Gisele Bündchen, 40 anos: relembre a trajetória da übermodel brasileira

Viaje em um túnel do tempo da vida e da carreira da mais poderosa modelo que o mundo já conheceu

Por Maria Alice Prado

 

A dona de um dos catwalks mais famosos do mundo, que lhe concedeu uma terminologia exclusiva no mundo da moda, assopra velinhas hoje. Nossa Gisele Bündchen, brasileiríssima e única übermodel do planeta, completa 40 anos de vida neste 20 de julho de 2020. 

 

Ao longo de pouco mais de duas décadas – a carreira começou na adolescência -, Gisele já estampou cerca de 1.200 capas das maiores revistas de todos os continentes, foi eleita a mulher mais linda do mundo pela Vogue e pela Rolling Stone e, por 15 anos consecutivos, foi a modelo mais bem paga do planeta – mesmo após seu último desfile. 

 

Com 1,80m de altura, Gisele inaugurou uma era de “modelo sexy” para a indústria. Até então, as modelos precisavam ser muito magras e às vezes até com um aspecto pouco saudável. A top brasileira chegou para provar que modelos podem ter curvas e sensualidade. Assim, liderou um movimento de mudança no universo das fotos e dos desfiles. 

 

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A primeira – e única – übermodel do mundo

Gisele não só ultrapassou degraus do mundo fashion como conquistou um novo patamar para si. Modelos, topmodels, supermodels e, no topo da lista, ela: a übermodel – que em alemão significa a maior de todas. O termo foi criado pela revista norte-americana New York Magazine, no fim dos anos 1990, para designar especificamente o sucesso inédito atingido pela modelo brasileira, descendente de alemães. Na época, ela tinha apenas dezoito anos.

 

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Segundo lugar no concurso de beleza

O caminho até ser o rosto mais disputado entre as principais maisons do mundo começou aos 14 anos de idade. Em uma excursão a São Paulo com a turma da escola de Horizontina, sua cidade natal no Rio Grande do Sul, Gisele foi descoberta por olheiros em um shopping.

 

A sede paulistana da Elite Model Management, uma das mais importantes agências de modelos do mundo, convenceu a garota a fazer seu primeiro book. Em agosto de 1994, Gisele Bündchen estreou nas passarelas no concurso “The Look Of The Year”, da própria agência. Ficou em segundo lugar, classificação que garantiu sua mudança para São Paulo e o investimento para valer na carreira. 

 

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42 rejeições antes do reconhecimento internacional

 

O começo da carreira de Gisele não foi um mar de rosas. Fez capas e editoriais de revistas brasileiras importantes, mas foi negada para diversos trabalhos sob justificativas sem sentido: diziam que ela tinha o nariz muito grande, os olhos pequenos e que ostentava seios muito fartos para o padrão da época. 

 

Em 1996, mudou-se para Nova York (EUA), onde as coisas inicialmente não melhoraram. Passou dois anos indo a castings diários, nos quais foi rejeitada 42 vezes. Apenas em 1998 a gaúcha se destacou e conquistou uma vaga no desfile de Alexander McQueen. Naquele mesmo ano, posou para sua primeira revista internacional, a Marie Claire britânica. As coisas começavam a engrenar.

 

“O retorno da modelo sexy”

 

O estouro da carreira de Gisele aconteceu no ano seguinte, 1999. A brasileira foi escolhida para estampar a capa da revista de moda mais importante do mundo, a Vogue norte-americana. E não só isso: a editora Anna Wintour consagrou a imagem de Gisele como “o retorno da modelo sexy”. 

 

Seguiu sendo estrela da revista nos meses de julho, novembro e dezembro. Ganhou o prêmio de Modelo do Ano no evento VH1/Vogue, além de um famoso e ousado ensaio fotográfico de Irving Penn que a elegia como representante da “volta da curva”. A partir disso, deslanchou, dando início à sua longa carreira de sucesso internacional.

