Dia do Escritor: os 10 autores favoritos no Brasil em 2020

Suspense, sociedade, desenvolvimento pessoal, finanças e as demais reflexões que concederam o topo das vendas a estes contadores de histórias

Por Maria Alice Prado

 

Piscamos o olho e metade do ano já se foi. Um 2020 repleto de desafios, surpresas e angústias que ninguém tinha ideia que viveria. Fato é que, em meio ao cenário do caos, o setor cultural foi um verdadeiro refúgio para muita gente. A literatura resguardou seus velhos amantes e ainda conquistou novos apreciadores. Não é para menos: os livros abrem caminhos para esperança, informação, alívio, entretenimento e diversas outras sensações únicas. 

 

Para celebrar as mentes por trás das narrativas que enchem o peito do mundo todo de alegria, neste Dia do Escritor (comemorado todo 25 de julho) listamos os autores que se destacaram aos olhos do público brasileiro até o mês de julho de 2020. Confira e já aproveite para escolher sua próxima aventura!

 

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YUVAL NOAH HARARI – “Sapiens: Uma breve história da humanidade” (não ficção)

 

Harari nasceu em Israel, é professor de História na Universidade Hebraica de Jerusalém e autor do best-seller internacional “Sapiens: Uma breve história da humanidade”. O sucesso vem de longa data: a obra ocupa o ranking dos mais vendidos no Brasil há mais de 180 semanas. 

 

Especializado em história mundial e processos da macro-história, no livro Harari traça toda a extensão da humanidade, desde a evolução do Homo sapiens na Idade da Pedra até a revolução política e tecnológica do século XXI. Tanto a comunidade acadêmica quanto o público geral se espantaram com o sucesso, transformando Harari em uma celebridade instantânea – o autor também faz sucesso pelos vídeos do seu canal do YouTube. 

 

CHICO BUARQUE – “Essa gente” (ficção)

 

O músico e escritor dispensa apresentações, mas vamos a um resumo: em 55 anos de estrada, Chico Buarque compôs e gravou faixas ilustres da história da Música Popular Brasileira, atua na identidade política do país, escreveu espetáculos teatrais e, claro, notáveis obras para a literatura. 

 

“Essa Gente” conta a trajetória de Manuel Duarte, um escritor decadente que vive um impasse criativo, financeiro e afetivo. Dentro do cenário caótico do Rio de Janeiro, o romance faz um retrato tragicômico do Brasil atual.

 

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CAROL S. DWECK – “Mindset” (auto-ajuda) 

 

Doutora em psicologia e professora da Universidade Stanford, Carol S. Dweck é reconhecida internacionalmente pelo seu trabalho nos campos da personalidade, psicologia social e psicologia do desenvolvimento.

 

A autora desenvolveu o conceito que lhe rendeu semanas na listas dos mais vendidos de todo o mundo: o Mindset, ou a atitude mental com que encaramos a vida. No livro, Dweck aborda como o otimismo pode potencializar o desenvolvimento pessoal, profissional e familiar.

 

CHARLIE DONLEA “A Garota do Lago” (ficção)

 

Aclamado pelos seus thrillers, Charlie Donlea é um autor bestseller internacional. Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, ele já publicou 15 livros de suspense, traduzidos em 12 línguas. 

 

“A Garota do Lago” narra as investigações de uma repórter em busca de respostas para um assassinato brutal que ocorreu na cidade de Summit Lake. À medida que descobre os segredos da garota morta, filha de um poderoso advogado, a profissional acaba desvendando mistérios do próprio passado.

 

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GEORGE ORWELL – “A Revolução dos Bichos” (ficção)

 

Nascido Eric Arthur Blair, na Índia Britânica, o escritor assumiu o pseudônimo de George Orwell desde seu primeiro livro, “Na Pior em Paris e Londres”, em 1933. Orwell é conhecido mundialmente pela crítica às injustiças sociais e pela oposição ao totalitarismo em suas obras. 

