Ana Brandão, Vice-Presidente da Calvin Klein, responde a sete perguntas e revela os movimentos da marca no Brasil, constantemente investindo em inovações.

 

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Confira a entrevista a seguir.

 

Versatille: Quais são os focos atuais da Calvin Klein no Brasil?

Ana Brandão: O foco é o consumidor. Precisamos estar onde ele está, ou seja, presente no off-line e on-line, e oferecer o produto que o consumidor busca no momento, que são mais casuais e confortáveis. Também disponibilizamos uma experiência cada vez mais positiva, não só no atendimento, mas também na disponibilidade de produtos e na eficiência.

 

V: Como a CK atravessou a pandemia? Quais movimentos foram importantes para os resultados positivos?

AB: Priorizamos a saúde e a segurança dos nossos colaboradores, clientes e fornecedores, implementando várias medidas de proteção nas lojas e no escritório. A PHV colaborou com uma doação de 500 mil reais para o Fundo Emergencial para a Saúde, que envolve instituições como Fiocruz, Santa Casa de São Paulo e Hospital das Clínicas. Mantivemos os pedidos de produção colocados nos fornecedores para deixar a cadeia produtiva ativa. Acompanhamos a aceleração digital, desenvolvendo diversas ferramentas para minimizar os impactos gerados pela diminuição do fluxo de clientes: criamos catálogos digitais com link de pagamentos que possibilita todo o atendimento via WhatsApp; alavancamos o CK@home (entrega de produtos na casa do cliente); aderimos aos drive-thru dos shoppings e criamos um showroom digital (B2B) para atender multimarcas e franquias. Enfim, nos adaptamos ao novo cenário de forma bastante produtiva e conseguimos fechar o ano com resultados positivos.

 

V: Como a pandemia alterou o formato que a Calvin Klein trabalha no país?

AB: A Calvin Klein está investindo muito no crescimento do digital, lançando a marca em diversos marketplaces e trabalhando para integrar sistemas e canais de toda a rede. A ideia é oferecer para o cliente agilidade e melhor experiência de consumo, possibilitando que produtos comprados no site sejam entregues a partir de lojas mais próximas em poucas horas, ou que o cliente retire na loja que desejar. 

 

V: Quais são suas apostas para o comportamento dos consumidores no cenário pós-pandemia?

AB: O novo momento da moda e comportamento aponta para várias tendências que estão se consolidando cada vez mais. No consumo, vemos como o e-commerce se tornou muito importante e será a base de vendas para grande parte das lojas. Na moda, o conforto e a qualidade são, com certeza, a aposta para o consumidor.  Na Calvin Klein, isso sempre foi uma premissa, e continuaremos incrementando isso em nossos lançamentos.

 

V: Em sua opinião, quais rumos a moda está tomando? 

AB: A indústria da moda, mais do que nunca, percebeu a urgência por questões sociais e sustentabilidade. Conexões e experiências são essenciais. Os ideais da marca precisam transparecer em todas as vertentes através de projetos sustentáveis, transparência, comunicação e marketing.

 

V: Quais são os principais lançamentos da Calvin Klein no país?

AB: No Brasil, o foco da Calvin Klein são as linhas Calvin Klein Jeans, CK Underwear, Calvin Klein Jeans Kids, CK Sportswear e Performance. Estamos investindo em uma nova linha de tênis esportivos de alto padrão, que será lançada em 2022, e aumentando o número de produtos sustentáveis, utilizando, por exemplo, o algodão orgânico e processos de produção que agridem menos o ambiente.

 

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V: Qual é o “segredo” da CK para permanecer um clássico da moda, assim como transitar muito bem por gerações, década após década?

AB: A Calvin Klein sempre fez questão de se manter atualizada e permanecer tão jovem quanto na época em que foi criada. Essa juventude, ousadia e singularidade da CK sem dúvida foram essenciais para que a marca mantivesse sua enorme relevância no decorrer das décadas. Procuramos acompanhar os millennials e a geração Z. É uma marca que sempre levantou a bandeira do moderno, da inclusão e diversidade e que inspira confiança no consumidor através de campanhas inteligentes e marcantes.  

 

Por Giulianna Iodice | Matéria publicada na edição 122 da Versatille