Depois de 50 anos de carreira marcados por uma alma irreverente e criativa no mundo da moda, o estilista francês Jean Paul Gaultier deu adeus às passarelas na noite de quarta-feira, 22. O desfile lotou o Théâtre du Châtelet de amigos e admiradores fashionistas, modelos e estilistas. Entre eles a ex-supermodelo e ex-primeira dama francesa Carla Bruni-Sarkozy e os designers Nicolas Ghesquière, Christian Lacroix, Dries Van Noten e Christian Louboutin, que assinou parte dos sapatos.

 

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O anúncio da despedida de Gaultier foi recebido com surpresa por seus fãs, que admiravam seu espírito transgressor e revolucionário. Afinal, ele é responsável por introduzir saias e maquiagens para homens e por dar espaço para a diversidade, numa época em que isso não era uma demanda da sociedade. JPG sempre colocou na passarela modelos de todos os gêneros, shapes, cores, idades e origens. O desfile-celebração de Gaultier recapitulou seus códigos mais famosos: a lingerie, a androginia, o jeans couture e a cena underground dos anos 1980 em 200 looks exibidos por um casting especial, de modelos de longa data, como Karlie Kloss e a brasileira Laís Ribeiro, a amiga atriz espanhola Rossy de Palma, e a performer Dita von Teese.

 

 

Para fechar o desfile, um show de Boy George, que arrancou aplausos, sorrisos e muita comoção ao som de “Back to Black”. Apesar da memorável despedida, o enfant terrible continuará a ter algum papel em sua empresa, que pertence ao grupo espanhol Puig, e mais, garantiu que a alta-costura continuará, mas com um novo conceito.

 

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Por Maria Alice Prado