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Thássia Naves é mineira natural de Uberlândia. Formada em publicidade e apaixonada por moda. Há sete anos iniciou seu blog e criou o perfil Thássia Naves nas redes sociais. Considerada um fenômeno da internet é
Thássia Naves é mineira natural de Uberlândia. Formada em publicidade e apaixonada por moda. Há sete anos iniciou seu blog e criou o perfil Thássia Naves nas redes sociais. Considerada um fenômeno da internet é reconhecida com uma das principais influenciadoras no mundo fashion da atualidade com milhares de seguidores na estrutura online na qual diversas pessoas estão conectadas umas às outras, partilhando ideias, objetivos, pensamentos e valores em comum. Thássia fotografou e concedeu esta entrevista exclusiva para Versatille em São Paulo. Confira!
VERSATILLE — Você é mineira, natural de Uberlândia e de lá conquistou o Brasil e o mundo, conte como surgiu a ideia de ser tornar blogueira no mundo fashion?
THÁSSIA NAVES — Sempre fui muito ligada à moda, desde pequena, sempre me interessei por vestidos de madrinha, de casamento e o que combinava com o que, além de seguir minha mãe, que sempre gostou muito de moda. Inclusive, procurei alguns cursos de moda em São Paulo, mas acabei optando por cursar publicidade. Há sete anos, junto com amigos, compartilhava um diário que passou a ser virtual. Comecei, então, a seguir alguns blogs e um professor me questionou: “Thássia, porque você não cria um blog? Tem tantas meninas lhe perguntando referências, sobre o que vestir, algumas dicas, etc”. Daí, no mesmo dia, eu voltei para Uberlândia e decidi criar um blog.
VERSATILLE — Em que momento você percebeu que o seu blog se transformaria num negócio?
THÁSSIA — Eu comecei bem no início de tudo, mesmo. Existiam apenas alguns blogs, mas ninguém tinha ideia que isso dava dinheiro. Era tudo muito incerto. Foi aí que uma multimarca de Uberlândia me chamou para fazer um trabalho fixo. Isso foi cerca de seis meses depois de iniciar o meu blog.
VERSATILLE — Você foi uma das precursoras desse mercado. Teve uma ascensão meteórica, mas há sete anos, quando esse conceito de “digital influencer” era pouco difundido. Fale um pouco mais sobre essa fase?
THÁSSIA — Gostaram de mim de imediato. Sou grata até hoje aos meus primeiros parceiros, porque eles apostavam mesmo. Viam que eu chamava a atenção e daí começaram a fazer propostas e eu pensava: será que vou aceitar a permuta? Será que devo? Aí começou a aparecer esse meu lado comercial. Foi muito instintivo. Eu “jogava” um valor e não sabia se eles iriam aceitar ou não. Era tudo novo para mim e para os meus clientes.
VERSATILLE — Em sentido inverso, hoje percebe-se uma banalização do termo influenciadora digital. Existem milhares de meninas que assim se denominam e postam vídeos e fotos diariamente. O que você faz para se manter no topo e seguir sendo uma referência?
THÁSSIA — Eu procuro fazer o que sempre deu certo comigo. Eu sou muito sincera com meus leitores. Sempre fui. Essas pessoas que postam tudo no Instagram e outros canais, elas se vendem por tudo, para qualquer marca, eu não. Eu procurei ser fiel ao meu estilo desde o início, eu cuido do meu blog, conteúdo editorial, sei tudo que é postado lá. Hoje, eu não escrevo todo conteúdo, mas tenho cuidado com as fotos e com cada postagem. Meu look do dia, por exemplo, é o meu forte, meu maior potencial. Se uma leitora me vir usando algo que não tem nada a ver comigo (usando apenas porque fui “comprada” por uma marca) ela ficará chateada, porque meus leitores são meus amigos. A partir do momento que eu começar a mentir, eles irão decepcionar-se e deixarão a relação que têm comigo. Eu mantenho a essência desde quando comecei. Mantenho a coerência com meu estilo, sempre postei fotos com o que gosto de usar. A moda vai e volta, posso gostar de uma roupa hoje e amanhã não gostar mais, mas eu sempre fui muito fiel aos meus gostos. Não posso nunca deixar que uma leitora veja uma foto minha e se decepcione dizendo: “Ah! Essa não é a Thássia”.
