Por Gabriela Neumann

Após ter sido uma das 100 primeiras pessoas diagnosticadas com coronavírus no Brasil, a designer de joias e empresária Emar Batalha fundou a ONG Alimentando o Bem para ajudar famílias em situação de vulnerabilidade do bairro Perequê, no Guarujá (litoral sul de São Paulo). O projeto distribui 150 marmitas por dia, além de cestas básicas e leite. Atualmente, o cadastro da ONG tem mais de mil inscritos para receber o auxílio.

“Muitos dos que recebem a marmita têm esta como a única refeição do dia. Geralmente, as grandes ações sociais são feitas nas metrópoles do Brasil. Ninguém olha para cidadezinhas que precisam tanto, são cheias de carências”, explica Emar, que é vizinha de várias comunidades carentes no Perequê, um dos únicos redutos caiçaras da baixada santista.

As famílias que recebem as doações têm grandes necessidades básicas de alimentação e higiene e, por causa do atual cenário financeiro, a maioria está desempregada. Além disso, muitas delas foram vítimas do desastre provocado pela chuva no início do ano na cidade, que deixou 400 famílias desabrigadas.

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Pulseira I Believe

Além da doação de alimentos, Emar viabilizou outras duas formas de ajudar a população carente do Guarujá. Criou uma vaquinha na internet (para a captação direta de recursos) e fez o design da pulseira I Believe, produzida em conjunto com uma artesã local que havia perdido sua fonte de renda. A pulseira é de ouro 18K, e R$ 500 da venda de cada peça são revertidos para a ONG.

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A ONG Alimentando o Bem tem, ainda, planos para capacitar pessoas desempregadas da região. Professores voluntários de funções específicas ministrarão cursos de cabelereiros, panificação, culinária e cerâmica, entre outros. “O Brasil vai enfrentar uma grande crise social pela frente, tenho certeza que essa vertente da ONG vai poder ajudar muita gente”, finaliza Emar.

Fotos: Divulgação