Dra. Cris Coelho: o segredo é comer com equilíbrio

Escolher os alimentos contemplando todos os grupos alimentares é receita de boa alimentação. Mas como fazer essa seleção de maneira natural?

O estímulo para comer pode ocorrer tanto por sinais internos, que liberamos quando estamos com fome, quanto por sinais externos, quando vemos ou sentimos o cheiro de um alimento. Nosso comportamento alimentar, quando repetido, torna-se um hábito, e tendo isto em mente, reforça ainda mais a ideia de que precisamos dobrar a atenção nas nossas escolhas alimentares para termos o desejado equilíbrio corporal. Lembre-se de que este equilíbrio deve ser o resultado da educação de nossa mente e nosso corpo – digo, nossas vontades –, pois precisamos alinhar necessidades e desejos. Ter responsabilidade nas escolhas, mesmo nas mais simples do dia a dia, com consciência e educação alimentar e, com isso, o tão sonhado equilíbrio no peso.

 

Neste período de grande comunicação e interação proporcionadas pela era digital, recebemos muita influência para consumirmos “comidas gostosas” e muitas vezes pouquíssimo saudáveis. O número de visualizações de fotos, principalmente das redes sociais, assim como o de programas de TV, aumentou drasticamente. Por outro lado, devemos ter consciência também de quais alimentos são essenciais à nossa saúde e que devem estar na nossa mesa, como laticínios, frutas, hortaliças, oleaginosas, cereais integrais e carnes com pouca gordura. E com isso vem a pergunta: qual é o segredo? Pois bem, ele não existe. Devemos deixar de lado as dietas mirabolantes e buscar o equilíbrio.

 

Uma dica importante: tenha bem claro para você que não é possível e nem devemos comer diariamente comidas ricas em açúcares e gorduras, pois essas substâncias estão relacionadas com o aumento de processos inflamatórios. Principalmente durante os momentos em que você intensifica os cuidados com o corpo, a dieta deve seguir um padrão mais linear dentro dos alimentos mais balanceados. Caso contrário os resultados não serão satisfatórios.

 

Depois de atingir tanto o equilíbrio alimentar quanto o corporal, deve-se dar continuidade à programação nutricional e tomar cuidados no que se refere aos alimentos que são um pouco mais calóricos. Nessa fase isso fica mais simples e fácil de ser executado, pois, quando se torna um hábito ter uma alimentação equilibrada, é mais fácil fazer a seleção dos alimentos. As escolhas mais saudáveis se tornam a regra, em vez da exceção. E quando você se dá conta, consumir alimentos ricos em açúcares e gorduras virou algo esporádico e comedido.

 

É importante pensar na qualidade e na quantidade, tornando esse processo parte de seu dia a dia, e assim os grupos dos alimentos terão um balanço natural dentro das suas escolhas. Então, lembre-se: alimentar-se bem é uma demonstração de amor e respeito a nós mesmos.

 

Saúde e Bem-Estar por Cristiane Coelho – nutróloga | Matéria publicada na edição 113 da Revista Versatille

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