“É muito gostoso, como artista, poder comunicar de uma forma clara e próxima às pessoas”, diz a atriz Giovana Cordeiro

Em seu primeiro papel como protagonista, a atriz fala sobre sua infância, sonhos e motivações

Giovana Cordeiro (Foto: Michael Willian)

Há algo emocionante em encontrar uma pessoa realmente apaixonada pela vida. O tom de sua voz é leve, sua risada é espontânea, e bastam alguns minutos de conversa para que essa energia se torne contagiante. Com Giovana Cordeiro, a sensação é exatamente essa. A atriz está prestes a interpretar seu primeiro papel como protagonista de uma telenovela da Globo, e a emoção por essa conquista transparece. 

 

É possível afirmar que Giovana tem uma alma de artista. Segundo ela, seu desejo de atuar nasceu de uma forma intuitiva. A atriz era aquela criança que gostava de brincar de interpretar, montar apresentações e, ainda pequena, via os filmes e novelas com vontade de estar ali. 

 

LEIA MAIS:

 

Já longe dos sets, a correria do dia a dia é trocada por momentos em que gosta de ficar rodeada por pessoas amadas ou pela natureza, numa busca da reconexão com sua essência e o cuidado de sua energia. 

 

A seguir, confira entrevista exclusiva sobre carreira, desejos e vida pessoal.

 

Versatille: O que motivou você a atuar?

 

Giovana Cordeiro: Num primeiro momento, a vontade era intuitiva, era o que eu visualizava fazer da minha vida. As coisas que eu gostaria de alcançar se cruzavam muito com o caminho da atuação. Depois, durante a faculdade, eu fui percebendo que tinha vocação para aquilo, existia alguma coisa em mim que se encaixava facilmente naquele universo. Sempre me interessei por me apresentar através de personagens, da música e da encenação. Eu fui uma criança que montava números. A minha atenção durante toda a minha vida estava ligada a essas aptidões. Eu via os filmes, ia ao teatro, assistia à novela com muita vontade de fazer aquela coisa também. 

 

Top e calça Forca

 

V: E que conselho você pediria hoje à Giovana do início da carreira?

 

GC: Eu busco conselhos dessa Giovana do início da carreira o tempo inteiro. Eu me lembro de ter muita coragem, de ser muito destemida e ter uma fé muito grande de que as coisas iam dar certo, então eu só fazia. Óbvio que tinha insegurança e sentia medo, mas, como não sabia o que estava por vir, seguia com muito otimismo. Direto eu converso com essa Giovana e digo assim: “Lá, quando eu nem sabia nada, eu ia cheia de coragem, e agora, que eu já tenho alguma experiência, às vezes me vejo em situações de mais inseguranças”. É a percepção de que hoje em dia eu tenho mais coisas em jogo, sabe? E ela só diz: “Se diverte, vai, confia”. Então eu me inspiro muito nela.

 

V: E qual é a sensação de estar tão perto da estreia de mais um trabalho?

 

GC: Eu estou muito feliz, muito animada, radiante e com uma energia muito gostosa de viver. No dia em que foi divulgada a primeira chamada da novela, saí dos estúdios e, no caminho para a minha casa, eu cantei, eu gritei e agradeci. Naquele momento, senti uma felicidade, que é por ela que trabalho, uma satisfação e também realização. A confiança de que a gente está fazendo um trabalho muito legal. 

 

Jaqueta, top e saia Boldstrap; e joias
JP Joalheria

 

V: Quais são as características que você avalia na hora de escolher os projetos de que quer participar?

 

GC: Nos meus dois últimos trabalhos, eu quis muito fazer personagens populares. É muito gostoso, como artista, poder comunicar de uma forma clara e próxima às pessoas. Eu tenho ambições para depois desse momento da minha vida, de caminhar por outras linguagens da atuação. Mas fazer uma novela possibilita muitas coisas, abre muitas portas, nós somos apresentados para um público muito grande, com esse lado de falar com uma massa e de fazer com que ela se reconheça, então poder comunicar esse respiro e essa leveza me motiva muito como artista.

 

V: Existe algum tipo de personagem que ainda não teve a oportunidade de interpretar, mas adoraria?

 

GC: Eu estou há algum tempo querendo fazer ação, alguma coisa que precise de preparo físico específico. Luna (sua personagem em Fuzuê) é bem aventureira, então tem algumas cenas de ação que estou adorando fazer. Só que ainda assim esse não é o grande tema da novela. Ficaria muito feliz em interpretar um atleta, ou alguém com alguma profissão que precise ter uma habilidade física.

 

V: E quais são seus hobbies?

 

GC: Eu gosto muito de fazer coisas que deem uma acalmada na minha energia. Eu percebo que, no dia a dia, sou muito acelerada, pois a produtividade que meu trabalho exige é muito alta. Então, quando tenho um tempo livre, o que eu mais amo fazer é estar na praia, estar perto das minhas amigas e da minha família. Eu gosto muito de cuidar da minha energia, me realinhar, eu adoro fazer banho de ervas, vou ao mar, à cachoeira. São coisas que me reconectam com a minha essência.

 

Look 1: Colete de couro e body Ellus | Look 2: Capacete e top Ellus; bolero UpcyQuenn; meia Calzedonia; e joias JP Joalheria

 

V: Se pudesse reviver um momento especial na sua vida, que momento seria esse?

 

GC: Com a minha sequência de conquistas recentes, eu tenho pensado muito na minha avó paterna, dona Marita, que faleceu. Ela me dava tanto estímulo e acreditava tanto em mim. Ela não chegou nem a me ver na TV, pois faleceu um pouco antes, então eu acho que eu voltaria para algum momento ao seu lado, ouvindo ela falar sobre as histórias de sua vida… Só sendo cuidada, sabe? Ela tinha o melhor colo do mundo, então voltar para esse colo é uma coisa que eu gostaria muito de reviver.

 

V: Onde gostaria de “estar” daqui a dez anos?

 

GC: Meu sonho está muito relacionado com a minha casa. Eu amo cuidar da minha casa, amo decorar. Essa era a minha segunda opção de carreira, inclusive. Então eu tenho toda a minha casa já programada na minha cabeça, e eu estou com um desejo enorme de trabalhar para isso. Daqui a dez anos eu me vejo mãe. Eu me vejo trabalhando com a minha família. Fui descobrindo que as vocações ali entre as minhas irmãs e as minhas primas se conversam, então eu imagino todo mundo muito bem à minha volta, trabalhando em união e crescendo junto. Me vejo num tapete vermelho, em alguma premiação, interpretando algum personagem desafiador, relevante, e tendo esse reconhecimento. Mas o mais importante: em paz de espírito, realizada e orgulhosa da carreira que eu trilhei.  

 

texto larissa trinchão | Matéria publicada na edição 131 da Versatille

direção e styling luis fiod

fotos michael willian

assistente de foto diego gaviolli

produção de moda zeca ziembik

assistente de produção giuliana grandi 

produção-executiva andré bona

beleza helder rodrigues

assistente de beleza jaqueline vieira

manicure rose de luna

camareira mag pinheiro

tratamento de imagem thiago auge

Para quem pensa em ir para o Japão em busca de uma nova vida, também poderá procurar empregos aqui.