4 perguntas para Niko Romito
O italiano fala sobre sua missão como chef e futuras ambições
Considerado um dos maiores chefs da atualidade, o italiano esteve no Brasil a convite da Garofalo, para a final do desafio gastronômico da Ânima Educação. Autodidata, Romito tem sua filosofia de cozinha baseada em elementos-chave, como pureza, verticalidade (definida como expressão plena dos sabores de cada ingrediente), vegetais e território (principalmente de Abruzzo, onde vive). Entre seus projetos estão o Casadonna Reale, três-estrelas Michelin, a escola de gastronomia Accademia Niko Romito e os restaurantes dos hotéis Bvlgari, localizados na Europa, nos Emirados Árabes e na Ásia.
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Em conversa rápida, Niko Romito responde a quatro perguntas para a Versatille.
Versatille: Qual é seu papel como chef?
Niko Romito: Além de o cozinheiro fazer com que as pessoas comam bem, ele tem que transmitir mensagens muito importantes para o público externo por meio da comida. Do ponto de vista gastronômico, a sociedade dá a você certo valor dentro de seu campo de atuação, então sinto que a minha responsabilidade é ainda maior, por ter tantos jovens que trabalham e se formam comigo.
V: E sua missão mais importante?
NR: Eu tenho vários projetos em andamento. Um deles, que é muito relevante, é o desenvolvimento de refeitórios de escolas e hospitais públicos. Estou trabalhando com uma universidade, criando um campus de pesquisa, um laboratório que estuda os processos de informação, com o objetivo de fornecer bons alimentos para um grande número de pessoas. O projeto está localizado em Abruzzo, mas é mundial.
V: Entre os conceitos de restaurante que possui, qual é o mais prazeroso?
NR: Na verdade, são todos conectados, e a ligação entre eles é sustentada por compartilhamento e pesquisa.
V: O que se imagina fazendo no futuro?
NR: Esse campus é um projeto ambicioso, então é para o futuro, claro. Mas me vejo cada dia mais no campo da pesquisa.
Por Giulianna Iodice