Sim, essa é uma fotografia de um buquê de flores no espaço. O autor responsável pela obra é Makoto Azuma, artista e escultor botânico japonês. Não só no espaço, ele já colocou belíssimos arranjos florais dentro do gelo, debaixo d’água, em uma usina de energia abandonada na Bélgica e até mesmo na estratosfera.

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Nascido na província de Fukuoka em 1976, Azuma sonhava em ser um músico de rock. Em 1997, ele se mudou para Tóquio e começou a trabalhar como comerciante no Mercado Ota, um dos maiores mercados de flores do Japão. Foi então que entrou em contato com o universo botânico e ornamental e obteve inspiração para seguir profissionalmente no ramo.

Frozen Flowers (2021), por Makoto Azuma (Reprodução/Instagram)

Em 1999, ele conseguiu um emprego como gerente de uma floricultura. Sua carreira como artista de flores desabrochou só em 2002, com a abertura da JARDINS des FLEURS, floricultura inaugurada em parceria com o fotógrafo Shiinoki Shunsuketo. Por volta de 2005, Azuma começou a explorar uma nova forma de desenho floral que chamou de escultura botânica, pela qual é hoje conhecido.

Assim, foi criado o estúdio AMKK em Tóquio e, junto de sua equipe, Makoto Azuma deu início à produção de obras experimentais que retratam e revelam a beleza oculta das flores a partir de diversas perspectivas em lugares inusitados.

ICED FLOWERS (2015), por Makoto Azuma (Reprodução/Instagram)

“A beleza das flores atravessa as fronteiras de períodos de tempo, países, idiomas e religiões, e as pessoas sentem a singularidade de sua beleza intuitivamente”, afirma o artista japonês ao site norte-americano designboom. “As flores têm uma beleza universal. A razão pela qual as pessoas são fascinadas por flores é instintiva e compartilhada pela humanidade.”

Seus projetos trazem um viés poético, convidando espectadores a apreciar a força e o poder da natureza. O artista já teve exposições ao redor de todo o mundo, de Tóquio a Paris, Londres e Nova York. Recentemente, ele lançou a série “Micro-mundo” das flores, na qual apresenta a estrutura interna das espécies por meio de raios-X e tomografias computadorizadas.

FLOWER AND MAN – Diver, por Makoto Azuma (Reprodução/Instagram)

Ele cita que todas as suas criações são difíceis de executar fisicamente, desde aquelas feitas em florestas selvagens na Amazônia, passando um lago salgado na Argentina (com um calor que “quase queimou seus olhos”), um campo de neve em Hokkaido a -15 °C e até um penhasco íngreme na China.

“A vida das flores e a minha estão constantemente juntas, e é por isso que posso colocar minha alma em minha obra de arte, unindo-me às flores em um estado tão extremo”, finaliza.

FLOWER AND MAN – Skydiver, por Makoto Azuma (Reprodução/Instagram)

Por Redação Versatille