9 vinhos perfeitos para uma noite fria

Com a ajuda de sommeliers e especialistas, a Versatille listou algumas opções ideais para o inverno

Pexels/Jep Gambardella

Há quem diga que o inverno pede vinhos encorpados e mais alcoólicos, que tragam a sensação de calor para a boca — e, consequentemente, para o corpo inteiro. Mas é possível fugir da “regra” e extrapolar tais motivos na hora da escolha.  

 

“Costumo buscar vinhos que confortem e tragam aconchego e acolhimento”, revela Bautista Casafús, sommelier do restaurante Arturito. Para ele, um tinto da região francesa de Savoie e um elegante branco do Vale do Loire são perfeitos para acompanhar um bom prato de massa com molho de tomate em uma noite fria.  

 

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O inverno de 2023 não está tão frio até o momento, mas uma frente fria chega na região sul do país nesta última semana de julho. Para aproveitar mais a estação do ano, a Versatille recebeu a sugestão de sommeliers e um produtor sobre seus vinhos preferidos para o frio.  Confira a seguir:  

 

Bautista Casafús, sommelier do restaurante Arturito 

 

Bautista Casafús (Foto: Bruno Geraldi)

 

–  Frères Giac, 2021 (Domaine Giachino) 

 

“Este suculento vinho tinto da região de Savoie, produzido com as uvas etraire de la dhuy e gamay, transmite a excentricidade de sua paisagem. Com aroma complexo e sedutor, preenche a boca elegantemente com seu corpo delicado e acidez.” 

 

– Terre de Gabbro 2020 (Domaine Vincent Caillé) 

 

“O elegante muscadet é elaborado com uvas Melon de Bourgogne tem uma tropicalidade cítrica no nariz, misturado com aromas de mel e caramelo que se refletem na boca. Fluido e intenso, com um final mineral bem longo, ele aquece e preenche até os dias mais frios.” 

 

Guilherme Giraldi, sócio e sommelier do restaurante Cais 

 

Guilherme Giraldi (Foto: Bruno Geraldi)

 

– Cabernet Franc 2021 (Vivente Vinhos Vivos) 

 

“Melhor vinho da vinícola que já provei até hoje. Tem os toques herbáceos característicos da casta no nariz, mas sem excessos. Na boca, é suculento, com boa fluidez por conta da extração delicada. Tem uma bela acidez e taninos finos. Provei com uma costela com demi-glace (inclusive, a melhor costela da vida, feita pelo chef Marcelo Schambeck, do restaurante Capincho-POA, num belo jantar no Cora) e ficou excelente. Um tinto que pode acompanhar muito bem pratos intensos de inverno, mas com frescor e elegância.” 

 

– Albahra, 2021 (Envínate) 

 

“Tinto de entrada da badalada vinícola espanhola Envínate. Um vinho suculento, de médio corpo, muito bem equilibrado por uma acidez delicada e taninos macios. No nariz, tem especiarias bem agradáveis, em especial cravo, que dá um toque de complexidade. Tinto mediterrâneo guloso, mineral e apesar de ser um vinho natural (com apenas um pouco de SO2 utilizada no engarrafamento), pode agradar também quem prefere vinhos mais clássicos.” 

 

Gabrielli Fleming, sócia e sommelière do restaurante Cepa 

 

Gabrielli Fleming (Foto: Divulgação)

 

– Lapeyre Jurançon Sec, 2018 

 

“Jurançon é uma apelação do Sudoeste da França, famosa por seus vinhos doces produzidos a partir das castas Gros Manseng e Petit Manseng. Este vinho é seco, 100% Gros Manseng, trazendo com ele todo o poder da casta, como sua fruta madura tropical, casca de fruta cítrica e um lindo lado floral. É extremamente gastronômico. Um branco para pratos untuosos.” 

 

– Domaine Berthet-Bondet, Côtes du Jura 2016, Savagnin non ouillé 

 

“Este vinho é o irmão mais novo do Vin Jaune. Estagia três anos em barricas não atestadas e sob uma camada protetiva de leveduras. Processo responsável por sua incrível complexidade, parecida com os vinhos de Jerez/Espanha. Mas no Jura são mais frescos, ácidos e menos alcoólicos. Sua potência segura vários pratos difíceis de harmonizar, como curry, condimentos e especiarias.” 

 

Diego Cartier, sócio fundador da vinícola Vivente 

 

Diego Cartier (Foto: Divulgação)

 

– Barbera 2021 

 

“Um vinho surpreendente, que destaca notas que lembram Ginja (cereja ácida). Na boca, frutas vermelhas e maduras, como ameixa e um toque de especiarias, além de taninos macios e finos. Fluído e com ênfase na fruta. Produzido com uvas fornecidas pela família De Lucca, de Serra das Encantadas (RS), harmoniza bem com carnes vermelhas grelhadas ou de longo cozimento.” 

 

– Pinot Noir 2020 

 

“De cor rubi intensa, este vinho alegre, leve e com agradáveis notas de frutas vermelhas é produzido com uvas plantadas em sistema biodinâmico pela família Varaschin, de Campos de Cima da Serra (RS). Ele combina com pratos mais leves, como pato, cogumelos e 

carnes cozidas lentamente.” 

 

– Cabernet Franc 2021 

 

“Um vinho intenso, complexo, com estrutura, sem perder a fluidez e frescor. Explosão de frutas vermelhas, frutas secas, flores e um toque de ervas. É suculento e tem taninos finos, vinificado com maceração semi-carbônica. As uvas são fornecidas pela família Sozo, de Campos de Cima da Serra (RS). Ideal para harmonizar com carnes vermelhas grelhadas ou de longo cozimento.” 

 

Por Redação

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