Lixo zero: o que é, como aderir e por onde começar

O movimento tem ganhado força com a proposta de melhorar o estilo de vida e preservar o meio ambiente

Talheres de bambu, canudo de metal e recipiente de vidro
Canudos de metal e recipientes de vidro são opções para reduzir a produção de lixo (Freepik/Creative Commons)

Um dos maiores problemas ambientais que a humanidade terá que enfrentar nas próximas décadas é o desperdício. Lutando contra essa realidade, o movimento lixo zero, também conhecido como zero waste, surge com o propósito de promover o máximo aproveitamento e correto encaminhamento de resíduos recicláveis e orgânicos. Dessa forma, é possível reduzir ou até zerar a produção de lixo que vai para aterros sanitários ou incineradores.

 

A Zero Waste International Alliance (ZWIA) define o conceito como “uma meta ética, econômica, eficiente e visionária para guiar as pessoas a mudar seus modos de vida e práticas de forma a incentivar os ciclos naturais sustentáveis, em que todos os materiais são projetados para permitir sua recuperação e uso pós-consumo”.

 

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Ele ainda pode ser definido como um estilo de vida urbano e rural em que o indivíduo se torna mais consciente dos caminhos e finalidades do lixo antes de descartá-lo. A francesa Béa Johnson, autora do livro Zero Waste Home e uma das pioneiras na causa, afirma que a vida de sua família melhorou após aderir ao lixo zero, por diminuir os gastos e aumentar o espaço, além de preservar o meio ambiente.

 

Segundo o Instituto Lixo Zero Brasil, representante do país na aliança internacional, a responsabilidade pela diminuição do desperdício é das indústrias (na produção e design de produtos), do comércio, do consumidor final (no uso e descarte) e do governo, que deve chegar a um consenso entre comunidade e indústria.

Como aderir ao lixo zero

Copos, pratos e talheres plásticos

O lixo zero visa diminuir a produção de plástico, que causa impacto no meio ambiente (Freepik/Creative Commons)

 

É necessário seguir os quatro R’s para aderir ao lixo zero: repensar (acabar com a ideia de que resíduos são sujos), reutilizar (dar outra finalidade para objetos antes de encaminhá-los para a reciclagem), reduzir (gerar o mínimo possível de lixo) e reciclar (reaproveitar a matéria prima).

 

Béa também defende o “rot” (“apodrecer”, em português), que diz respeito à compostagem de materiais orgânicos biodegradáveis. Com isso, em vez de irem para o lixo, eles podem se tornar adubo.

 

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Por onde começar

Copo de vidro rodeado de copos de café de papelão

Uma dica para reduzir o desperdício é usar um copo de vidro em vez de outros materiais (cottonbro/Pexels/Creative Commons)

 

Antes de se aprofundar no estilo de vida, é necessário começar com passos simples, afinal pequenas atitudes já fazem uma grande diferença. Para começar a reduzir o desperdício, uma opção é realizar a coleta seletiva em casa, separando cestos com orgânicos de recicláveis. A partir de então, é possível ter noção de qual categoria está a maior produção de lixo.

 

Ao observar que a produção de lixo plástico está grande, tente reduzi-la cortando copos descartáveis, por exemplo, e levando o resto para a reciclagem. Em diversas ocasiões, equipamentos e objetos quebrados podem ser consertados em vez substituídos por outros semelhantes.

 

Se necessário comprar um produto novo, a sugestão é adquirir itens feitos com material reciclado ou criados com viés sustentável. É o caso das ecobags, canudos de metal e embalagens de vidro, que substituem o plástico. São os primeiros passos para uma jornada de menos desperdício.

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