Conheça Olympia Le-Tan, uma grife parisiense que produz book clutches
As clutches que facilmente se confundem com belos livros caíram no gosto das fashionistas ao redor do mundo
Não é de hoje que as clutches que facilmente se confundem com belos livros caíram no gosto das fashionistas ao redor do mundo. A grife Olympia Le-Tan, que traz o nome de sua fundadora, reúne o melhor do savoir-faire ao descolado: peças bordadas a mão em ateliês de Portugal e da Índia, com números de série no verso (a número 01 é a mais desejada) e personalizáveis, combinadas a coleções temáticas e limitadas, que trazem, por exemplo, o universo da Barbie ou capas de livros clássicos, como The Catcher in the Rye (O Apanhador no Campo de Centeio).
Ao entrar em seu site, ou de preferência na butique parisiense, na Passage des Deux Pavillons, bem próximo ao Jardin du Palais Royal, é impossível não se encantar com o universo lúdico da grife. Quem recebe a Versatille, em uma manhã gélida e chuvosa, é a diretora de coleção, produção e desenvolvimento, Costança Nardy. Brasileira e há anos residente na cidade, ela nos conta sobre a coleção desenvolvida com a também conterrânea Amália Spinardi, que traz peças inspiradas no Brasil sem clichês: um pôster da primeira Bienal de São Paulo, um rótulo de cachaça e a exposição de Portinari, no Masp, estão entre os modelos.
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“A colaboração com a Amália é algo muito especial, que lançamos para ela, comercializada inicialmente no Moda Operandi. Nós começamos antes da covid e então paramos. Agora retomamos, e ela tem uma coleção extensa de bolsas. Na criação, introduzimos elementos do Brasil, mas não convencionais, e também que ilustrassem o país para aqueles que vivem fora”, explica.
Durante a conversa, fica nítido que a pequena loja é atrativa tanto para passantes, que se deparam com a marca pela primeira vez, quanto para clientes que vão em busca de algo específico: “O que ocorre aqui na butique é que é possível encontrar peças de muitas coleções diferentes, o que não acontece nas lojas de revendedoras. No nosso site, também temos peças mais antigas, pois não fazemos promoções e vendemos cada modelo até, no máximo, o número 77”, conta Costança. “Cada coleção tem em média oito linhos diferentes, então o que a gente faz é misturá-los, o que torna cada bolsa ainda mais única. É uma surpresa, não deixamos o cliente escolher”, conclui. Ou seja, muito mais do que apenas um livro-bolsa.
Por Giulianna Iodice | Matéria publicada na edição 126 da Versatille