Na trilha do dinheiro: Pedro Henrique Feres

Diretor da TC Investimentos discorre sobre a importância da independência financeira e da trajetória profissional

(Gabriel Bertoncel)

Todos começaram bem novos no mercado financeiro e construíram suas carreiras de formas distintas: Fabrício Tota, diretor de novos negócios do Mercado Bitcoin, migrou para o setor das criptomoedas em 2018; Marco Tullio Forte, Managing Director da divisão de Wealth Management do Credit Suisse Brasil, fez carreira no banco suíço; e Pedro Henrique Feres acaba de assumir a diretoria da TC Investimentos. Firmes em seus propósitos e trajetórias, os três executivos compartilharam com a Versatille suas histórias próprias de conquista da independência financeira – pauta frequente nos dias atuais –, os desafios e seus objetivos profissionais. Na sequência, confira a entrevista com Pedro Henrique Feres.

 

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Em maio deste ano, Pedro Henrique Feres assumiu a diretoria da TC Investimentos, com a missão de transformar a corretora da TC em uma das maiores do país. Com passagens pelo Itaú BBA e pela Terra Investimentos, o administrador conversou com a Versatille sobre carreira e planos. Confira:

 

Versatille: Em qual momento de sua vida considera ter adquirido consciência e independência financeira? Quais elementos foram fundamentais?

 

Pedro Henrique Feres: Eu sempre gostei muito do mercado financeiro por influência da minha família. Meu pai, meus tios e meus primos sempre falaram muito sobre o assunto, mesmo sem trabalhar na área, então desde criança eu me imaginava trabalhando em um banco. Uma vez meu tio perdeu muito dinheiro no mercado. Nessa época eu prometi para mim mesmo que entraria no mercado financeiro para recuperar o dinheiro que ele tinha perdido (risos). Era um plano de criança, mas me marcou muito. 

 

Com 16 anos eu vendi a minha guitarra e comprei a minha primeira ação. Com 18 comecei a trabalhar em uma corretora e, de lá para cá, nunca mais pensei em sair do mercado financeiro. O elemento familiar foi muito importante nesse processo. Eu convivia com pessoas que falavam sobre o assunto, inclusive amigos, então para mim foi muito natural. Eu saí do colégio, fiz faculdade de administração porque achei que era um curso mais amplo e segui nesse caminho de uma forma muito instintiva. 

 

V: Qual foi o maior desafio que enfrentou até o momento em sua trajetória profissional?

PHF: Por incrível que pareça, acho que o momento mais desafiador da minha carreira é o que estou vivendo agora. Meu desafio atual é montar uma forte corretora para a TC Investimentos. 

 

 

V: E a maior conquista?

PHF: Em 2015 eu saí do Itaú, uma empresa muito grande, para trabalhar na Terra Investimentos, uma corretora que ainda era pequena. Eu praticamente ajudei a montar a corretora do zero, então vivi uma estrutura empresarial muito diferente do que eu estava acostumado em meio a uma crise política, porque tudo aconteceu em 2016, durante o impeachment da Dilma. Era um momento de incerteza e eu era mais jovem ainda, então assumi um desafio muito grande. No fim, conseguimos transformar essa empresa em uma das maiores corretoras independentes do Brasil. E tudo foi feito em pouco tempo e em um ambiente hostil. Foi desafiador, mas também representou uma grande conquista. O desafio se transformou em realização. Foi por conta desse trabalho que eu fui chamado para o meu cargo atual na TC Investimentos.  

 

V: Alguém que admire profissionalmente?

PHF: Alguns clássicos do mercado financeiro: André Esteves, Jorge Paulo Lemann e Warren Buffett. 

 

 

V: O que inspira você na profissão?

PHF: Eu costumo brincar que até hoje não encontrei o meu hobby. Meu hobby é o trabalho, porque eu gosto muito do que faço. Cada conquista e cada novo projeto em que eu mergulho me trazem uma realização que me inspira muito a seguir em frente. É algo que me move. O que me motiva na vida é a realização de conseguir desenvolver algo grande. 

 

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V: Profissionalmente, o que gostaria de realizar nos próximos cinco anos?

PHF: Com certeza transformar a corretora da TC em uma das maiores do Brasil. Meu foco é esse, então espero conseguir transformar a vida das pessoas envolvidas nesse projeto e fazer com que a empresa ultrapasse as fronteiras. 

 

Por Giulianna Iodice e Beatriz Calais

Fotos: Gabriel Bertoncel

Tratamento de imagem: Robson Baptista

Assistente de fotos: Will Horas

 

Matéria publicada na edição 126 da Versatille

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