É bem verdade que o Mini Cooper Countryman perdeu o status de “carro nacional”, mas isso não foi de todo ruim. Pelo contrário: ao ganhar passaporte holandês, a segunda geração do modelo trouxe com ela a tecnologia híbrida e se transformou num carro que entrega ao mesmo tempo consciência ecológica e prazer ao dirigir. O Countryman é o SUV da família Mini. Ele é produzido em Born, uma cidade que fica bem no sul da Holanda, a 189 km da capital, Amsterdã, a poucos minutos da Bélgica (a oeste) e da Alemanha (a leste).

LEIA MAIS

• Conheça Maurício Marx, um dos principais colecionadores de carros antigos do Brasil
• Range Rover Velar 2021 chega ao Brasil
• Audi confirma para abril o início da pré-venda do RS e-tron GT

O novo Mini Countryman trouxe também uma inovação nas versões. Ao contrário do que é comum, os híbridos estão na faixa intermediária da gama. Assim, o cliente da Mini que ainda não aderiu à eletrificação pode optar por uma versão de entrada, com o econômico motor 1.5 turbo de 136 cavalos (R$ 203.990), ou pelo topo da linha, com um potente motor 2.0 turbo de 306 cavalos (R$ 305.990). Esse é o modelo perfeito para os puristas, pois o motor traz o selo de preparação John Cooper Work e transforma o Mini naquilo que americanos e ingleses chamam de pocket rocket.

Mas vamos concentrar nossa apresentação nas duas versões intermediárias: Mini Cooper S E Countryman All4 Exclusive (R$ 239.990) e Mini Cooper S E Countryman All4 Top (R$ 269.990). Ambas são híbridas e oferecem uma excepcional porta de entrada (ou de permanência) no mundo dos carros eletrificados. O novo Mini Cooper Countryman é um veículo elétrico híbrido plug-in (PHEV), ou seja, um carro que funciona com motor a combustão ou elétrico e pode ser carregado na tomada de casa. É o veículo ideal para quem se preocupa com o meio ambiente e não tem medo de ser um early adopter de tecnologias.

O novo Mini Cooper Countryman é a porta de entrada ideal para quem quer explorar o mundo dos elétricos (Divulgação)

A diferença do sistema híbrido plug-in para o híbrido simples é que o primeiro permite que o carro funcione de forma 100% elétrica quando você quiser. Ele tem um alcance de 57 km nesse modo – o que é suficiente para rodar o dia inteiro na cidade (para a maioria dos usuários) sem gastar uma única gota de combustível. Basta deixar o carro na opção puramente elétrica pelos comandos do painel. Também é possível configurar o Mini para reter a carga da bateria para alguma ocasião especial ou para recarregá-lo.

Mas carregar o carro todo santo dia em casa não tira a praticidade? Claro que não! Você vai gastar apenas dois minutos de seu precioso tempo: um para conectar o cabo de energia (que vem com o carro) e depois um minuto para desconectá-lo e guardá-lo. As paradas no posto de gasolina duram muito mais do que isso. Enquanto o veículo carrega, você pode fazer qualquer coisa. Caso queira dar uma carga extra de bateria durante o dia, basta procurar pelo navegador um ponto de recarga da Mini e deixar o carro lá por menos de 30 minutos (tempo para um café ou alguma compra rápida), e a bateria já terá 80% da capacidade.

O Mini Cooper Countryman usa uma bateria de íons de lítio de 9,6 kWh. Na pior das hipóteses, ele roda normalmente só com gasolina, pois tem dois motores. Um deles é o 1.5 twin turbo de 136 cv da versão de entrada. O outro é um elétrico de 88 cv posicionado na traseira do carro. Quando utiliza só o motor 1.5, são 220 Nm de torque (força), suficientes para que o Mini tenha bastante agilidade na cidade. Quando está no modo 100% elétrico, o torque é de 165 Nm. Também existe a vantagem de que o torque está totalmente disponível assim que você pisa no pedal do acelerador.

