7 perguntas para Clóvis de Barros Filho

No quadro Persona Versatille, o filósofo, jornalista e professor responde algumas questões sobre a vida

Foto: Divulgação

Clóvis de Barros Filho é jornalista, filósofo e professor. Com essas três formações, é de se imaginar que palavras sejam as ferramentas mais preciosas de sua vida profissional. Doutor e livre-docente pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, ele é autor de diversos livros que tratam de temas como ética, felicidade e autoconhecimento.

 

Quando não está colocando as palavras no papel, também atua como palestrante, cativando os mais diversos públicos com temas que não costumam divertir, mas que, por meio de exemplos do cotidiano, encontram um meio leve para chegar à audiência. Para ele, a comunicação é uma arte que, se bem trabalhada, tem o poder de gerar grandes mudanças.

 

LEIA MAIS:

 

Em seu livro mais recente, Projeto de Vida, publicado pela Citadel Grupo Editorial, Clóvis não apresenta aos leitores um caminho mágico para a vida feliz, mas faz um convite para que reflitam sobre a própria existência. Dentre os temas abordados está a tomada de decisão – visto que, a cada escolha feita por nós, um novo futuro pode ser formado. 

 

E, se são as decisões de hoje que determinam como será o futuro, o filósofo destaca a importância de estar no presente com corpo e mente em sintonia. Apreciar os acontecimentos, por mais corriqueiros que sejam, como abrir a janela para ver a luz do dia, é essencial para uma existência plena. No entanto, o que contribui para o bem-estar e a realização pessoal do próprio Clóvis de Barros Filho? 

 

Em entrevista para a Versatille, ele respondeu a algumas perguntas sobre felicidade, medo e inspirações. Leia a seguir.

 

Versatille: O que é felicidade para você? 

Clóvis de Barros Filho: Um instante qualquer que desejamos reviver indefinidas vezes ou eternizar.

  

V: Você tem algum lema de vida? 

CB: Se entendermos vida como do nascimento até hoje, não. Se, por outro lado, estivermos falando deste instante, sim. Meu lema é não abrir mão de nenhuma ocasião que possa me trazer elevação do espírito e leveza de alma. 

  

V: O que inspira você? 

CB: Uma aula dada por um professor excelente. 

  

V: Como a filosofia agrega no seu cotidiano? 

CB: A filosofia está impregnada no meu pensamento. Como penso o tempo todo, não há nenhum instante da minha vida que não seja decisivamente influenciado por filosofia.

  

V: Qual o seu medo? Como lida com ele? 

CB: Tenho muito medo de falar e não ser entendido. Lido com ele sentindo medo. Cada vez mais. 

  

V: Qual o seu lugar preferido no mundo? 

CB: Cidade de Matosinhos, freguesia de Senhora da Hora, Portugal. 

  

V: Se não fosse professor, filósofo e palestrante, qual profissão escolheria? 

CB: Nenhuma. Eu trabalho de acordo com o que sou. Ou com o que acredito ser. Qualquer outra profissão me levaria a viver uma vida errada. Uma vida que não é a minha.

 

Por Beatriz Calais | Matéria publicada na edição 136 da Versatille

Para quem pensa em ir para o Japão em busca de uma nova vida, também poderá procurar empregos aqui.