VERSATILLE — Quais são os canais que você utiliza para se comunicar com seu público e qual o de maior relevância?
THÁSSIA — Eu tenho o meu blog, uso snapchat, youtube, instagram e o “planeta dos vídeos do instagram” (stories). As pessoas, vulgarmente, falam que é o snap do instagram. Meu canal de maior relevância é o instagram.
VERSATILLE — E você posta conteúdo diário? Qual a freqüência?
THÁSSIA — Semanalmente falo sobre moda. Tem um programa que é o “Thássia Style”, em que dou dicas de moda e tendências atuais. Tenho o blog, que é uma espécie de reality — onde eu mesma filmo com o celular quando estou viajando —, porque as pessoas querem ver o backstage, por exemplo, em uma viagem para Nova York, elas verão as fotos incríveis, mas elas querem mesmo saber como eu faço para me arrumar ou o que eu irei escolher para vestir e isso é bem legal, esses tipos de vídeos dão bastante audiência.
VERSATILLE — Fale um pouco da rotina da Thássia Naves.
THÁSSIA — Para ser bem sincera, a Thássia Naves não tem muita rotina. É difícil dizer: “Hoje vou acordar, vou malhar, vou fazer isso…”, minha vida é bem conturbada de uma forma organizada. Tenho minha agenda, viajo muito, toda semana estou viajando pelo menos dois dias, São Paulo—Rio, por exemplo. Na outra semana tenho um evento e no dia seguinte vou para Paris, não tenho rotina, mas viajo muito. É uma demanda desse tipo de trabalho, que exige ir a eventos, falar com vários clientes… A maioria está nas capitais, procuro não me sobrecarregar tanto fazendo três viagens na semana. Até porque quero voltar a ter uma rotina de exercícios e tudo mais. Meu headquarter fica em Uberlândia, exceto minha assessoria, Index, que está em São Paulo e uma PR que tenho em Londres.
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VERSATILLE — Você frequenta academia com que frequência? Fale um pouco dos seus hábitos alimentares?
THÁSSIA — Quando estou em Uberlândia vou à academia, mas com viagens é difícil manter os treinos. Gosto de comer. Quando estou viajando, às vezes, não dá para seguir uma dieta. Aí eu tenho que fechar a boca, mas não passo vontade. Se tiver que comer uma pizza eu como, mas só um pedaço. Agora, no final do ano, a gente corta o carboidrato, come mais proteína e vai para a academia, mas não tenho muito segredo, não. É só cortar o carboidrato. É isso.
VERSATILLE — E a Thássia vai passar o réveillon aonde?
THÁSSIA — Vou passar em Trancoso, na Bahia.
VERSATILLE — Qual seu livro de cabeceira ou um que tenha marcado sua vida?
THÁSSIA — O livro que me marcou foi o Caçador de Pipas, de Khaled Hosseini. Eu não leio muito, mas lembro que esse livro me marcou.
VERSATILLE — Qual perfume você usa?
THÁSSIA — L’Eau d’Issey, de Issey Miyake.
VERSATILLE — Fale dos seus planos para o futuro, no campo de trabalho e na vida pessoal?
THÁSSIA — Estou fazendo algumas consultorias. Focando muito no nome Thássia Naves, para o ano que vem, tanto em território nacional quanto internacional. Estou vendo se consigo lançar minha linha de esmaltes, ainda este ano. Vou fazer consultorias para decidir qual o melhor caminho a seguir. E, em relação à vida pessoal, estou feliz. Namoro há sete anos, estou feliz mesmo. Penso em casar, claro, mas nada nada de imediato.
