Perrengue chique: 8 personalidades relembram contratempos em viagens

Atire a primeira mala quem nunca se viu em situações difíceis durante viagens. Sem perder o humor, convidados de Versatille relembram contratempos glamourosos — ou quase — que encararam no exterior

Atire a primeira mala quem nunca se viu em situações difíceis durante viagens (algumas delas, convenhamos, bem engraçadas, como mostram os posts de Instagram do Perrengue Chique). Sem perder o humor, convidados de Versatille relembram contratempos glamourosos — ou quase — que encararam

 

TUDO POR UM DESFILE DA VERSACE

“Estava em Londres com Marina Morena quando um amigo nos convidou para o desfile da Versace, em Milão. Isso dez dias antes do evento, o que deu tempo de a gente se programar direitinho. Fomos à loja da grife, escolhemos look, ganhamos roupas de presente. No dia do voo, a gente se atrasou. O jeito foi comprar outra passagem, que custava uma fortuna – ela comprou para mim, de tão cara que era. Embarcamos. Spray no cabelo em pleno avião, roupa trocada naquele banheiro minúsculo… Correria! Largamos as malas na casa de uma amiga e nos apressamos para o desfile. Assim que entramos, apagou a luz e não tínhamos lugar para sentar. Nossa sorte foi encontrarmos Heleninha Bordon e Thássia Naves, que se apertaram na primeira fila para a gente caber.”  | Beto Pacheco, promoter

 

ANTES DA FAMA, AS LÁGRIMAS

“Eu tinha uns 15 ou 16 anos, era iniciante, e fui com Gisele Bündchen, Fernanda Tavares e outras modelos para o Uruguai. Tinha rolado um pacote com a agência que me representava por lá, e a gente ia participar de um desfile super famoso que acontecia uma vez por ano, na praia, com passarela de vidro. Pensamos que, depois da passarela, nosso destino era um hotel-cassino bem chique que tinha acabado de abrir. Na hora do check-in, o baque: do nosso grupo de brasileiras, apenas a Gianne Albertoni, que havia acabado de estourar, tinha quarto lá. Levaram a gente para um hotel xexelento, com roupa de cama suja. Cobrimos tudo com toalha de banho para poder dormir. Lembro muito bem a gente sentada na calçada chorando porque não tinha dinheiro para pagar um hotel melhorzinho.” |  Carol Ribeiro, modelo e apresentadora

 

SEM TETO EM MILÃO

“Era fim de férias. A gente tinha um voo de Milão para São Paulo. Quebrou uma aeronave, cancelaram nosso voo e prometeram que realocariam a gente em outra companhia aérea. Beleza, pensamos que o embarque seria no máximo no dia seguinte, mas descobrimos que não tinha previsão. Ficamos três dias direto no aeroporto de Malpensa, esperando notícias de quando conseguiríamos deixar a Itália. Chegou a um grau de desespero que minha mulher, Karina, e eu fomos à catedral da cidade pedir ajuda divina. Não é que deu certo? Eu vim de econômica, ela voou na executiva.” | Kako Perroy, empresário

 

 

PERDIDA NO METRÔ DE PARIS

“Fui a uma feira de decoração em Paris com uma amiga. Para não andar com muita coisa, ela ficava com uma bolsa que tinha nossos passaportes, dinheiro e cartão. Isso numa época em que não havia essa facilidade de comunicação toda de hoje. Um dia, saímos cedo para fazer compras. Queríamos um relógio muito transado, à venda numa loja afastada, e pegamos o metrô. Tudo certo na primeira baldeação. Na segunda, também. Mas, na terceira, uma multidão me jogou para dentro do trem, enquanto minha amiga ficou na plataforma. Tentei gritar para ela que ia descer na estação seguinte, mas ela não ouviu. Eu não falava francês nem inglês, estava sem dinheiro e não sabia o endereço do hotel. Minha sorte foi que, acho que trazido pelos céus, apareceu um amigo dela, que me socorreu.” | Brunete Fraccaroli, arquiteta

 

DO ESQUI PARA A MACA

“Não tem perrengue chique maior do que esquiar. Nunca aprendi! Venho de família nordestina, então me sinto muito mais confortável com praia, areia e sol. Mas, enfim, lá fui eu rumo à neve. Precisei comprar umas roupas horrorosas, que custavam um rim praticamente. Cheguei, caí várias vezes, fui retirada de maca inúmeras vezes. Chorei. Ou seja, glamour zero.” | Mica Rocha, influenciadora digital

 

 

 

DESPEDIDA EM LAS VEGAS

“Organizei um casamento em Las Vegas. No dia anterior à cerimônia, era a despedida de solteiro oficial. As mulheres iam a uma loja de lingerie. Os homens tinham uma programação própria. Ficou combinado que todo mundo ia se encontrar numa balada que é a mais famosa de Las Vegas. A mulherada chegou primeiro. Passou mais de uma hora e nada de os homens chegarem. Elas ficaram enlouquecidas, começaram a beber, se animaram. No camarote do lado havia vários árabes. Dois deles cismaram com as meninas, me chamaram e deram não sei quantos mil dólares para comprar bebida para elas. Expliquei que eram todas casadas e que os maridos iam chegar a qualquer momento, mas eles insistiram. Uma hora chegaram a oferecer não sei quantos camelos. Os rapazes só foram aparecer às 4 horas da manhã na balada. Sei que no dia seguinte, na hora da cerimônia, os casais que eram padrinhos quase não se olhavam. Eu que tive de fazer o meio de campo e remediar a situação.” | Andrea Guimarães, organizadora de festas

 

VALEU A PENA SE MONTAR

“Eu sou muito fã da Cher, a ponto de produzir um look com plataforma de 18 centímetros para ir ao show dela, em Las Vegas. Na cabeça, um enfeite com uma flor enorme. Eu estava me sentindo a própria cantora, mesmo precisando ir deitada no banco do táxi, porque não cabia. Meu marido saiu para comprar champanhe, daí quando voltou, foi chamado por um segurança. Eu cismei que íamos ser expulsos, que tinha dado algum rolo com cartão de crédito, sei lá. Coisa de fã surtada, acho. Na verdade, tinham gostado tanto do meu look que um pessoal da produção nos deu ingressos para uma área VIP, mas eu não conseguia acreditar. Achei que era pegadinha, cilada. Com muito custo, aceitei falar com uma mulher da equipe de produção que explicou que eles sempre reservavam alguns lugares para as pessoas mais bem produzidas, e eu havia sido eleita uma delas. Vi o show todo cara a cara com minha diva.” | Patricia Gaiotto, médica

 

LINDA VISTA, MAS O SERVIÇO…

“Fui para um restaurante na Puglia chamado Grotta Palazzese, que fica num espaço do século 18. Lá era palco de eventos da realeza e tem uma vista linda. Sempre quis ir. Fui uma vez no meu aniversário. O lugar é incrível, mas a gastronomia não é compatível. É caro pelo que oferece. Da última vez que fui, com uma turma de 15 pessoas, havia crianças no grupo. O estabelecimento cobrou menu degustação de todos, inclusive dos pequenos. Havia ainda um horário específico depois do qual não se podia ir com crianças. Cumprimos todas as exigências, mas o serviço foi um caos.” | Daniela Filomeno, jornalista especializada em turismo e gastronomia

 

*Por Ricky Hiraoka

 

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