Bulgari convida artistas a criar interpretações de “metamorfose”
A intervenção artística foi realizada na Galleria D’Arte Moderna durante a Semana de Design de Milão 2021, com a participação de quatro artistas internacionais
Durante a Semana de Design de Milão 2021, que ocorreu no início deste mês, a Bulgari convidou quatro artistas internacionais para realizar uma intervenção na Galleria D’Arte Moderna (GAM) com o tema “Metamorfose”. Makoto Azuma, Daan Roosegaarde, Ann Veronica Janssens e Vincent Van Duysen criaram interpretações diferentes de acordo com seus estilos e metodologias específicas.
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O mote da marca para a exposição foi metamorfose como a “realização mais revolucionária e profunda na vida de uma pessoa, uma sociedade ou do mundo em geral, e a arte e o design são seus principais intérpretes”. O resultado é uma série de instalações site-specific de tirar o fôlego.
A primeira obra exposta na galeria é “The Garden of Eden”, de Makoto Azuma, que apresenta uma árvore de latão brotando frutas e flores de verdade. Para o florista japonês, “metamorfose” é uma palavra que encapsula e expressa a noção de vida em toda a sua fragilidade. Como criaturas vivas, as flores mudam de forma, cor e fragrância com o tempo, entrando em contraste com os materiais artificiais na obra.
A exposição da Bulgari continua com “Lotus Oculus”, do holandês Daan Roosegaarde, uma homenagem à arquitetura romana. Na obra, uma grande superfície de placas inteligentes inspiradas na flor de lótus responde ao calor e à luz, ganhando um brilho dourado. Para o artista, é “uma metamorfose da tecnologia e uma metáfora da natureza”.
Em seguida, “Gam Gam Gam”, da britânica Ann Veronica Janssens, traz uma reflexão sobre os efeitos ópticos da luz refletida para gerar imagens em constante mudança. Eles são obtidos por meio da refração e reflexão da luz em uma série de aquários em uma sala da exposição da Bulgari, que se transformam em radiantes caleidoscópios. Os efeitos coloridos podem ser observados de acordo com o passeio ao redor dos objetos.
Por fim, “Shelter”, do belga Vincent Van Duysen, é um objeto monolítico criado como um refúgio que oferece abrigo e silêncio. No centro da sala, uma plataforma ergue-se do tapete, com uma composição de superfícies que forma um labirinto, ao qual o visitante pode adentrar para experimentar uma nova percepção do espaço. A ideia da obra é evidenciar o contraste entre a simplicidade das formas arquitetônicas puras e a ideia de suntuosidade e maximalismo.
Por Redação Versatille