VERSATILLE — O foco, por enquanto, é o trabalho e fortalecer a marca Thássia Naves?
THÁSSIA — Isso. Tenho um projeto que está na quarta edição. Até o chamo de “meu filho”. É um bazar em que arrecadei quase 300 mil reais. Estou distribuindo para as instituições de Uberlândia. Então, no momento, esse é o meu foco. Fico no bazar o tempo todo. Espero que cresça muito.
VERSATILLE — Você tem ideia de criar uma marca própria, além de licenciar produtos?
THÁSSIA — Eu não descarto essa ideia, não, mas não tenho nada específico em mente. A não ser moda e trabalhar muito mesmo o meu nome.
VERSATILLE — Você esta sempre com o pé na estrada. Qual destino vem à sua cabeça nesse momento ?
THÁSSIA — Eu diria Índia, que ainda não conheço e quero conhecer, apesar de que umas pessoas amam e outras odeiam, mas eu me sinto preparada para conhecer.
VERSATILLE — Um ícone fashion para Thássia Naves?
THÁSSIA — Minha mãe. Tudo o que ela me ensinou eu sigo até hoje.
VERSATILLE — Como você definiria Thássia Naves?
THÁSSIA — Eu sou uma pessoa totalmente focada. É só isso que vem à minha cabeça. Se aparecer alguma coisa que eu quero eu vou atrás. Não passo por cima de ninguém, de jeito nenhum, mas eu vou atrás. É aquilo, “tudo é possível”. Sou sonhadora e penso que tudo pode acontecer. A Thássia é uma pessoa focada e acredita que tudo pode dar certo.
VERSATILLE — Como dizem os grandes pensadores, para que as coisas possam acontecer no mundo real primeiro elas têm que acontecer dentro da gente.
THÁSSIA — Exatamente. É isso que eu levo para o mundo. Levo tudo pelo positivo, porque também não adianta estar dentro da gente e cheio de dúvidas, com uma energia negativa. Temos que ser positivos. Ter certeza que dará certo.
VERSATILLE — Você pretende seguir morando em Uberlândia ou tem planos de vir para São Paulo ou ir para fora do país?
THÁSSIA — Eu estou muito feliz em Uberlândia. Pode ser que minha vida mude de repente, mas atualmente estou muito feliz em Uberlândia. Já fiz um curso de verão em Paris. Passei dois meses lá cursando Consultoria e Imagem no Instituto Marangoni, mas tenho vontade de fazer outros cursos fora, sim. Passar uma temporada fora, mas eu estou bem feliz em Uberlândia. Estou pertinho de São Paulo e do Rio de Janeiro e ao lado da minha família, claro.
VERSATILLE — Você tem alguma segredo de beleza, algo que vale destacar?
THÁSSIA — Pode parecer clichê, mas tem duas coisas que eu não deixo de fazer: tirar a maquiagem antes de dormir e tomar muita água. Eu bebo muita água.
VERSATILLE — Como é o guarda roupa da Thássia?
THÁSSIA — É cheio de coisas (risos). Inclusive o meu vídeo mais acessado é sobre o meu closet, com quase 600 mil views.
VERSATILLE — Você que organiza ou tem alguém que faz isso para você?
THÁSSIA — Tem uma pessoa que organiza comigo. Ela trabalha na minha casa e me ajuda a organizar o closet e a abrir as coisas que eu recebo. Se não servir, envia de volta, enfim.
VERSATILLE — E o ritual diário da escolha do look. Seu guarda roupa deve ser imenso. Deve ser uma tarefa complexa?
THÁSSIA — Eu tenho facilidade em montar o look do dia, graças a Deus. É tanta roupa que, às vezes, a gente só quer usar um vestido tubinho preto ou branco. O estilo minimalista está em alta. Então, está tudo certo (risos).
Perfil por Rogério Sfoggia | Fotos André Arthur / Produção Executiva Raquel Radiske
Matéria publicada na edição 95 da Revista Versatille