10 estabelecimentos que movimentam a economia circular
Roupas, livros e móveis usados estão entre os produtos comercializados pelas lojas que colaboram com o consumo de forma consciente
Cada vez mais os consumidores se preocupam com o impacto de suas compras no ambiente e na sociedade em geral. Seja buscando o posicionamento das marcas ou priorizando negócios sustentáveis, essa atenção já é realidade e não representa uma tendência passageira.
Segundo dados do thredUP’s Annual Resale Report, em 2012 os ativos ESG (meio ambiente, social e governança) representavam apenas 11% do mercado financeiro mundial. Para 2025, a meta é alcançar 50%. Um grande avanço em menos de 15 anos. E é nesse cenário que a economia circular ganha mais força. Baseada no conceito de redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia, essa economia busca reduzir os impactos negativos do consumo.
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Afinal, para que produzir tantos produtos se já temos um acervo infinito disponível para reutilização? Segundo o Instituto Fashion Revolution, apenas a produção de uma simples camiseta exige o consumo de quase 2kg de combustíveis fósseis e cerca de 3 mil litros de água. Para uma calça jeans, são 10 mil litros de água. Esses dados são apenas relacionados ao mercado da moda, mas outros setores também passam pelo mesmo impacto na hora de produzir sem controle.
Pensando nisso, cada vez mais estabelecimentos de economia circular ganham a preferência dos consumidores. Seja na venda de roupas, livros ou móveis, essas lojas entregam algo exclusivo e histórico e ainda ajudam na redução do consumo desenfreado. Confira, a seguir, 10 negócios de economia circular que merecem destaque.
Se você não quiser, eu quero
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Com produtos garimpados pela jornalista Patrícia Ferraz, a “se você não quiser, eu quero” é um brechó de produtos de cozinha que defende um consumo consciente e com menos impacto ambiental. “Sabe aquela ideia de repensar, reusar, reciclar… Pois é, tratamos de empregá-la aqui. Só vendemos produtos de segunda mão, testados e em perfeito estado”, explica o anúncio de boas-vindas ao site oficial do brechó.
Frou Frou Vintage
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O brechó Frou Frou Vintage foi inaugurado em novembro de 2007 na Rua Augusta, em São Paulo, e tem a curadoria de Luzia Belucci e Giovanna Belucci. Embora a seleção de roupas tenha forte predominância das décadas de 70 e 80, é possível encontrar peças desde a era Vitoriana até a moda atual. Além disso, o acervo conta com achados de grandes marcas, como Dior, YSL, Ferragamo, Comme des Garçons, Chanel entre outros.
Cansei, Vendi
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O Cansei, Vendi é mais um exemplo de brechó de luxo que aposta na economia circular. Criado por Leilane Sabatini em 2013, o negócio nasceu de forma despretensiosa no Instagram. Inicialmente, Leilane estava apenas tentando encontrar novos donos para peças de luxo que estavam paradas em seu closet. Ao longo do tempo, a página foi ficando cada vez mais conhecida e conquistando adeptos — tanto aqueles que buscavam comprar peças de grife quanto os que queriam passar para frente. Em 2018, a atriz Luana Piovani se tornou sócia do negócio, que atualmente também possui uma loja física na Alameda Lorena, nos Jardins.
Desculpe a Poeira
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O sebo “Desculpe a Poeira” foi criado pelo jornalista Ricardo Lombardi, que decidiu se dedicar integralmente ao negócio e levar uma vida intimamente ligada à seleção de livros antigos e usados. O espaço, que foi montado por ele, fica em uma garagem na rua Sebastião Velho, em Pinheiros. Mas, para quem não mora na cidade, também é possível aproveitar a seleção de livros do sebo pela internet, seja pelo instagram ou pelo perfil da marca no site Estante Virtual.
Jardin Velharia
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O Jardin Velharia, autodenominado garimpo virtual de móveis, possui um serviço de ponta a ponta: é possível adquirir os produtos tanto de forma on-line quanto presencial. Para quem compra pelo perfil – @jardinvelharia – ou pelo aplicativo e opta por retirar na loja, o espaço fica localizado na Rua Mateo Forte, 213, Água Branca. Por trabalhar com peças únicas, a loja não efetua trocas, apenas devolução – em até sete dias – dentro dos critérios de elegibilidade.
TROC
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Luanna Toniolo, fundadora do brechó online TROC, decidiu investir na moda consciente em 2015, quando percebeu que seu sonho era trabalhar com algo que gerasse algum impacto positivo. Deixou a carreira no direito tributário para trás e começou a pesquisar se seria viável criar um brechó de luxo no Brasil. Após muitas pesquisas de campo, viu que as pessoas realmente estavam dispostas a comprar e vender suas peças em uma plataforma reconhecida, então tirou seus planos do papel e criou a TROC — que recebe as peças, produz as fotos e vende na plataforma online ou no pop up físico da Oscar Freire, em São Paulo.
Banana Azul Vintage
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Com enfoque em luminárias dos anos 1950 aos 1980, o Banana Azul Vintage tem curadoria do arquiteto Eduardo Olla e não possui ponto físico nem site oficial. Para compras, aluguéis, restaurações ou vendas, o local oficial para contato é o instagram @bananaazulvintage — o que é uma ótima notícia, visto que a loja realiza entregas para todo o Brasil.
Minha Avó Tinha
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Em um casarão de vários andares na Lapa, o brechó “Minha Avó Tinha” tem um nome autoexplicativo. No espaço, é possível encontrar roupas, móveis e acessórios de diversas décadas diferentes. Vale ir com tempo para garimpar — mas, para quem não consegue visitar, também é possível acompanhar algumas novidades na página do brechó no Instagram.
Sebo Nova Floresta
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Um dos sebos mais tradicionais de São Paulo, o “Nova Floresta” foi fundado em 1999 e fica na Praça Dr. João Mendes, no Centro Histórico da capital paulista. A loja física possui três andares recheados de livros, CDs e DVDs que representam tesouros para muitos consumidores. O acervo literário conta com mais de 150 mil títulos, que muitas vezes também ficam disponíveis no perfil da loja no site Estante Virtual.
Gaspar Garimpo
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Com funcionamento 100% on-line – pelo Instagram @gaspargarimpo –, o perfil da loja de antiguidades é um passeio por décadas passadas. Com pratos, máquinas de costura e telefones antigos, o foco principal é a decoração, mas também é possível garimpar móveis e outros acessórios vintage.
Por Beatriz Calais