8 passeios especiais para fazer no Dia da Imigração Japonesa

De restaurantes a templos budistas, é possível montar uma programação rica em cultura nos arredores de São Paulo

Templo Zu Lai (Divulgação)

No dia 18 de junho de 1908, aportou em Santos o navio Kasato Maru, trazendo a bordo agricultores japoneses para trabalhar em cafezais no interior de São Paulo, plantações de pimenta no Pará e fazendas de exploração de borracha na Amazônia. No entanto, grande parte das 165 famílias que chegaram ao Brasil na ocasião permaneceu no estado de São Paulo e construiu uma colônia japonesa de grande impacto.

 

Estima-se que cerca de 1,3 milhão de japoneses e descendentes vivem no estado de São Paulo atualmente. O número chega a 2 milhões quando se avalia o Brasil, o que caracteriza a maior população nikkei. Para homenagear o início de tudo isso, em 2005 18 de junho foi oficializado como Dia da Imigração Japonesa ou Dia Nacional da Imigração Japonesa.

 

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Após mais de 100 anos de troca cultural, é possível encontrar diversos passeios para se aprofundar na tradição japonesa. De restaurantes a templos budistas, não é difícil fazer uma programação rica em cultura sem se distanciar muito da capital paulista.

 

Confira, a seguir, alguns passeios especiais para quem quer comemorar a data.

 

1- Visitar a Japan House

 

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Inaugurada em abril de 2017, a Japan House SP é um dos principais espaços de arte da capital, com grande foco na cultura japonesa – como o próprio nome já adianta. Embora a agenda do local não tenha nenhuma atividade especial para o Dia da Imigração Japonesa, a visita é superválida nessa data comemorativa. No momento, o espaço segue com a exposição Kumihimo – A Arte do Trançado Japonês com Seda, por Domyo. Essa mostra segue até 28 de agosto e fala sobre uma das tradições japonesas mais antigas, que é a confecção de cordões trançados de seda, e seu desenvolvimento ao longo da história.

 

2- Comer bons menus omakase

 

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Em japonês, “omakase” significa algo como “confio no chef”, quando geralmente o cliente senta no balcão e o chef vai servindo preparações com os ingredientes mais frescos e sazonais. De certa forma, é assim que os tradicionais menus de comida japonesa são chamados – e, em um grande centro gastronômico como São Paulo, é claro que é possível encontrar bons menus omakase para aproveitar o Dia da Imigração Japonesa. No restaurante Murakami, por exemplo, o cliente pode escolher entre três menus degustação, todos surpresas criadas pelo chef Tsuyoshi Murakami.

 

No restaurante, que fica no bairro dos Jardins, o comensal avisa sobre suas restrições alimentares e o resto é montado de acordo com os melhores ingredientes disponíveis naquele dia. Outros restaurantes, como Kisū, Ícone Asiático, Massae San Sushi e Imakay, também são boas opções para encontrar menus omakase.

 

3- Experimentar o wasabi artesanal no By Koji

 

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Em homenagem à comunidade nipônica, o restaurante By Koji, localizado no Estádio do Morumbi, apresenta uma seleção de sushis especiais no Dia da Imigração Japonesa. Todos eles contam com um complemento inédito: wasabi fresco importado do Japão. Diferente da popular bolinha verde servida usualmente, o wasabi fresco é uma raiz-forte ralada na hora – um ingrediente natural e orgânico e que não passa por nenhum tipo de industrialização. O combinado, criado pelo chef Koji Yokomizo, fica disponível de 18 a 25 de junho, tanto no salão quanto pelo delivery.

 

4- Passear pelo bairro da Liberdade

 

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Talvez o passeio clássico para quem busca saber mais sobre a cultura japonesa em São Paulo, o bairro da Liberdade é conhecido como o maior reduto da comunidade japonesa no município. As ruas são decoradas com lanternas vermelhas, que conversam perfeitamente com as fachadas dos restaurantes, cafés e supermercados que vendem iguarias asiáticas. No domingo, há a Feira da Liberdade, com barracas que vendem acessórios, artesanatos e comidas típicas. Durante os outros dias da semana, também é possível aproveitar a gastronomia nos diversos restaurantes e cafés da região. Há opções tradicionais, como o Sushi Kenzo, e jovens e instagramáveis, como o Eat Asia – temático da Hello Kitty – e o famoso We Coffee.

 

5- Visitar o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil

 

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Também localizado no bairro da Liberdade, o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil é uma rica opção para quem quer viajar no tempo e assistir à chegada do Kasato Maru no Brasil. No edifício da Bunkyo, o espaço é conservado pela Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, responsável por manter a cultura japonesa viva no Brasil. São três andares cheios de informações sobre os primeiros japoneses que chegaram ao país, como sobreviveram e como ajudaram no desenvolvimento da nação.

 

6- Apreciar a Torre de Miroku 

 

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A cerca de 43 quilômetros de distância da capital paulista – mais especificamente na região de Ribeirão Pires –, a Torre de Miroku é um dos maiores complexos japoneses do Brasil. Com seus 32 metros de altura, o espaço foi projetado para ser um centro de contemplação à paz, ao belo, à arte. O projeto para a construção começou a ser idealizado no início de 2000, inspirado pelo templo Horyu, da cidade de Nara, no Japão, que data do ano 607 e é o mais antigo do mundo. O acesso à Torre de Miroku acontece somente por meio de barco: 20 minutos de passeio na embarcação Koryu, que possui um dragão dourado em sua proa, simbolizando proteção e purificação da água.

 

7- Mergulhar na tradição budista no Templo Zu Lai 

 

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Na cidade de Cotia, a 32 quilômetros da capital paulista, Zu Lai se apresenta como o maior templo budista da América Latina, com 10 mil metros quadrados de área construída, ocupando um terreno com 150 mil metros quadrados. O espaço tem como objetivo manter a tradição da natureza búdica, deixando-a ao alcance de todos. Por conta disso, os visitantes conseguem marcar visitas para conhecer o templo e até participar de algumas cerimônias.

 

8- Degustar chás no Mori Chazeria 

 

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Foi em uma viagem à Ásia, em 2018, que Patrícia Akemi conheceu a obra O Livro do Chá, de Okakura Kakuzõ, que fala um pouco sobre a bebida milenar e sua relação com a cultura japonesa. Por mais que seja descendente de japoneses, esse foi o primeiro contato da jovem com o assunto, o que fez com que ela se apaixonasse e decidisse abrir uma casa de chá para chamar de sua. A Mori Chazeria, no bairro do Paraíso, em São Paulo, oferece uma longa lista de chás, além de docinhos tradicionais japoneses de produção própria. Em dias especiais, também é possível fazer uma degustação completa ou se juntar a um grupo de workshop para conhecer o mundo dos sommeliers de chá.

 

Por Beatriz Calais

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