Café da Margem é a primeira cafeteria do mundo a vender créditos de carbono

O estabelecimento paulistano permitirá que os clientes enviem recursos a projetos de conservação na Amazônia

Food truck do Café da Margem
As unidades do Café da Margem foram construídas apenas com materiais reutilizáveis (Divulgação)

A partir de hoje (22), data de celebração do Dia da Terra, créditos de carbono serão oferecidos pela primeira vez no cardápio de um estabelecimento comercial no mundo. Os espaços de venda são as unidades do Café da Margem, localizadas no Parque da Mooca e ao lado do Parque Ibirapuera. A iniciativa que visa neutralizar os gases de efeito estufa e minimizar os impactos do aquecimento global é o resultado da parceria entre a cafeteria e a MOSS, startup pioneira em tokenizar a compensação desses gases nocivos.

 

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Os visitantes que adquirirem o crédito de carbono digitalizado e batizado de “MCO2” pela empresa de tecnologia, ajudarão no envio de recursos a projetos socioambientais realizados na Amazônia. O cliente receberá por e-mail um certificado mostrando a área preservada pela iniciativa, além de seu impacto positivo ao meio ambiente. Também será possível armazenar o crédito que não expira em uma carteira digital para venda futura. Os preços variam de acordo com a cotação do token.

 

“Esta é uma oportunidade de reparar os impactos negativos ao planeta por meio de uma missão ao alcance de todos”, afirma Luis Felipe Adaime, CEO e Fundador da MOSS. “A parceria com o Café da Margem torna mais didático e democrático o acesso ao crédito de carbono da MOSS, o primeiro ativo digital verde do mundo”, complementa.

 

Os créditos de CO2 são gerados por projetos já estruturados de conservação na Amazônia, que evitam a emissão de gases nocivos ao meio ambiente, como o dióxido de carbono. Por meio da compra de MCO2, será possível ajudar diretamente quatro programas na região. Em menos de um ano, os clientes da startup já enviaram US$10 milhões para esses projetos, ajudando a preservar aproximadamente 1 milhão de hectares, que equivale ao tamanho de um pequeno país como Jamaica, Catar ou Líbano.

 

O lançamento no dia simbólico também acontece em um local cheio de significado. Inauguradas em outubro de 2020, as unidades do Café da Margem situadas ao longo da ciclovia da Marginal Pinheiros se tornaram referência quando se trata de sustentabilidade e economia circular na cidade. Além de terem sido construídos apenas com materiais reutilizáveis, os estabelecimentos se comprometem com a geração zero de resíduos sólidos.

 

“Queremos levar essa discussão para além do ambiente corporativo e governos e provocar um debate entre as pessoas, do papel de cada cidadão, por meio da compra direto do cardápio”, destaca Ricardo Assumpção, CEO da Grape ESG e idealizador do Café da Margem. “Vamos mostrar que esse assunto, sobre o qual as pessoas leem e que por vezes parece abstrato, é uma responsabilidade de todos, e agora totalmente acessível na forma de um ativo que não expira e pode valorizar”, enfatiza.

 

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A novidade celebra ainda a união entre Café da Margem e Nescafé, que é mundialmente líder em café e sustentabilidade na cafeicultura. Por meio da linha Origens do Brasil, composta por grãos arábica 100% nacionais e provenientes de uma cadeia produtiva que respeita o meio ambiente, a marca de cafés da Nestlé apoia a iniciativa.

 

O Café da Margem funciona entre quarta e sexta-feira (das 7h às 14h), e aos sábados, domingos e feriados (das 7h às 17h), ao ar livre e seguindo todas as medidas de prevenção à Covid-19.

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