Conheça o Dolder Grand, um hotel com mais de 100 obras de arte de grandes artistas
No alto de uma colina e com vistas de Zurique, na Suíça, o hotel abriga criações de personalidades como Henry Moore, Joan Miró e Salvador Dali
No alto de uma colina e com vistas de Zurique, paira uma obra-prima arquitetônica de Foster e Partners: o Dolder Grand, hotel que abriga mais de 100 masterpieces de grandes artistas, como Henry Moore, Joan Miró, Salvador Dali, Fernando Botero, Andy Warhol, Jean Dubuffet, Keith Haring, entre outros. As boas-vindas no lobby são expressas por uma escultura de bronze de Albert Ernest Carrier-Belleuse, realizada no século 19, enquanto o século 20 se manifesta na Big Retrospective Painting de Andy Warhol, que se eleva sobre a recepção. Então, veja The Chapel of Remorse de Jani Leinonen ou a realidade do exausto Traveller de Duane Hanson. E a experiência fica ainda melhor com iPad para explorar a coleção, que tem curadoria da Galeria Gmurzynska.
Deu pra sentir o gostinho artsy do Dolder? Tem muito mais! A escultura Troll’s Umbrella de Takashi Murakami é uma das três do artista japonês que diverte o olhar no hotel, juntamente com a figura florida Autumn/Four Seasons de Philip Haas, de 2011. Do lado de fora, há várias outras, como Untitled Figure, uma das duas obras de Keith Haring presentes no hotel; além de Three-piece Reclining Figure de Henry Moore; Woman with Fruit de Fernando Botero; Grand personnage projet pour un monument de Joan Miró e Le Monde de Niki de Saint Phalle e Jean Tinguely. No estacionamento, encontra-se o Tour aux Figures, maître modèle de Jean Dubuffet.
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A arte ali realmente não tem limites, como se observa à saída do elevador de cada andar, mostrando obras como a 5 Kontinente, escultura de madeira de Raffael Benazzi, e vistas para a natureza. As curvilíneas suítes contemporâneas têm janelas de vidro do chão ao teto, que borram os contornos exterior/interior e permitem vistas escancaradas do entorno.
Os restaurantes também estão recheados de arte nas paredes e à mesa, como o Fine Dining, exibindo a pintura Femmes Métamorphosées, Les Sept Arts de Salvador Dalí logo na entrada; dentro, obras de Julian Schnabel, Man Ray, Tamara de Lempicka e a belíssima Les Quattre Saisons, série completa de Camille Pissarro no Private Room do The Restaurant. E as criações do ultrapremiado Heiko Nieder, “Chef do Ano 2019” pelo Guia Gault & Millau e duplamente estrelado pelo Michelin, seguem a vibe artística e ganham a harmonia de taças preenchidas pelos mais de mil rótulos da estupenda adega. O Dolder sedia anualmente o badalado Epicure Gourmet Food Festival.
O casual restô Saltz é outra masterpiece em si, projetada pelo artista Rolf Sachs, remetendo à paisagem alpina, e tem a série de fotos High Woods de Charles March, que traz o verde para dentro do hall do anexo e brinca com as sombras projetadas da cortina metálica do corredor.
E eu nem falei de wellness no spa do Dolder, que é uma ode ao bem-estar com dois andares de salas de tratamento, piscina e instalações espetaculares, pontuados por obras idem, como a acrílica Space as Object de Anish Kapoor, na recepção, ou o guache Horizontal Brushstrokes de Sol LeWitt.
Tudo isso alojado em edifícios que se harmonizam pelos contrastes: um castelo do século 19 projetado por Jacques Gros e a obra ultracontemporânea do arquiteto Pritzker Prize Norman Foster, em meio a jardins e floresta com vistas deslumbrantes do Lago de Zurique e da cidade, que é um imã para quem curte design e arte com suas galerias e museus de alto calibre. Como a nova extensão do museu de arte moderna Kunsthaus Zürich, projeto do inglês David Chipperfield, que fez dele o maior museu da categoria na Suíça. Se não quiser ir de carro até o Dolder, um funicular apelidado de Dolderbahn o conduz, com muito charme, montanha acima, para apreciar o bom gosto deste hotel único, membro do Swiss Deluxe Hotels e da Leading Hotels of the World. Puro luxo artsy. Unglaublich!
Por Juliana A. Saad | Matéria publicada na edição 128 da Versatille