Por Gabrielle Torquato

O yoga está muito conectado com a ideia de autoconhecimento. Através das posições, técnicas de respiração e concentração, trabalhamos a paciência, a elasticidade e buscamos o equilíbrio entre o corpo e a mente. Por essas e outras características, é muito fácil presumir que esta é uma técnica que deve ser realizada sozinha, certo? Não!

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Conhecendo o Acroyoga

Uma prática que tem se mostrado cada vez mais eficiente é o Acroyoga, uma mistura de posições de yoga com acrobacias e massagem tailandesa, que deve ser realizada com no mínimo duas pessoas. Diferente dos exercícios convencionais, esta técnica exige companheirismo e um cuidado com o próximo, pois só assim é possível superar os desafios e enfrentar as posições de uma forma mais leve.

Durante a prática existem três elementos que trabalham juntos:

Base: levanta os demais e possibilita que eles se equilibrem durante as acrobacias. Ela também dita o momento em que as posições serão mudadas, e portanto está no comando da situação.

Voador: é a pessoa que está sendo erguida para realizar os movimentos. Na maior parte do tempo, ela está sendo conduzida pela base.

Anjo: auxilia a base e o voador durante as posições e evita que acidentes aconteçam.

Andreza Gomide, especialista em Acroyoga, explica que os alunos não precisam ter nenhum preparo físico prévio, e por isso a prática é muito inclusiva. “As pessoas que já praticam yoga têm um pouco mais de flexibilidade e o corpo entende melhor os comandos, conhece as posições”, diz. Mas essa “vantagem” pode não contribuir muito na hora da prática. “Você pode até conseguir fazer no chão, mas agora está em cima de outra pessoa e precisa confiar nela, e não só em você”, explica Andreza.

Crédito: Reprodução Instagram

Os benefícios vão além do físico

Com poucos meses de prática, já é possível perceber uma mudança na flexibilidade e um ganho de força. No entanto, o que mais chama a atenção da especialista é a quantidade de alunos que relatam ter ganhado mais confiança na tomada de decisões no trabalho e na vida pessoal. “A prática do Acro traz esse sentimento de superação e isso se expande para outros âmbitos da rotina”, explica a especialista.

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É comum que os praticantes se identifiquem com a posições que normalmente ocupam, Andreza explica que eles percebem dentro da prática comportamentos similares aos que eles têm fora.

“Tive uma aluna que nunca gostava de fazer base. Era uma pessoa com um cargo alto, uma executiva, que precisava dar ordens e distribuir tarefas. Mas ela odiava fazer isso. E por isso ela gostava de ser voadora, porque ali no acro ela não tinha que pensar ou mandar em alguém. Um dia ela me contou que, apesar de não gostar, fazer a base quando eu pedia estava ajudando ela no trabalho” – Andreza Gomide, especialista em Acroyoga

 

Como começar?

Já nas primeiras aulas, os alunos são capazes de realizar as posições tanto como base, quanto como voador. A prática não exige nenhum equipamento avançado, basta um tapete de yoga e uma almofada de apoio para os iniciantes.

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“A única coisa que eu peço é que as pessoas aceitem o desafio. Nas aulas, fazemos uma preparação. Meia hora de yoga, pra poder movimentar o corpo e ganhar uma consciência corporal. O Acro requer muito mais confiança e acreditar que você pode fazer do que ter um porte físico atlético”, explica.