Fundação Swarovski celebra 10 anos de atividades filantrópicas com apoio a comunidades ribeirinhas no Brasil
Braço da marca de cristais comanda iniciativa de conscientização do uso responsável de água no norte brasileiro
Fundada em 1895, a Swarovski tem grande parte de sua essência ligada à água — por mais que muitos pensem nos cristais de forma quase automática ao ouvir sobre a marca, é neste elemento tão básico e essencial para a vida na terra que está o início da história da empresa mais que centenária. Isso acontece porque a Swarovski nasceu em Wattens, uma pequena cidade na Áustria que era conhecida por ter uma rica irrigação hidrelétrica.
Na época, esse cenário era essencial para o cuidadoso processo de lapidação de cristais patenteado pelo austríaco Daniel Swarovski, criador da marca. E foi assim, em meio a esse ambiente altamente irrigado, que uma empresa mundialmente famosa começou a ser desenvolvida. Criativo por natureza, Daniel sabia que sua tecnologia era revolucionária, mas também tinha a plena noção de que era preciso pensar no coletivo para que mudanças realmente duradouras acontecessem na sociedade.
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Ao lado de sua mulher, Marie Swarovski, o fundador impulsionou diversas ações filantrópicas de apoio à saúde, segurança e alimentação da comunidade local. O uso consciente da água também sempre foi uma preocupação. Uma frase, em específico, definia a visão que Daniel tinha do mundo: “Para alcançar uma mudança duradoura, você deve pensar não apenas em si mesmo, mas também nos outros”.
Divulgada até hoje pela família, essa frase é uma das grandes responsáveis por inspirar as ações atuais da empresa, e foi o ponto de partida para a criação da Fundação Swarovski, em 2013. Hoje, celebrando 10 anos de atividades filantrópicas, a marca comemora com mais iniciativas de apoio e uma breve visita ao Brasil.
No mês de maio, o país recebeu a visita dos executivos do braço social da Swarovski. A diretora Jakhya Rahman-Corey, responsável por identificar iniciativas filantrópicas globais, e Marisa Schiestl-Swarovski, membro da quinta geração da família Swarovski e presidente dos acionistas do grupo, participaram da imersão. Ao lado de Carla Assumpção (diretora geral da Swarovski Brasil, Chile e Argentina) e Raquel Luna (coordenadora da projeto local FAS), elas fizeram viagem às comunidades ribeirinhas que recebem o projeto Waterschool (Escola d’Água), implementada em solo brasileiro em 2014.
Cerca de 135 escolas de comunidades ribeirinhas localizadas nos estados do Pará e Amazonas recebem esse projeto, que busca conscientizar mais de 18.000 jovens e crianças acerca da importância da água e do uso consciente. Embora esse projeto esteja em atividade em oito países, o território brasileiro representa algo muito importante quando se trata de preservação ambiental: um quinto da água doce do mundo está na Amazônia. A imensa bacia hidrográfica do Rio Amazonas, junto com o mar de florestas ao seu redor, fazem do bioma um elemento fundamental para o equilíbrio hidrológico mundial.
Em números gerais, a Swarovski Foundation Waterschool atua nos seis continentes e já impactou mais de duas milhões de pessoas ao redor do mundo ao promover ensino e apoio ao saneamento e acesso à água potável. O impacto alcançou mais de 800.000 crianças, em 2.500 escolas, além de engajar 23.000 professores à causa.
Em cada país, organizações locais implementam o programa fazendo as adaptações necessárias às realidades locais, sendo a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) a aliada no Brasil. Seja na China, na Áustria, na Uganda ou no Brasil, o objetivo é tornar jovens e crianças embaixadores da água a partir do fornecimento de ferramentas, recursos e treinamentos para capacitá-los, além de atender às necessidades locais de saneamento básico de suas famílias e comunidades.
Em 2023, é ano de comemorar todos os avanços feitos por meio desses projetos nos últimos 10 anos. No entanto, a marca destaca que esse é apenas o início de uma ação que não pode mais ser interrompida.
Por Beatriz Calais