Japan House abre exposição inédita sobre o papel das janelas

Em cartaz até 22 de agosto, 'Windowology' reúne desenhos técnicos, maquetes, fotos, vídeos, artes plásticas, mangás e obras literárias

Japan House apresenta Windowology
Japan House apresenta Windowology (Marina Melchers)

A Japan House São Paulo abre a partir de terça-feira (29) a exposição inédita “Windowology – Estudo de janelas no Japão“, que fala sobre a importância das janelas na arquitetura e na construção social, em cartaz até 22 de agosto com entrada gratuita.

 

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Japan House apresenta Windowology

Um dos destaques de Windowology é a maquete em tamanho real de uma casa de chá (Marina Melchers)

 

A mostra reúne desenhos técnicos, maquetes, fotos, vídeos, artes plásticas, mangás e obras literárias, que buscam mostrar aos visitantes o papel das janelas no design, na construção das relações sociais, nas artes, na arquitetura e na literatura. Ainda são propostas diversas leituras sobre a representação do elemento nos processos artesanais, como na produção de sal, cerâmica e incenso.

 

Capaz de conectar o externo e o interno, permitir entrada de luz e ar nos ambientes, proteger do frio e da chuva e fazer com que seja possível observar o outro, a janela também pode ser vista em suas diferentes aplicações e seus múltiplos formatos, que foram se adaptando às necessidades das diferentes culturas ao longo da história.

 

Japan House apresenta Windowology

Mangás e obras literárias também remontam o papel das janelas (Marina Melchers)

 

A exposição foi concebida pelo Window Research Institute, instituição japonesa que realiza pesquisas em torno deste elemento que pode parecer banal, mas é imprescindível à vida, ainda mais em momentos de reclusão social, como o que o mundo vive atualmente.

 

Pelo viés da arquitetura japonesa, as janelas são feitas de madeira e compostas por colunas e vigas, permitindo uma boa ventilação. Um exemplo desse uso são as salas de chá (chashitsu), um programa arquitetônico especial que reúne diferentes tipos de janelas num espaço pequeno. Uma delas é o Yōsuitei, também denominado Jûsansōnoseki (sala de 13 janelas), casa de chá que possui o maior número de janelas e que é exibida em tamanho real (escala 1:1), feita de papel artesanal japonês (washi), na mostra.

 

Japan House apresenta Windowology

Detalhe da casa de chá (Marina Melchers)

 

“As janelas são repletas de simbologias e atribuições poéticas e valorizar algo que está ao nosso lado nem sempre é uma percepção imediata”, afirma Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da Japan House São Paulo. “Mas basta pensar nas consequências da sua ausência, especialmente em tempos de confinamento e isolamento, para entendermos o porquê de elas merecerem tanta deferência.”

 

Para Igarashi Taro, curador da mostra, as janelas permitem que as pessoas possam compartilhar esperança e gratidão de forma única. Taro é Doutor em engenharia, historiador, crítico de arquitetura e professor na Universidade de Tohoku, em Sendai, no Japão. Foi curador do Pavilhão japonês na Bienal de Veneza, em 2008 e atuou como diretor artístico da Trienal de Aichi, em 2013.

 

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Fotografias e maquetes mostram como a janela evolui na arquitetura com o passar do tempo (Marina Melchers)

 

Uma das frases que resume bem a mostra é a do escritor Tsukamoto Yoshiharu: “A essência atemporal da janela reside no modo como ela tem um lado prático e, ao mesmo tempo, convida à imaginação poética”.

Serviço

De 29 de junho a 22 de agosto;
Segundo andar;
Entrada gratuita;
Reserva online antecipada (opcional) no site.

Japan House São Paulo – Avenida Paulista, 52

Horário de funcionamento:
Terça-feira a Domingo, das 11h às 16h
Entrada gratuita
Devido ao coronavírus, o espaço está funcionando com capacidade reduzida.

 

Por Mattheus Goto

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