O design interior é totalmente customizável (Divulgação)

Quando combina os dois motores, o novo Mini Countryman híbrido plug-in oferece uma condução realmente empolgante, pois a potência sobe para 224 cv e o torque atinge 385 Nm. E, mesmo com toda essa potência, o Mini Countryman pode fazer 22,3 km/l de gasolina na cidade e 23,6 km/l na estrada. Por causa disso, o tanque é pequeno e tem apenas 36 litros. Tudo vai depender, claro, de sua empolgação. Assim como nos carros convencionais, o carro com motor elétrico também consome mais energia se você dirige o tempo todo com fortes acelerações.

Além do motor, o Mini Countryman está cheio de novidades. Os instrumentos agora são todos digitais. O quadro de instrumentos de 5” movimenta-se junto com a barra de direção – para a frente ou para trás, para cima ou para baixo. Por ser totalmente digital, ele não tem mais a testeira. A tela multimídia tem 8,8” e continua redonda, assim como os botões mantiveram o estilo usado pelos aviões. Vale lembrar que o Mini não tem conectividade Android Auto, somente Apple CarPlay. O app Mini Connected conta com o assistente pessoal, para fazer reservas em restaurantes e hotéis. Há ainda o assistente de mobilidade, que facilita as atividades diárias do motorista, pois registra os destinos frequentes e vai se integrando a seu calendário pessoal e emitindo notificações pelo iPhone ou pelo Apple Watch. 

O Countryman híbrido é All4, ou seja, tem tração 4×4 o tempo todo. Isso lhe dá mais segurança na chuva e permite que ele enfrente muitas situações com barro ou lama. Mas não se esqueça de que o vão livre do solo não é muito grande (tem 165 mm). Como todo Mini, o novo Countryman tem a suspensão durinha e sempre três modos disponíveis: mais firme, mais confortável ou o meio-termo.

O Mini Cooper Countryman ainda oferece diversas opções de pintura (Divulgação)

A compra de um Mini é sempre divertida (além da utilização, que é muito mais). Você começa a combinar o carro com sua personalidade já na escolha das cores. A pintura “Standard” traz o Cinza Moonwalk e já está embutida no preço. Na pintura “Classic” estão disponíveis o Verde British Racing, o Prata Claro, o Preto Midnight e o Vermelho Chili. Já a pintura “Modern” traz o Azul Island, o Verde Sage Metálico e o Cinza Thunder. Finalmente, há ainda a pintura “Special”, com o Preto Enigmatic. A cor do teto também fica ao gosto do cliente: pode ser todo preto, todo branco ou igual à carroceria. O acabamento, impecável, tem três revestimentos opcionais. 

LEIA MAIS

• FARFETCH e BMW se unem para a pré-venda do X7 Dark Shadow Edition
• Especialista analisa os carros Porsche Taycan e Mercedes GLB 200
• 4 bicicletas da BMW e MINI que unem design, praticidade e segurança

O design sempre foi um dos fatores mais importantes para a Mini. Por isso, o novo Countryman também traz um belo contorno de LED nas luzes dianteiras e a Union Jack (a bandeira da Grã-Bretanha) dividida e estilizada nas duas lanternas traseiras. As rodas são lindas, aro 19, com seis raios duplos e cinco furos. Os pneus 225/50 R19 utilizam tecnologia Run Flat (roda mesmo furado) e possuem um perfil médio, que aceita de forma razoável as irregularidades das ruas. O porta-malas das duas versões híbridas é um pouco menor, por causa da bateria, que fica no assoalho do carro. São 405 litros para bagagem, 45 a menos do que os do Countryman de entrada ou do topo de linha.

Rodando, o Mini Cooper Countryman híbrido plug-in não deixa ninguém passar vergonha nas acelerações. Ele vai de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos e atinge 197 km/h de velocidade máxima. Com uma boa relação peso/potência de
7,6 kg/cv, o carro permite viagens rápidas e confortáveis, mesmo com suspensões firmes, que garantem alto nível de estabilidade nas curvas – o novo Countryman tem muitos recursos eletrônicos de segurança. Seu caráter esportivo também faz com que as reações da direção sejam rápidas. 

Outro item interessante e que recomendamos é o Park Assist opcional, pois, apesar do nome, o Mini Countryman não é pequeno – mede 4,29 m de comprimento e 1,82 m de largura, então é mais largo do que um sedã médio nacional. O novo Mini Countryman é realmente o máximo. 

Por Sergio Quintanilha | Matéria publicada na edição 118 da Versatille