meio da ciclovia já citada Paraíso – Ibirapuera.
Parque Villa Lobos
Localizado no Alto de Pinheiros, o Parque Villa-Lobos é uma das boas opções de lazer ao ar livre em São Paulo. O local possui 732 mil metros quadrados de área verde com ciclovia. De bike, o acesso pode ser feito pela ciclofaixa de lazer Parque Villa Lobos – Parque do Povo, mas com funcionamento somente aos domingos e feriados nacionais, das 7h às 16h.
Parque do Povo
Neste local, certamente o destaque vai para o contraponto entre as áreas verdes e os prédios comerciais. Com acesso disponível pelas ciclovias Parque do Povo – Parque do Ibirapuera, este parque está situado no distrito de Itaim Bibi. Sua ciclovia tem extensão de 1,3 km e contorna todo o parque, com bebedouros e banheiros com armários.
Além das ciclovias evidenciadas nesta matéria, a cidade possui uma quilometragem ótima para andar de bicicleta – até o fim deste ano, São Paulo terá a maior malha dedicada às bicicletas dentre todas as capitais brasileiras, com 676 quilômetros. Para acessar todas e adequar o passeio à sua região, visite o mapa de ciclovias/ciclofaixas da cidade.
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(Foto do destaque: Reprodução Instagram @avpaulista/@victorpontesfotografia)