“Tenho certeza que o empreendedorismo pode ser uma alavanca poderosa para a transformação social”, diz Camila Farani

No quadro Persona Versatille, a empresária responde sete perguntas sobre sua visão de mundo

Foto: Divulgação

Empresária, investidora-anjo e um dos “tubarões” do programa Shark Tank Brasil, da Sony, Camila Farani é formada em direito e tem mestrado em administração de empresas. Por mais que tenha ganhado parte de seu destaque nacional por conta da projeção televisiva, a empresária possui um currículo extenso e repleto de conquistas. Ao longo de sua carreira, investiu em mais de 30 negócios. Em 2017, tornou-se cofundadora da G2 Capital, uma empresa focada em investimentos em boas ideias. Em entrevista para a Versatille, ela compartilhou um pouco da sua visão de mundo.  

 

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Versatille: O que considera sua maior conquista? 

Camila Farani: É muito difícil falar sobre uma única conquista depois de alguns bons anos de caminhada, principalmente agora, com a chegada do Lucca, que veio para abrilhantar os meus dias, e obviamente que eu não poderia deixar de mencionar a Tula, minha companheira maravilhosa. Além disso, eu tenho um time que é incrível, e sem ele eu nem sei como as coisas aconteceriam… acho que nem aconteceriam (risos). Mas, acerca da minha carreira, posso dizer que minha maior conquista, sem dúvida, tem sido a capacidade de influenciar positivamente a vida de homens e mulheres empreendedores. 

 

V: O que é felicidade para você? 

CF: Eu costumo dizer que a felicidade vai muito além de um estado emocional momentâneo. É uma jornada de realização pessoal e conexão com propósitos mais profundos. Para mim, a felicidade está intrinsecamente ligada ao equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, ao crescimento próprio e ao impacto positivo que posso gerar no mundo. 

 

V: Alguém que admira? 

CF: Eu admiro tanta gente (risos). Mas, sem dúvida nenhuma, a primeira pessoa que veio à minha mente quando você me perguntou foi minha mãe. Meu maior exemplo de força, de mulher inovadora, e com certeza de onde veio essa minha veia empreendedora. Além dela, uma das pessoas que mais admiro em toda a minha jornada é a empreendedora e autora Brené Brown. Sua abordagem sobre vulnerabilidade, coragem e empatia tem sido uma fonte constante de inspiração para mim. 

 

V: Um sonho que ainda quer realizar? 

CF: Um dos sonhos que ainda desejo realizar é criar uma plataforma de impacto social que ajude a capacitar empreendedores e empreendedoras em comunidades carentes. Tenho uma profunda certeza de que o empreendedorismo pode ser uma alavanca poderosa para a transformação social, e quero ter um papel ativo nesse processo. 

 

V: Qual foi o maior desafio que já enfrentou e como o superou? 

CF: Acho que um dos maiores desafios pessoais e profissionais que enfrentei ao longo de minha carreira foi a necessidade de equilibrar meu papel como mulher e empresária. Além disso, teve a questão do preconceito. Por ser uma mulher inserida em um cenário que até então era “pertencente” somente aos homens, eu automaticamente fui bombardeada com olhares preconceituosos que praticamente me diziam: “O que você está fazendo aqui?”. Mas conseguir continuar me permitiu ocupar o lugar que ocupo hoje. Isso dá aval para outras mulheres seguirem pelo mesmo caminho. 

 

V: Qual é seu destino ou lugar preferido no mundo? 

CF: O lugar mais acolhedor do mundo é a minha casa. O lugar onde sou a Camila, esposa da Tula, mãe de quatro pets e agora do Lucca, que está a caminho. Agora, é claro que eu já estive em muitos lugares especiais ao redor do mundo, e um dos destinos que mais me marcaram e que considero um dos mais inspiradores é o Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos.  

 

V: O que inspira você? 

CF: Muita coisa, mas eu resumiria tudo a uma única frase: a resiliência humana me inspira! A busca pelo conhecimento, a inovação, a diversidade e a capacidade de criar um impacto positivo. Esses elementos são a essência do empreendedorismo e da liderança, e é essa energia que me impulsiona diariamente e me faz acreditar no potencial ilimitado das pessoas e do mundo. 

 

Por Beatriz Calais | Matéria publicada na edição 133 da Versatille