Heroes Motors: entenda como motos vintage transformam-se em obras de arte
Mais do que uma marca de motos antigas, o designer Serge Bueno criou um verdadeiro lifestyle que inclui roupas, capacetes especiais e itens de couro
O designer francês Serge Bueno, formado em artes pela reconhecida Beaux-Arts de Paris, herdou de sua família o gosto por motos antigas, o que cultivou desde cedo. Foi apenas em 2015, no entanto, que transformou a paixão em negócio, ao fundar a Heroes Motors, em LA, que tem dois showrooms na cidade.
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A marca, especializada no restauro e na comercialização de motos vintage, é também conhecida por conceber peças únicas, consideradas verdadeiras obras de arte. Por trás de cada motocicleta, há também uma história: para juntar as peças, Bueno garimpa pelo mundo – seja para trazer novidades, seja para encontrar modelos específicos para atender a solicitações de clientes. “Se a moto estiver em um estado bom, eu restauro preservando a originalidade do modelo. Outras vezes, fazemos diversas alterações e intervenções, o que eleva o meio de transporte ao status de obra de arte”, explica.
Mais do que uma marca de motos antigas, o empresário criou um verdadeiro lifestyle: roupas, capacetes especiais e itens de couro, entre outros produtos. Um de seus focos atuais, como contou, é envolver mais pessoas no estilo da marca, e também estar presente em mais pontos de venda. Confira, na sequência, a conversa com Bueno.
Versatille: Como começou a construir o negócio?
Serge Bueno: Eu comecei a minha coleção na França, há 20 anos, quando estava em Paris, e também na Normandia, de motos clássicas, principalmente dos anos 1920 e 1930, de diversos lugares do mundo, europeias e americanas. E então comecei a sonhar em ter meu espaço nos Estados Unidos. Por volta de 2013, quando mudei para os EUA, tinha uma coleção de em média 50 motos, e trouxe todas para cá. Com isso, abri o meu showroom, e muita gente começou a se interessar pela coleção, e as pessoas falavam: “Esse cara francês, fazendo motos iradas”; e, com isso, acabei vendendo todas fácil e rapidamente.
V: Qual caminho traçou para se tornar uma marca de lifestyle?
SB: Depois de alguns anos, por volta de 2016, comecei de forma tímida, fazendo camisetas, e foi evoluindo. Agora eu tenho uma coleção completa, para homens e mulheres, e recentemente abri um corner na loja de departamentos Macy’s.
V: No momento, o que busca mais?
SB: Motos europeias, dos anos 1910, 1920 e 1930, modelos mais exclusivos e bem limitados, sendo alguns deles com cinco ou dez exemplares, contabilizando o mundo inteiro.
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V: O que aconteceu com a coleção que trouxe da França? Tem alguma moto que não venderia?
SB: Eu vendi tudo. Mas tenho uma coleção diferente atualmente. É o que dizem, tem um preço para tudo, então não posso dizer que não venderia algo.
Por Giulianna Iodice | Matéria publicada na edição 124 da Versatille