Na Serra da Mantiqueira, o Botanique Hotel Experience é o destino ideal para quem busca contato com a natureza
O hotel abraça a sua localização privilegiada para ofertar aos hóspedes o que há de mais autêntico e conectado ao seu entorno
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Desde a sua fundação, em 2012, o Botanique Hotel Experience passou por algumas fases de mudanças significativas até chegar à atual –, arrisco dizer, a melhor delas. Após a reforma dos interiores, o que também envolveu o SPA e o restaurante, além de um posicionamento firme como uma propriedade de natureza, parece que ali tudo se conecta – e, ao mesmo tempo, nos ajuda a nos reconectarmos conosco.
A paisagem natural é complementada por construções espaçadas, que “se perdem” em meio a tanto verde. Kiko Sobrino, ao repensar o design de interiores, privilegiou trazer a natureza para dentro: nos tons de verde das tapeçarias e do mobiliário; no uso de couro em tonalidades marrons; e até mesmo nos elementos que trazem um ar animalesco, como os lustres que imitam chifres, feitos de resina. Para uma boa observadora, tais detalhes são fascinantes.
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“A nossa maior inspiração é a natureza. A gente quer criar memórias e propiciar aos hóspedes lembranças, como um retorno às origens”, explica Paula Sales, diretora de vendas e marketing do hotel. Para isso, exploram – e oferecem – muitas experiências que extrapolam a experiência do próprio hotel, customizadas aos hóspedes.
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Horta de ervas e plantas (divulgação)
Foi justamente uma delas que me fez viver momentos únicos. Com uma cesta de palha e uma tesoura de plantas nos braços, fui acompanhada, junto a minha avó, à horta, composta de caixotes de ervas e plantas, que são amplamente utilizadas no hotel, seja na cozinha, seja nos tratamentos do SPA. Lá, escolhi cheiros que me agradavam: lavanda, alecrim, sálvia, entre muitas outras opções. O objetivo foi fazer um incenso natural no The Lab, espaço que é literalmente um laboratório, lindíssimo, bem ao lado da recepção.
Privilegiado em espaço, com apenas 20 acomodações, a realidade é que dificilmente você vai encontrar mais pessoas, mesmo quando circula nas áreas comuns. É de se esperar que os hóspedes passem bastante tempo em suas villas, que possuem diversas categorias e dimensões, repletas de privacidade; ou em suas suítes, localizadas no prédio principal, com vistas exuberantes para a Serra da Mantiqueira. Seja em qual delas for, a certeza é de que o serviço será acolhedor e atencioso, fazendo com que dias de relaxamento se tornem ainda melhores.
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Villa (divulgação)
O SPA, no andar inferior do prédio principal, passou por reforma total, em sua estrutura física e tratamentos. “Nas experiências do SPA, a gente abrangeu justamente o conceito de ritos dos povos nativos do Brasil, retornamos às nossas origens. Por exemplo, as terapeutas criaram manobras que abrangem alongamentos com técnicas antigas. Elas também usam óleos feitos com o que temos no hotel”, conta Paula.
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SPA (divulgação)
Ao contrário do que muita gente pensa – que a região de Campos do Jordão é um destino de inverno –, o Botanique afirma o contrário: “Nós somos um hotel que conta muito com as mudanças de estação, prezamos pela sazonalidade. Cada estação tem a sua cor e o seu movimento”. É nisso que se baseiam as experiências e, como não poderia ser diferente, o Restaurante Mina, além de toda a parte de alimentos e bebidas do hotel.
Sob o comando do chef executivo Cristóvão Duque, a cozinha é definitivamente farm to table, mas com muita elegância, toques modernos e inspiração no conceito de montanha: “Além das hortas em abundância da propriedade, a gente tem muitos produtores locais ótimos aqui nos arredores, então temos muitas parcerias”.
Foi justamente o que percebi, ao aproveitar as refeições no Restaurante Mina, que começam com um café da manhã farto – repleto de queijos e embutidos locais lindamente dispostos num bufê, além de opções à la carte. O bar ao lado do restaurante também serve pratos pequenos, harmonizados com drinques criativos e bem executados. No entanto, o ambiente que ganhou o meu coração foi definitivamente o jazz bar, que fez as vezes, devido ao clima chuvoso, de o lugar ideal para um piquenique, que, em dias de sol, acontece embaixo das copas das árvores.
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Restaurante Mina (divulgação)
“Existem muitas coisas por vir”, explica Paula, enquanto conta sobre os eventos, principalmente casamentos, que acontecem por lá. Com capacidade máxima de 300 convidados, é possível realizar celebrações que levam dias para terminar, em esquema buyout – quando o hotel inteiro está destinado ao grupo de convidados.
Faça chuva, sol, casamento ou não, é sempre bom saber que, a um pouco mais de duas horas de São Paulo, temos um refúgio para nos conectarmos com a natureza que envolve todas as facilidades de um hotel de alto padrão.
Por Giulianna Iodice | Matéria publicada na edição 135 da Versatille