“O funk é a liderança, o emprego, o sonho e a salvação”, diz MC Mari

No quadro 3X4, a funkeira relembra sua história e conta planos para sua carreira

MC Mari posa com rosto sério
Foto: Gabriel Bertoncel

Conhecida como a “Rainha do Brega Funk”, a baiana MC Mari acumula mais de 500 mil seguidores em seu perfil no Instagram e mais de 2 milhões de ouvintes mensais somente no Spotify. Já o clipe de “Senta Concentrada” – uma de suas músicas mais conhecidas, que conta com feat de Léo Santana -, apresenta 49 milhões de visualizações. A artista, nascida na cidade de Itabuna, já cantou diferentes gêneros e hoje se consolida como um dos expoentes femininos do funk. Para ela, cantar o estilo musical é um ato de luta contra as barreiras impostas pela sociedade. 

 

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No quadro 3X4 da Versatille, MC Mari discorre sobre sua trajetória, sonhos alcançados por meio do funk e planos profissionais. Confira, a seguir, a conversa completa.
 

Versatille: Quando você se encontrou no brega funk? 

  

MC Mari: De onde eu vim, vivi a mesma realidade que muitos do funk vieram; vida humilde, família simples, mas com sonhos enormes e muito amor. Eu já cantei vários sons na vida, mas sem dúvida alcancei maiores patamares no funk. Eu sou grata ao ritmo, por meio dele pude abrir uma porta enorme na música e caminhar por outros gêneros. Eu falo em terceira pessoa que a Mc Mari começou cantando funk proibidão e é de lá que ela vem, cheia de orgulho com uma força feminina de dar inveja a muita gente.

 

MC Mari posa de perfil

Foto: Gabriel Bertoncel

  

Versatille: Quem eram suas inspirações no início da sua carreira? E quem te inspira atualmente? 

  

MM: Canto desde os 10 anos de idade e tive a oportunidade de traçar uma longa história musical, mesmo ainda nova. Cantei forró, sertanejo, trap… tenho referências em vastos ritmos. Simone e Simaria, Solange Almeida, Rihanna, Iron Maiden e por aí vai. Hoje, como artista e mulher, me inspiro na Anitta, não só pela carreira, mas pela perseverança que a permitiu chegar aonde ela chegou. 

  

Versatille: Como era o cenário quando você começou a fazer sucesso? 

  

MM: Bombei de verdade na pandemia – e pior cenário para música, não tinha. Por incrível que pareça, quebrei as barreiras e por meio das plataformas e mídias sociais consegui divulgar minha música mesmo sem sair de casa, alcancei números exorbitantes e atingi, com eles, todo o meu sucesso. 

 

MC Mari posa sorrindo

Foto: Gabriel Bertoncel

  

Versatille: De que forma sua vida mudou depois de ter alcançado uma posição de destaque? 

  

MM: O funk me ajudou a me destacar em todos os sentidos. Na música, por exemplo, sou conhecida nacionalmente e hoje consigo trabalhar ao lado de outros artistas incríveis também. Com a vida agora estável, consigo ajudar melhor minha família financeiramente e ter tudo que sempre sonhei com o objetivo de dar um futuro para minhas filhas. 

  

Versatille: Quais oportunidades você acredita que o gênero pode trazer aos que estão iniciando no ramo? 

  

MM: O funk é a liderança, é o emprego, é o sonho, é a salvação. Quando se cresce em um país onde as favelas não são vistas, cantar para se salvar de um futuro incerto e de um caminho errado, é um ato de luta! 

 

MC Mari posa com rosto sério

Foto: Gabriel Bertoncel

  

Versatille: Qual o maior sonho que realizou depois de ter alcançado a fama? 

  

MM: Sonho mesmo foi poder sentar e comer de tudo, sem ter medo de acabar; olhar para o lado e me ver cantando com as pessoas que um dia sonhei; e dar para minhas filhas tudo que desejei. 

  

  

Versatille: O que ainda deseja realizar na sua carreira? 

  

MM: Almejo desenvolver minha carreira internacional; não ser reconhecida somente pela minha voz, mas também pela minha vontade de lutar e representar todas as mulheres, em geral. Quero ultrapassar barreiras que a sociedade impõe, arriscar, falhar e aprender. Desejo me tornar a mais conhecida do mundo, não só por cantar, mas por encantar por onde passo. 

  

Versatille: O que é felicidade para você? 

  

MM: Viver do meu sonho, ao lado das pessoas que amo, sendo guiada pelo meu Deus. 

 

Por Redação

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