“Origem, Força e Poder”: saiba mais sobre o trabalho da artista plástica Neida Freitas Aboud

A exposição da designer está em cartaz na galeria Filomena do hotel Rosewood São Paulo, na capital paulista, até dia 21 de setembro

Foto: Divulgação

Em julho, a exposição “Origem, Força e Poder”, da artista plástica Neida Freitas Aboud, desembarcou na galeria Filomena do hotel Rosewood São Paulo, na capital paulista. Em cartaz até dia 21 de setembro, a mostra evidencia peças autorais da Chames Bio, marca de biojoias fundada por Neida em 2020, incluindo criações exclusivas que homenageiam Filomena Matarazzo, a matriarca que dá nome à galeria do hotel.

 

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Por meio de 25 colares criados a partir de desenhos únicos, a exposição celebra a força feminina, visto que a Chames Bio não se limita a produzir acessórios: ela os concebe como forma de empoderamento, integrando pesquisa histórica e significado simbólico em cada peça. “Cada produção carrega minha ancestralidade, meu interesse por história e moda”, explica Neida. “Espero que as peças despertem desejo, poder e presença. Essa presença que a gente precisa alavancar na nossa vida pessoal”, completa a designer.

 

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Um dos destaques da mostra é o colar Sol do Líbano, a peça-mãe do ateliê, reconhecido como obra plástica pela Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, que combina seda, metal e murano em uma síntese perfeita de beleza e significado – e que leva esse nome porque Chames significa Sol. “O desenho da pedra tem vários sentidos, como a arte. Tem quem enxergue dois corações e duas setas. E eu enxergo eternidade”, comenta a artista plástica.

 

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Algumas peças também foram criadas exclusivamente para a ocasião. Os colares Filomena, batizados em homenagem à matriarca que dá nome à galeria, foram desenvolvidos a partir da técnica do ponto básico do crochê em seda, com aplicação de micro pérolas cultivadas em água doce. “A partir desse ponto, todos os outros foram desenvolvidos. Como o útero: a partir da mulher, tudo nasce. Então, usar esse ponto se conecta com o surgimento da humanidade”, ressalta a artista.

 

A exposição foi idealizada por Neida, que é natural de Belém, no Pará, mas todo o processo também contou com o olhar de Celina Bühler, diretora de marketing e comunicação da marca. “Queremos atingir um público consciente do novo luxo, que valoriza o trabalho artesanal com um olhar de design, estética e criatividade brasileira”, explica Celina, especialista em luxury brand management. Para isso, é interessante que as pessoas conheçam os bastidores e a história por trás das peças.

 

 

A Chames Bio foi fundada em 2020 por Neida, que até então trabalhava como auditora de compliance no Rio de Janeiro, mas decidiu se arriscar em um novo propósito a partir do trabalho com materiais como seda, metais e pedras naturais. De forma autodidata, a cabocla amazônica, como se autodefine, foi desenvolvendo colares que contam histórias. Para batizar o novo negócio, resgatou as memórias da tataravó paterna de sua filha, a libanesa Chames Aboud, que no início do século 19 deixou o Líbano em direção ao Brasil em busca de oportunidades, construindo um legado de sucesso no mercado empresarial do Maranhão.

 

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Como fundadora, diretora criativa e designer da Chames Bio, a artista plástica tem como missão não apenas criar biojoias inovadoras, mas também resgatar histórias e fortalecer as raízes culturais. No ateliê da marca, cada peça é concebida organicamente, sem desenhos prévios ou croquis, em processos que podem demorar até 30 dias. Nada é produzido em larga escala e quatro materiais básicos definem a identidade das peças: o metal brasileiro, certificado e livre de níquel; pedras naturais; seda de produção nacional; e murano, um tipo de vidro com cintilância.  Com uma trajetória que já completa cinco anos, a marca tem conseguido mostrar ao mundo a sua essência. As peças já foram expostas em diferentes cidades do Brasil e de Nova York.

 

Serviço:

Período expositivo: até 21 de setembro de 2024

Local: Galeria Filomena – no corredor lateral ao lobby do Hotel Rosewood São Paulo (Rua Itapeva, 435, Bela Vista).

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