ArtRio 2021: galeristas e curadores falam sobre destaques da feira

Especialistas apontam destaques da feira, tendências no mundo da arte e a experiência do evento na pandemia

View of Rio de Janeiro, a partir de Thomas Ender, do artista Vik Muniz, da Galeria Nara Roesler (Divulgação/ ArtRio )
View of Rio de Janeiro, a partir de Thomas Ender, do artista Vik Muniz, da Galeria Nara Roesler (Divulgação/ArtRio)

Em sua 11ª edição, a feira ArtRio 2021 ocorre entre os dias 8 e 12 de setembro com modelo híbrido – presencialmente na Marina da Glória, Rio de Janeiro, e virtualmente na plataforma ArtRio.com. Mais de 60 galerias e 16 instituições ligadas à arte estão confirmadas na programação, que conta com palestras, conversas entre artistas e curadores e visitas guiadas a coleções e ateliês, transmitidas ao vivo pela internet.

 

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Os participantes foram divididos em duas categorias: panorama (com atuação estabelecida no mercado de arte moderna e contemporânea) e vista (galerias jovens, com até 10 anos de existência contando com projetos expositivos desenvolvidos exclusivamente para a feira).

 

Entre as participantes estão: Almeida & Dale Galeria de Arte, Anita Schwartz Galeria de Arte, Bianca Boeckel, Carbono Galeria, Casa Triângulo, Fortes D’Aloia & Gabriel, Galeria Athena, Galeria Lume, Galeria Millan, Gustavo Rebello Arte, Janaína Torres Galeria, Luis Maluf Galeria de Arte, Nara Roesler, OMA Galeria, Sé Galeria, Verve e Zipper Galeria.

 

Paisagem Fragmentada, do artista José Dávila, da Carbono Galeria (Divulgação/ ArtRio )

Paisagem Fragmentada, do artista José Dávila, da Carbono Galeria (Divulgação/ArtRio)

 

Conversamos com galeristas e curadores para captar as impressões da feira, nomes de destaque e a experiência de um evento artístico na pandemia. Veja a seguir:

Denise Mattar

“É muito estimulante estar num evento presencial, depois de tanta exposição digital! Nada substitui ver uma obra de arte pessoalmente… O interessante de uma feira é a variedade. Então podemos descobrir raridades de artistas modernos, já falecidos. Obras de contemporâneos já consolidados e artistas em ascensão. Dos modernos tem duas obras surpreendentes e opostas na Almeida e Dale Galeria de Arte: um Genaro de Carvalho enorme e um Guignard delicadíssimo. Entre os artistas contemporâneos já consolidados: Mariana Palma (Casa Triângulo) e Carmela Gross (Galeria Vermelho). Dos novos: Luiza Gottschalk (Galeria Aura) e, sendo coruja, meu filho Gabriel Mattar (Bianca Boeckel Galeria).”

 

Baleares, do artista Daniel Mattar, da Galeria Marcia Barrozo do Amaral (Divulgaçã/ ArtRio )

Baleares, do artista Daniel Mattar, da Galeria Marcia Barrozo do Amaral (Divulgaçã/ArtRio)

Camila Yunes Guarita

“A feira está muito boa, com uma energia boa, não tá muito grande. A Brenda Valansi [presidente da ArtRio] foi muito feliz na composição do evento, nos estandes lá de fora também, nessa parte do Solo, dos projetos em benefício, dos projetos para ajudar algumas ONGs, para ajudar outros projetos sociais… Eu acho que as galerias vieram realmente com vontade de mostrar obras importantes, outras jovens artistas. Então, a gente consegue fazer todo um percurso desde a década de 1930, até antes, até os artistas bem jovens, bem contemporâneos. Eu acho que isso que acaba tornando uma feira muito equilibrada. Gostei bastante, é muito bom a gente poder voltar para um feira física e reencontrar as pessoas, ter essa conversa, ter a troca, isso sempre é muito bom. Então, minha percepção é super positiva da feira.”

 

A língua como um estandarte, do artista André Vargas, da Portasvilaseca Galeria (Divulgação/ArtRio)

A língua como um estandarte, do artista André Vargas, da Portasvilaseca Galeria (Divulgação/ArtRio)

Bianca Boeckel

“É uma delícia ter um momento novo da arte né, um pós-pandemia ainda durante a pandemia. O público está alegre, a gente não vê nenhum sinal de pessimismo ou algum resquício da pandemia que poderia estar presente na reação das pessoas. As obras estão lindas, as galerias estão lindas, parece que o mercado volta com o ânimo renovado. Isso é o que eu destaco de positivo sabe, ânimos renovados. Novo fôlego. O que eu destaco de negativo, que eu acho importante falar: precisa ser feito um estudo melhor sobre como realizar essas feiras de arte ainda durante uma pandemia. Não acho que a gente chegou no modelo ideal, essa é a minha opinião. Pensando que, quando não houver mais a pandemia, os hábitos das pessoas vão ter mudado também. Eu acho que cada um de nós mudou em relação a tudo no mundo. Eu to falando de distanciamento, higiene, algumas atitudes nossas vão ser para sempre impactadas por tudo que a gente viveu e acho que a gente vai sentir isso bem latente no mercado da arte também. Então essa adaptação precisa ser muito bem pensada e muito estudada mesmo, porque o modelo não está funcionando.”

 

Por Redação Versatille

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