Roteirista d’Os Simpsons nega que desenho previu coronavírus

Bill Oakley se disse enojado pela teoria que aponta semelhanças entre o episódio Marge in Chains e a realidade da pandemia atual do Covid-19

Embora a animação d’Os Simpsons seja constantemente citada – em tom de piada, na maior parte das vezes – por prever o futuro, as recentes comparações do coronavírus com o episódio Marge in Chains, lançado em 1993, foram classificadas como “péssimas” e “nojentas” pelo roteirista da série, Bill Oakley.

 

Ele não achou a menor graça ver seu nome associado à teoria de que, no episódio, há uma pandemia da “gripe de Osaka” na cidade fictícia de Springfield. A doença é transmitida por caixas de suco de uma empresa japonesa. Para Oakley, “a ideia de que alguém se aproprie dela [história do episódio] para fazer com que o coronavírus pareça uma trama asiática é nojento. Não gosto que seja usado para fins nefastos”.

 

 

O roteirista defende que o episódio tenha como inspiração a gripe de Hong Kong de 1968, e que “era para ter sido apenas uma piada rápida de como a gripe chegou lá. Era para ser um absurdo: alguém tossiria em uma caixa e o vírus sobreviveria por 6 a 8 semanas em uma caixa. É caricato. Nós fizemos assim intencionalmente caricato porque queríamos que fosse bobo, e não assustador, e que não carregasse todas as associações ruins”.

 

 

Oakley também se manifestou sobre previsões antigas da série. “Existem alguns poucos casos em que Os Simpsons previram alguma coisa. É coincidência na maioria das vezes, porque os episódios são tão velhos que a história se repete. Até onde sabemos, a maioria desses episódios é baseada em coisas que aconteceram nos anos 1960 a 1980″.

 

Por Gabriela Neumann

Foto: Reprodução Instagram

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