Para o grupo de hotéis La Réserve, luxo é antecipar as vontades dos clientes
O turismo de alto padrão passou por mudanças profundas durante a pandemia, e agora, com a retomada das viagens, viajantes e hotéis atravessam momento novo
O grupo La Réserve possui propriedades-butique ultraluxuosas, localizadas na Suíça (Genebra e Zurique) e na França (Paris, Ramatuelle e Bordeaux). Nathaniel Most, o vice-presidente de vendas e marketing, conversou com a Versatille sobre o momento singular que o turismo de luxo atravessa, após tantas mudanças ditadas pela pandemia. Em poucas palavras, antecipa o que é oferecer um serviço de luxo, para ele e a marca: “Luxo não é pedir o que você quer, é os outros saberem o que você quer, de uma forma preventiva. A gente não espera as pessoas pedirem, somos proativos em saber as respostas e solucionar”, explica. Confira trechos da entrevista.
Versatille: Quais são os pilares da marca La Réserve?
Nathaniel Most: Michel Reybier quis criar hotéis que respeitassem a sua visão dos destinos, que fossem propriedades individualizadas e que possuíssem uma atmosfera de luxo intimista. O símbolo do grupo, o elefante, representa longevidade, algo que perdura. A sua visão é de excelência, e ele criou a sua primeira propriedade, de Genebra, sem a visão usual de um hoteleiro. Na propriedade de Genebra, por exemplo, criou o que acreditava que um hotel de luxo deveria ser, e na época isso ficou nítido. Há um spa gigante e quadra de tênis. A qualidade do serviço também é muito especial, um serviço de nível incomparável. Também temos a nossa marca com as essências das propriedades.
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V: O que os viajantes de luxo estão buscando?
NM: O primeiro ponto que preciso dizer é: as pessoas estão felizes de poder pegar voos e viajar. Mas o que mais vejo é que estão buscando experiências e aproveitando mais os destinos para criar memórias mais duradouras. As pessoas querem se aprofundar, ir aos lugares a que os locais vão e entender a cultura e onde estão. As três expressões que mais usamos aqui é prazer, bem-estar e art de vivre, o que é fácil de dizer, mas difícil de proporcionar.
V: Quais são as tendências atuais?
NM: O que percebo é o aumento do tempo nos destinos, assim como escapadas rápidas, para ver como é viajar no mundo novo. No lado dos resorts, estamos vendo reservas bem antes, ocorrendo com bem mais planejamento. Muitos também estão redescobrindo o próprio país.
por Giulianna Iodice | Matéria publicada na edição 125 da Versatille