 

O autor desenhou um mapa tão rico sobre tais assuntos que é só uma mínima onda de instabilidade política surgir no mundo para seus romances voltarem à lista dos best-sellers. A Revolução dos Bichos é uma sátira ácida das práticas do antigo ditador da União Soviética, Joseph Stalin. A fábula distópica conta a história de um grupo de animais revolucionários que toma o poder de uma fazenda das mãos dos humanos e organiza um regime igualitário e justo no local. 

 

DJAMILA RIBEIRO – Pequeno Manual Antirracista (não ficção)

 

Filósofa, feminista, negra, escritora e acadêmica, Djamila Ribeiro se tornou um grande nome quando se fala em questões raciais e de gênero no Brasil. Inicialmente atuante por meio do ativismo assertivo na internet, em pouco tempo se tornou um fenômeno fora dela. Foi nomeada secretária-adjunta de Direitos Humanos e Cidadania da cidade de São Paulo, é professora do curso de Jornalismo da PUC-SP e autora de best-sellers nacionais. 

 

Lançado em novembro de 2019, Pequeno Manual Antirracista nasceu em tempo para abordar o racismo, a negritude, branquitude, violência e desigualdade racial. A autora mostra a necessidade da população em assumir a responsabilidade pela transformação das discriminações raciais estruturais. 

 

THIAGO NIGRO – “Do Mil ao Milhão” (auto-ajuda)

 

Também conhecido por “O Primo Rico”, o empresário Thiago Nigro é o fundador do projeto de mesmo nome – um veículo de internet sobre educação financeira e gestão de dinheiro. Formado em Relações Internacionais pela ESPM, o empreendedor se destacou por sua abordagem em técnicas do mercado financeiro.

 

Em “Do Mil ao Milhão”, Thiago Nigro ensina aos leitores três pilares para atingir a independência financeira: gastar bem, investir melhor e ganhar mais. Com base na sua experiência como investidor e assessor, a proposta do autor é mostrar que, com dedicação, todos podem ganhar dinheiro. 

 

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MARGARET ATWOOD – O Conto da Aia (ficção)

 

Vencedora de grandes prêmios da literatura internacional, Margaret Atwood é uma escritora canadense renomada por suas obras que retratam misoginia, identidade de gênero, opressão e destruição ambiental.

 

O Conto da Aia é uma ficção publicada em 1985. Ao explorar uma sociedade autoritária e patriarcal, Atwood mostra como elas são mais reais e atuais do que nunca. A obra distópica se passa em Gilead, um estado teocrático que derrubou o governo dos Estados Unidos. Na trama, as mulheres tentam resistir para obter liberdade, individualidade e independência.

 

MARK MANSON – A Sutil Arte de Ligar o F***-Se (auto-ajuda)

 

Além de autor de dois best-sellers do New York Times, Mark Mason é empresário, ex-coach de relacionamentos e dono de um blog de auto-ajuda desde 2007. Mason já trabalhou com milhares de pessoas de mais de 30 países diferentes.

 

Em a “A Sutil Arte de Ligar o F***-Se”, o autor propõe um novo caminho rumo a uma vida melhor, mais coerente com a realidade e consciente dos nossos limites. O livro experimenta uma forma inusitada de desenvolvimento pessoal, abordando como lidar e aceitar os fracassos e principalmente, entendendo que nem sempre é possível se sentir otimista.

 

LAURENTINO GOMES – Escravidão – Vol. 1 (não ficção)

 

Laurentino Gomes nasceu no Paraná, é seis vezes ganhador do Prêmio Jabuti de Literatura e autor de grandes obras que exploram acontecimentos da história do Brasil a partir da chegada da corte real portuguesa no país. 

 

Seis anos de pesquisa, com direito a viagens por 12 países em 3 continentes, resultaram em “Escravidão”, o primeiro volume de uma nova trilogia do autor, lançada em agosto de 2019. A obra mostra como esse sistema de opressão moldou a identidade nacional brasileira e carrega cicatrizes na sociedade até hoje.  

 

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Fotos: Reprodução Instagram, Facebook, Twitter e Divulgação

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