Como os negócios podem ser mais valiosos para o futuro
O colunista André Soler reflete sobre como mudar o olhar futuro da sociedade para as pessoas que são consideradas invisíveis
Quando escolhi fazer cinema na Faap, queria protestar contra a realidade. Criar imagens em movimento que pudessem nos fazer imaginar o mundo de forma diferente. O que eu não imaginava é que o caminho para fazer isso seria como um empreendedor social, uma trajetória que iniciei em 2014, quando fundei a SP Invisível.
Toda ideia inovadora traz com ela uma solução inesperada. Mas como mudar o olhar da sociedade para as pessoas que são consideradas invisíveis? E como fazer as pessoas verem o que elas estão ignorando?
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A SP Invisível é o lugar em que é possível acreditar que a população de rua tem um novo futuro. Enxergar oportunidades neste meio pode parecer loucura –, afinal, 3% das doações são para essa causa. Um número desproporcional se comparado ao crescimento de 31% da população de rua em São Paulo nos últimos dois anos.
Nestes oito anos de SP Invisível, percebi que a empresa é um negócio social com grande poder de impacto e autossustentabilidade. Nossa arrecadação já ultrapassa 6,5 milhões de reais, e com isso atendemos mais de 34 mil pessoas.
Entre os nossos desafios para 2023 está o desenvolvimento de pessoas em situação de rua, para que elas tenham autonomia e possam se sustentar, a partir da reinserção no mercado de trabalho. Essa é uma iniciativa estratégica, que vem do nosso conselho, constituído de cinco diretores de organizações multinacionais. Para completar a missão audaciosa, há um planejamento, construído para não nos desviarmos de nossos objetivos de impacto.
A SP Invisível está sempre à frente do seu tempo, proporcionando experiências transformadoras que mudam olhares e formas de pensar. Nosso olhar é além das multidões: enxergamos indivíduos e cuidamos de cada detalhe. Para nós, a pessoa mais importante é aquela que está à sua frente.
Por André Soler, fundador da SP Invisível