De tecnologia a alimentação: tendências para 2020

A J.Walter Thompson aproveita a virada da década para apresentar 100 expectativas e prováveis tendências e inovações para 2020. Selecionamos algumas delas

A agência de publicidade norte-americana J.W.Thompson produz e divulga anualmente, desde 2010, uma lista extensa, com 10 tendências para 10 áreas diferentes – entre elas viagens, marketing, tecnologia e comida & bebidas.

 

Selecionamos os highlights de cinco áreas de interesse do relatório Future 100 – 2020, divulgado pela agência na semana passada. Uma das apostas são as viagens de trem como forma de reduzir o impacto ambiental dos transportes que fazem aumentar os índices de emissão de carbono, como as aeronaves. Confira mais abaixo.

 

Tecnologia e Inovação

-Regulamento para reconhecimento facial: o reconhecimento facial virou polêmica por questões de segurança e privacidade. Mas este tipo de tecnologia, que personaliza os produtos, deve ser usado cada vez mais. A missão é deixar mais transparente a maneira de lidar com a ferramenta.

-Menotech: mulheres entre 50 e 70 anos costuma ser ignoradas pela marcas, porém novos programas digitais, empresas de tecnologia e de cosméticos têm se movimentado para incluí-las. Algumas iniciativas que já existem: vitaminas necessárias para o período da menopausa e aplicativos de agenda que exploram o corpo da mulher junto com ela.

Exposição More Than Human no Barbican Londres

 

Viagens e Hotelaria

-Slow travel: inspiradas pelo pronunciamento da ativista ambiental Greta Thunberg sobre deixar de usar o avião como veículo, as viagens “sem pressa” devem ganhar força. A ideia é fazer da utilização de outros meios de transporte, principalmente o trem, uma experiência, conhecendo novos caminhos até o destino final.

-Refeições farm-to-plane: as parcerias entre fazendas e linhas áreas estão trazendo uma vivência gastronômica diferente a bordo, com ingredientes colhidos e enviados diretamente para as aeronaves. O objetivo é deixar as refeições mais saudáveis.

Aerofarm, fazenda que produz alimentos para aeronaves na Ásia

 

Marcas e Marketing

-Marcas sonoras: as empresas estão querendo associar seus produtos a sons, já que a audição é o nosso sentido mais rápido e imprime memória mais duradoura no consumidor. A BMW já está investindo na ideia.

-Revivendo o analógico: a geração que nasceu na era digital tem buscado referências de uma época que não viveu, reativando a nostalgia e a saudade desse tempo inédito para eles.

Reprodução Instagram Beats

 

Comida e Bebida

-Restaurantes anti-Instagram: os restaurantes vão encorajar os clientes a viver o presente e sair um pouco do telefone – deve ser o fim dos interiores “instagramáveis”.

-Ingredientes tendenciosos: com o boom das dietas veganas  e receitas com ingredientes orgânicos em 2019, a aposta para este ano é que os pedaços de comida que geralmente não descartamos virem parte do prato também. Bons exemplos são as sementes de melancia que viraram snacks, ou as comidas solares como a proteína em pó de dióxido de carbono.

Proteína em pó de dióxido de carbono feita pela Solar Foods

 

Luxo

-Games + retrô: o estereótipo de jogadores de videogame e de fliperama seguem inspirando marcas que estão em busca de chamar a atenção dos millennials, seus próximos consumidores-alvo – e que adoram a estética vintage dos games.

-Viagens sensoriais: todo hype em cima de meditação e mindfulness que vem acontecendo nas redes sociais inspirou hotéis e destinos luxuosos a transformarem seus ambientes em interiores sensoriais que aguçam os sentidos e focam a atenção do cliente na experiência.

Coco Game Center, exposição interativa da Chanel em Hong Kong

 

Por Sofia Tremel

Foto trem: reprodução Future 100 / JW Thompson

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