Por Sofia Tremel

Entre notificações, curtidas, compartilhamentos e menções, as redes sociais não param nunca. Por isso, muitas pessoas se sentem “presas” a elas, em uma espécie de dependência por atualizações em curtos intervalos de tempo. Este sentimento já é até reconhecido por profissionais de saúde mental, pelo nome FOMO (sigla em inglês para “fear of missing out” – em português, medo de perder algo).

Outro jargão é usado para descrever o comportamento de estar sempre – mas sempre mesmo, a ponto de prejudicar outras atividades – conectado a Instagram, Facebook, Twitter e outras redes: doom scrolling, que, em tradução livre, é algo como “rolar os dedos pelas desgraças”.

Existem, ainda, alguns efeitos colaterais da participação excessiva em redes sociais. Os mais comuns são entrar em discussões e até brigas em posts sobre assuntos variados, se sentir mal com comentários de conhecidos ou de estranhos (sobre visões de mundo, sobre pessoas de quem você gosta ou mesmo sobre você) e deixar que os assuntos e fotos vistos ali interfiram em seus pensamentos e no desenvolvimento de suas tarefas.

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A boa notícia é que o controle está nas mãos de cada um. Reunimos aqui algumas dicas práticas para que você consiga melhorar a convivência constante com as redes sociais.

Siga pessoas e páginas que inspirem e despertem bons sentimentos

Use as postagens alheias como inspiração e não como comparação. A presença frequente de desconhecidos com vidas perfeitas (felizes o tempo todo nas redes sociais) pode criar certa ilusão de que sua vida não faz tanto sentido quanto a deles. Mas não se engane: todo mundo pode tem seus problemas antes ou depois de tirar uma foto bonita.

Se alguém despertar sentimentos de inferioridade em você, tire essa pessoa de suas redes. Se for alguém da família ou do trabalho, apenas silencie, para não causar um mal-estar desnecessário. E seja mais feliz!

Aproveite os momento reais

Quando estiver em uma refeição com familiares ou amigos, no bar com sua turma ou mesmo em um show com uma multidão de desconhecidos, procure estar presente no momento e deixe o celular um pouco de lado.

Registrar o momento com fotos e vídeos é legal para guardar lembranças, mas aproveitar o que estiver sentindo naquele momento pode servir de acalento em momentos mais difíceis e também para ter boas histórias para contar no futuro.

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Pare, inspire, expire. E só então clique em “postar”

Faz parte da rotina publicar opiniões diversas no Twitter a qualquer momento, tirar uma foto do almoço e compartilhar no Instagram ou se vangloriar no Facebook por ter terminado de ler um livro, por exemplo. Reflita por alguns segundos sobre o que você compartilhará.

Poderá ofender alguém? Criar discussões que não levem a lugar nenhum? Incentivar a disseminação de fake news? Expor informações particulares de outra pessoa? Se a resposta para qualquer destas perguntas for “sim”, recue e não poste. Você terá um dia muito mais feliz sem essas dores de cabeça.

Encontre um propósito dentro das redes

É normal abrir uma rede social, clicar em um link, partir para outro e, depois de alguns minutos, perceber que está vendo um vídeo sobre algo que não tem nada a ver com o acesso inicial. Tudo bem, você não está sozinho! Mas fique atento: esse tipo de hábito pode acabar aflorando sintomas de ansiedade, insônia e depressão se entrar em um modo de descontrole.

Seja inteligente ao usar as redes sociais. Acesse os links necessários, dispense o que vá sugar seu tempo sem lhe dar nada positivo em troca. Esteja sempre antenado ao benefício que pode tirar de cada interação.

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Fotos: Unsplash