 

 

Gisele foi o principal nome da Victoria’s Secret durante o período que modelou pela marca, de 2000 a 2007 – ela integrava o seleto grupo de elite de modelos chamadas “Angels”. Logo no primeiro ano, foi destaque da loja de lingeries vestindo a peça Red Hot Fantasy, cravejada de pedras preciosas, que custava quase 15 milhões de dólares. O sutiã entrou para o Guiness Book como o mais extravagante e caro item de lingerie já criado.

 

 

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Multitalentosa: Gisele Bündchen no cinema

Gisele Bündchen e Emily Blunt em cena de “O Diabo Veste Prada”

 

O sucesso no mundo da moda abriu as portas para algo que Gisele sempre dizia ter curiosidade de tentar: papeis em filmes de Hollywood.

Em 2004, estrelou, ao lado de Queen Latifah e do comediante e apresentador Jimmy Fallon, o filme “Taxi”. E teve também a inesquecível participação especial em “O Diabo Veste Prada”, em 2006.

 

Nada menos que a maior estrela da história da moda

Nos anos seguintes, Gisele só consolidava ainda mais seu nome: foi listada pelo New York Daily News, em 2008, como a quarta pessoa mais poderosa do mundo da moda; em 2009, o The Independent a chamou de “a maior estrela da história da moda”.

 

A década de 2010 não podia ter sido diferente. Gisele foi fotografada pelos mais importantes profissionais e desfilou para as maiores grifes e estilistas, nas mais valiosas Semanas de Moda do planeta. Na lista, nomes como Valentino, Versace, Ralph Lauren, Dolce & Gabbana, Givenchy e Dior, entre muitas outras. 

 

 

Diante de tanta grandiosidade, em 2014 a übermodel foi nomeada porta-voz do perfume mais famoso do mundo, o Chanel nº 5.

 

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“Garota de Ipanema” gaúcha na Olimpíada do Rio-2016

A carreira pode ser internacional, mas Gisele é muito nossa! Na abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, é claro que ela foi a escolhida para representar a beleza brasileira para todo o planeta.

 

Ao som de “Garota de Ipanema”, o clássico de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, Gisele encantou o mundo com um vestido brilhantíssimo, seus cabelões marcantes e muita, muita emoção.

 

Filantropia, amor pela natureza e ativismo

 

Gisele Bündchen, hoje, é conhecida por mais que sua carreira de modelo. Além de empresária, tem participação ativa em projetos de engajamento social. Já colaborou com diversas coleções criadas exclusivamente para arrecadação de fundos para causas como o tratamento e a busca pela cura da Aids e a preservação da Floresta Amazônica. 

 

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Com tanto engajamento, em setembro de 2009 Gisele Bündchen passou a ser Embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas para questões relacionadas ao Meio Ambiente.

 

 

Um dos projetos mais conhecidos da modelo é o Água Limpa, que criou ao lado do pai, Valdir Bündchen, para recuperar a qualidade da água em Horizontina, sua cidade natal. 

 

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E, assim, Gisele também foi premiada pelo Instituto de Meio Ambiente e Sustentabilidade da UCLA (Universidade da Califórnia – EUA).

 

 

Fim dos desfiles e foco na família 

O adeus de Gisele Bündchen às passarelas aconteceu em 2015, em um desfile da marca Colcci, na São Paulo Fashion Week. A modelo revelou que sintomas físicos e a vontade de querer passar mais tempo com a família a fizeram tomar a decisão de sair do circuito de semanas de moda. 

 

 

Gisele Bündchen e Tom Brady: de um encontro às cegas à vida em família

 

Quis o destino que a maior modelo do mundo casasse com o maior jogador de futebol americano da história. Gisele conheceu Tom Brady em 2006, em um encontro às cegas promovido por amigos em comum dos dois. Foi amor à primeira vista, e em 2009 eles se casaram em uma cerimônia apenas para familiares e amigos próximos.

 

O casal tem dois filhos: Benjamin, nascido em 2009, e Vivian Lake, nascida em 2012. O primeiro filho de Brady, Jack, também é parte do cotidiano da família, e Gisele sempre se refere a ele como “o meu mais velho” ou “meu filho bônus”.

 

 

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Fotos: Reprodução Twitter/Instagram e Divulgação