O caviar Persian Majestic chega ao país com a missão de mudar a forma como os brasileiros enxergam a iguaria
A marca oferece um produto 100% iraniano, que valoriza a tradição e promove saudabilidade a quem o degusta
Você certamente sabe o que é caviar, mas talvez não em suas minúcias. O produto, historicamente original do Irã, é conhecido por alguns fatores: aparência e sabor únicos, seu valor na gastronomia e, como já é de se imaginar, os altos preços. Ali Akbari, um dos sócios do Persian Majestic, marca prestes a ser comercializada em restaurantes e pontos de venda brasileiros, pretende difundir a cultura de comer caviar pelo Brasil além de apenas seu status e reforçar o valor histórico e cultural do produto.
“O nosso caviar é 100% iraniano. Tal frase não quer transmitir arrogância; é que o caviar, desde sua palavra, que tem origem persa, é originário do Irã. A forma de salgar, de produzir, são milhares de anos de tradição. Queremos nos orgulhar disso, não dizer que os outros países são incapazes. Igual ao champanhe, que é uma tradição da França”, explica.
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As ovas da fêmea do esturjão são distintas. A família de peixes de proporções grandiosas é considerada por muitos formada por dinossauros dos mares. No Persian Majestic, três tipos são ofertados: beluga, ossetra e baerii. “O que diferencia as variedades é a raridade, a duração de vida do peixe para produzir as ovas. Por exemplo, a beluga é a mais amanteigada, delicada, as ovas são maiores e mais claras”, explana Akbari.
Mas não somente a diferença entre as ovas é fundamental no momento de apreciar e, para isso, é necessário saber alguns pontos: “Muita gente no Brasil não gosta de caviar porque sentiu coisas desagradáveis. O de verdade não tem gosto de mar, não é salgado e tampouco tem gosto de lodo. Não tem nada de ruim. Se é salgado, é porque estão escondendo defeitos; se está com gosto de mar, lodo e terra, é porque é velho, de baixa qualidade. Mesmo o líquido, se vier dentro da lata, feche e devolva. Não é para ter líquido dentro. Tudo o que se sente desagradável em boca não é do caviar, é daquele caviar”.
Aqui no Brasil, é inquestionável que o caviar, em geral, é visto como um item gastronômico presente apenas em ocasiões especiais, mas o empresário quer mostrar que a iguaria tem potencial além disso: “O mercado brasileiro é muito menor do que os de países europeus, asiáticos e do Oriente Médio. Aqui, não existe o costume de usar o produto para momentos mais simples, como um brunch. Ele é visto como um produto de alta gastronomia. Isso cria um obstáculo. Nós queremos fazer essa educação, para ser um produto além do luxo, e também por seus benefícios, pois é um elixir de saúde. Muitos produtos já conquistaram espaço por aqui. As pessoas viajam, consomem, e eu acho que em cinco anos isso vai mudar”, conclui.
Por Giulianna Iodice | Matéria publicada na edição 132 da Versatille