Alina Szapocznikow ganha mostra individual em Londres

Primeira exposição individual da escultora polonesa tem peças de seu período mais ativo

Se você estiver em Londres em algum momento entre os dias 7 de fevereiro e 2 de maio, dê uma passada na galeria Hauser & Wirth. Vai estar em cartaz nesse período a exposição individual de Alina Szapocznikow, artista polonesa que viveu entre 1926 e 1973 e foi uma sobrevivente do Holocausto.

 

 

A exposição é celebrada por mostrar os trabalhos da escultora realizados entre 1962 e 1972. Foi nessa época que ela começou a usar o seu próprio corpo em obras fragmentadas em partes – como a região da boca ou apenas uma das pernas, para que parecessem livres, desejáveis e, ao mesmo tempo, em processo de decomposição, produzindo um resultado emocionalmente forte e de apelo surrealista. “Meu gesto é dirigido ao corpo humano, ‘essa zona erógena completa’, às suas sensações mais vagas e efêmeras. Quero exaltar o efêmero nas dobras de nosso corpo, nos traços de nossa passagem”, disse ela em 1972. A escultora polonesa é até hoje reconhecida como pioneira em uso de materiais não convencionais como resina de poliéster colorida e itens do cotidiano que vão de meias-calças a grama.

 

 

 

Judia, Alina passou pelos campos de Auschwitz, Bergen-Belsen e Theresienstadt. Após a Segunda Guerra, foi aprendiz de Josef Wagner em Praga e passou pela École des Beaux-Arts em Paris, onde trouxe para seu trabalho os conceitos clássicos de equilíbrio, volume, espaço, sombra e luz. A galeria pega carona na mostra para lançar um novo livro sobre a artista polonesa. To Exalt The Ephemeral: Alina Szapocznikow, 1962-1972, apresenta ensaios e histórias por trás das obras.

 

Alina Szapocznikow trabalhando em sua obra Grandes Ventres, Grandes Barrigas (Grands Ventres Big Bellies) em 1968

 

 

Por Sofia Tremel
Fotos: Reprodução Instagram

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