V-Report: as 4 maiores tendências de consumo para 2025

Sustentabilidade, sofisticação e simplicidade se entrelaçam em um novo modo de viver para o ano

Pexels/Daniel Reche

A cada ano que passa, novas tendências despontam e se solidificam. Algumas delas, passageiras, outras mostram que vieram para ficar e amadurecem com o passar do tempo. Reunimos 21 delas para o ano de 2025, nos segmentos de arte, beleza, consumo, moda, turismo e luxo. Um panorama do ano em que estamos. A seguir, confira as tendências de consumo: 

 

LEIA MAIS:

 

VIDA EM HARMONIA

 

Não é de hoje que a preocupação com a sustentabilidade afeta hábitos de consumo de uma parcela da população. A novidade, para 2025 que, é que além dos mais jovens, os baby boomers e a geração X (nascidos entre 1945 e 1981) parecem mais interessados em mudar hábitos mais antigos e incorporar cuidados com o meio ambiente em seu comportamento de compra “Muito além da reciclagem de lixo, eles vão procurar maneiras mais sustentáveis de viver em 2025, relacionadas à moda e à vida nas cidades, como espaços comunitários e jardins autossuficientes”, explica Javier Soto, porta-voz de tendências do Pinterest Brasil. “É uma movimentação inevitável que segue um fluxo coerente, de querer preservar o meio ambiente e expandir a preocupação com a melhor vivência em comunidade” – o relatório “Pinterest predicts 2025, divulgado pela plataforma com previsões de tendências para este ano, apontou aumento de buscas para termos como “espaços da comunidade” (40% em relação a 2024) e “jardim autossuficiente” (55%), por exemplo.

 

MENOS É MAIS

 

Menos compras por impulso, mais gastos com experiências. É nessa toada que os consumidores devem seguir em 2025. Afinal, segundo dados publicados em 2024 pela Euromonitor International, 32,5% dos brasileiros estão preocupados com a situação econômica. A tendência é que o consumo neste ano seja mais estratégico, com escolhas mais conscientes, e não impulsivas. Na prática, os gastos estão mais voltados à qualidade em detrimento da quantidade (para 44,2% dos consumidores). “Além disso, a valorização de experiências sobre bens materiais continua se intensificando, com pessoas priorizando gastos em eventos, gastronomia e lazer”, analisa Vanessa Hikichi, especialista em tendências da WGSN.

 

 

MENTE SÃ, CORPO SÃO

 

Na luta contra sentimentos como angústia e ansiedade, consumidores estão buscando pequenas doses de alegria no cotidiano, afirmam os pesquisadores da WGSN. Segundo a consultoria global de tendências de consumo, eles impulsionam a chamada “funflation” – termo que mistura as palavras em inglês para “diversão” e “inflação” – com cada vez mais pessoas priorizando gastos com lazer em detrimento de bens materiais. Segundo Vanessa Hikichi, do WGSN, surgem novas possibilidades para marcas que conectam seus produtos a momentos especiais. A tendência de um consumo guiado pelo bem-estar e pela saúde mental levará os consumidores em direção a um detox digital em 2025, com a busca por mais tempo off-line e, consequentemente, por produtos analógicos e atividades ao ar livre.

 

Cresce o interesse por acampamentos, piqueniques e esportes outdoor, como bicicleta e escalada, bem como o desejo por produtos associados a essas práticas – roupas e materiais esportivos, além de alimentos e bebidas adequados para consumir ao ar livre. Nessa mesma toada – mente sã, corpo são –, o número de jovens reduzindo o consumo de álcool e até se tornando abstêmios cresce no mundo e também no Brasil: essa é a primeira vez desde 2015 que o índice de consumo abusivo de álcool entre jovens de 18 a 24 anos fica abaixo de 20%, segundo o Ministério da Saúde. Por isso, cada vez mais estabelecimentos devem ampliar seus cardápios de mocktails (coquetéis sem álcool), e a indústria de bebidas tende a expandir as opções sóbrias também.

 

Pexels/Daniel Reche

 

PREGUIÇA BOA

 

Em 2025, os consumidores serão mais preguiçosos. A preguiça, tantas vezes vista com maus olhos, agora ganha contornos de uma saudável prática de autocuidado. O relatório “Principais tendências para 2025”, da WGSN, mostra que produtos e experiências ligados ao ócio serão must neste ano. “A tendência transforma a ideia de passar longos períodos na cama e ser intencionalmente improdutivo em um ritual de autocuidado recheado de hedonismo tátil”, diz o relatório. Com isso, cresce a busca por produtos que elevam a experiência de ficar em casa. Na moda, por exemplo, ganham destaque texturas aconchegantes, roupas oversized e materiais sensoriais; na beleza, maquiagens com embalagens táteis ou fragrâncias terapêuticas; na decoração, roupas da cama sensoriais, com ingredientes e aromas nutritivos que unem cuidados com a pele e sono, além de produtos de uso noturno que melhoram a saúde da pele e dos cabelos enquanto você descansa; no turismo, os chamados SPAs do sono.

 

Por Beatriz Calais, Giulianna Iodice e Mariana Gonzalez Régio | Matéria publicada na edição 138 da Versatille

 

Para quem pensa em ir para o Japão em busca de uma nova vida, também poderá procurar empregos aqui.