Valentine’s Day: 7 livros românticos escritos por autores nacionais

Comemorado no dia 14 de fevereiro nos EUA e na Europa, o Dia de São Valentim celebra o amor e a afeição

(Getty Images)

Quando se observa a história, percebe-se que “Valentim” é um nome muito relacionado ao âmbito do amor. Nos registros do catolicismo, há onze santos chamados Valentim — e pelo menos três deles possuem alguma ligação com narrativas de amor. Essa informação foi levantada pelo estudioso de hagiografias Thiago Maerki, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e associado da Hagiography Society, dos Estados Unidos.

 

Esse cenário abre portas para que alguns personagens históricos tenham sido a inspiração para o Dia do São Valentim, que é comemorado nos EUA e na Europa como o Dia dos Namorados. Um dos relatos diz que um religioso chamado Valentim tinha o costume de distribuir rosas pelas ruas, enquanto outro registro revela a existência de um homem com o mesmo nome que recortava corações de pergaminho e entregava aos soldados para que eles relembrassem de suas amadas enquanto estavam longe de casa.

 

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A história mais conhecida, no entanto, envolve o imperador romano Marco Aurélio Cláudio (214-270), que resolveu proibir os soldados de se casarem, entendendo que vínculos familiares eram uma fraqueza para os guerreiros. Com o anseio de voltar para casa, muitos começaram a ter medo de morrer. Contrário a essa proibição, conta-se que um bispo chamado Valentim continuou celebrando, às escondidas, os matrimônios dos militares.

 

Desrespeitando o decreto imperial, não demorou muito para que o imperador descobrisse e decretasse uma pena árdua. Durante o período em que esteve preso, o bispo se apaixonou pela filha do carcereiro e, no dia de sua execução, enviou uma carta para a moça assinando “do seu Valentim”.

 

Cerca de dois séculos depois, o Dia de São Valentim foi instituído pelo Papa Gelásio, que transformou o bispo em símbolo da celebração. Além disso, é a partir dessa história que se explica a prática de enviar cartões a quem se ama no dia 14 de fevereiro. Recheada de narrativas dignas de uma obra literária, a data celebra, atualmente, o amor e a afeição entre as pessoas.

 

Para entrar no clima do Valentine’s Day, a Versatille listou 7 livros românticos escritos por autores nacionais. Confira a seguir:

 

“Perdida”, Carina Rissi

 

 

Autora da série de livros “Perdida” e de outros best-sellers, como “Procura-se um marido” e “No mundo da Luna”, a brasileira Carina Rissi já vendeu mais de 700 mil exemplares e teve seus livros publicados em países como Portugal, Rússia, Ucrânia e Itália. Na série “Perdida”, ela conta a história de Sofia, que vive em uma metrópole e está acostumada com a modernidade e suas tecnologias. Após comprar um celular novo, no entanto, algo misterioso acontece e ela descobre que viajou no tempo e está perdida no século dezenove. Enquanto tenta encontrar um meio de retornar, é acolhida pela família Clarke — principalmente por Ian Clarke, por quem ela começa a nutrir sentimentos. A série conta com seis livros e foi finalizada pela autora em 2021.

 

“Conectadas”, Clara Alves

 

 

Clara Alves começou a escrever cedo e, ainda na adolescência, passou a publicar os seus textos na internet, encontrando espaço no aplicativo Wattpad − onde ganhou, duas vezes, o prêmio Wattys, outorgado pela plataforma. Hoje, já conhecida no mercado editorial, ela é autora do sucesso “Conectadas”, que acompanha o relacionamento de Raíssa e Ayla, duas meninas que se conhecem em um jogo online. As duas sentem uma conexão enorme, mas existe uma falha de comunicação importante nessa amizade: Raíssa joga com um avatar masculino, então Ayla não sabe que está conversando com outra menina. Quanto mais as duas se envolvem, mais culpa Raíssa sente. Só que ela não está pronta para se assumir. Ao longo da narrativa, muitas dúvidas e descobertas entram em discussão.

 

“Céu sem Estrelas”, Iris Figueiredo

 

 

Mais uma obra ideal para representar as incertezas do início da vida adulta, o livro “Céu sem Estrelas”, de Iris Figueiredo, tem como protagonista a personagem Cecília, que acabou de completar dezoito anos e está repleta de desilusões. Depois de perder seu primeiro emprego e ter uma briga terrível com a mãe, ela decide ir passar um tempo na casa da melhor amiga, Iasmin. Em sua estadia temporária, conhece Bernardo, o irmão mais velho de Iasmin, com quem começa a desenvolver um relacionamento. Típico da juventude, os dois possuem traumas, ressentimentos e inseguranças que precisam ser trabalhadas.

 

“Enquanto eu Não te Encontro”, Pedro Rhuas

 

 

Um dos primeiros romances nacionais com representatividade LGBTQIAP+ e nordestina a estrear direto na lista de mais vendidos, o livro “Enquanto eu Não te Encontro” foi escrito pelo cantor, produtor e jornalista Pedro Rhuas e conta a história de Lucas, que conquistou sua tão sonhada liberdade após passar na faculdade e mudar do interior para a capital do Rio Grande do Norte. Com sorte na vida e azar no amor, ele não teve muitos encontros com final feliz, mas isso muda quando conhece Pierre, um menino francês com quem se conecta instantaneamente. Em apenas uma noite, muitas coisas acontecem e mudam o rumo de sua vida.

 

“Não se Apega Não”, Isabela Freitas

 

 

Já conhecido pelos fãs de romances nacionais, o livro “Não se Apega Não” representou a estreia da blogueira Isabela Freitas no universo da ficção. Primeiro exemplar de uma série de quatro livros, a obra conta a história da personagem Isabela, que toma a decisão de terminar um relacionamento aparentemente saudável que já durava dois anos. Com leveza e naturalidade, a narrativa trata de assuntos como amor-próprio, autoconfiança e independência.

 

“Um Milhão de Finais Felizes”, Vitor Martins

 

 

Autor de “Quinze Dias” e “Se a Casa 8 Falasse”, o brasileiro Vitor Martins já é referência quando se trata de romances nacionais. Na obra “Um Milhão de Finais Felizes”, ele conta a trajetória de Jonas, um jovem que não sabe muito bem o que fazer da vida. Tudo parece incerto, até ele conhecer Arthur, que o ajuda a entender seus sentimentos e o verdadeiro significado de família e amizade.

 

“Azul da Cor do Mar”, Marina Carvalho

 

 

Autora de “Simplesmente Ana”, Marina Carvalho é conhecida por escrever histórias de amor envolventes. Em “Azul da Cor do Mar”, os leitores acompanham Rafaela, uma jovem que sonha, desde a adolescência, com o garoto que viu na praia uma única vez. Além desse sonho romântico, também almeja crescer em sua carreira como jornalista. Quando começa a fazer o seu primeiro estágio em um jornal reconhecido na cidade, ela pensa que está no melhor dos mundos, mas dá de cara com um companheiro de escritório antipático que não parece gostar de sua presença. Após algumas experiências, no entanto, eles percebem que formam uma boa dupla. Com esse novo relacionamento, Rafaela descobre mais informações sobre o seu sonho de adolescência e desenha novos planos para sua vida como jornalista.

 

Por Beatriz Calais

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