Aprenda o que é mindfulness e como essa prática pode ajudar a reduzir a ansiedade

O brasileiro nunca pesquisou tanto sobre mindfulness - e com toda a razão. A prática, bem simples, pode colaborar com a saúde mental.

Você sabe o que é mindfulness? Nos últimos dias o termo atingiu um pico de interesse entre os brasileiros, de acordo com os dados do Google Trends. Em um momento de nossas vidas em que temos de ficar isolados em nossas casas enquanto o mundo enfrenta uma pandemia e o país passa por uma crise política, o resultado muitas vezes é ansiedade, depressão ou as duas coisas juntas. E a prática mindfulness pode ajudar a atravessar essa fase complicada.

 

Mindfulness é uma palavra em inglês que é traduzida para o português como “estado de atenção plena”. É uma prática que remete à meditação e faz com que a pessoa leve seu foco para o momento presente. O mindfulness pode reduzir insônia, hipertensão e dores crônicas, além de ajudar na ansiedade e na depressão. Pode ser praticado em qualquer lugar, não requer nenhum tipo de equipamento e é recomendado para pessoas de todas as idades.

 

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Em conversa com Vitor Friary, psicólogo, fundador e CEO do Centro de Mindfulness e Redução de Estresse no Brasil, entendemos um pouco mais sobre como inserir a prática no nosso dia a dia e, quais são seus benefícios para nossa saúde mental e física.

 

Em geral, passamos o dia agindo sem consciência, sem dar conta das nossas sensações. “Um dos propósitos do Mindfulness é aumentar a nossa capacidade de atenção, foco e concentração nas coisas que estão acontecendo no presente momento”, explica Vitor.

 

Vitor Friary, fundador e CEO do Centro de Mindfulness no Brasil

Segundo o especialista, existem diversas formas de meditação, e o Mindfulness é uma delas. Entretanto, não foca apenas no relaxamento, mas também em uma expansão da consciência e da percepção do presente.

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A prática é mais do que recomendada para o período de isolamento social, onde nossas noções de tempo e espaço foram modificadas. Vitor Friary explica: “Quando não brigamos com os sentimentos de medo, ansiedade ou angústia, essas sensações podem mais facilmente se dissolver. Isso ocorre naturalmente, porque todas as sensações e situações de vida são impermanentes, isto é, tudo muda, tudo passa”.

 

O Mindfulness também pode aumentar a percepção de autoeficácia e confiança, e ampliar a resiliência permitindo que meditantes confiem em sua capacidade de lidar com emoções e pensamentos difíceis no dia a dia.

 

Existem diversas maneiras de começar a praticar a meditação de atenção plena durante o confinamento e distanciamento social. Organizações de Mindfulness no mundo tem oferecido cursos e tratamentos com desconto e muitas vezes gratuitos para ajudar a população nesse momento difícil. Existem plataformas digitais que oferecem meditação mindfulness gratuitas como a do Centro de Mindfulness.

 

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Vitor reflete que “a meditação é se convidar para se tornar presente e vivo em cada instante e, portanto, pode ser praticada em qualquer momento e lugar”. Sente-se em uma cadeira em casa no meio do expediente, ou na cama antes de dormir ou logo após acordar e pause, centre sua atenção no presente, no agora.

 

No final da conversa, tivemos até a chance de ter uma experiência guiada. Nas palavras de Vitor Friary:

“Para começar a meditar é bem fácil:
– Busque uma postura confortável e feche os olhos;
-Traga atenção para o peso do corpo na superfície de contato, e ao seu tempo, sinta o movimento da respiração em todo o corpo, como por exemplo, o momento em que o tórax e o abdômen se movimentam, e o ar passa pelas narinas;
-A atenção vai naturalmente se dispersar, porque é da natureza da atenção o movimento. E quando isso acontecer, guie a atenção de volta para a essa percepção do contato do corpo na superfície e da respiração acontecendo;
-Repita passos 3 e 4 continuamente por um período de 5 a 10 minutos inicialmente, e depois abra os olhos devagar e leve essa experiência para o restante do seu dia”.

 

Por Sofia Tremel 

Fotos: Reprodução Instagram

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