Uma casa de praia luminosa em Iporanga

Sem intervir na parte estrutural, reforma modernizou um refúgio no litoral paulista com troca de acabamentos, novo mobiliário e muita madeira para acolher a família nos fins de semana

Depois de visitar mais de três obras na região da praia de Iporanga, no Guarujá, Litoral Sul paulista, os donos desta casa não tinham dúvidas de quem seria a arquiteta escolhida para comandar a atualização do imóvel de cerca de duas décadas. Patricia Bergantin, profissional com longa experiência nos segmentos residencial e hoteleiro, tinha assinado todos os projetos percorridos pelos dois – e já no primeiro encontro havia captado a essência que conduziria a reforma. “O desafio era transformar os ambientes e trazer mais aconchego, sem alterar demais a arquitetura nem mexer na parte estrutural, que demandaria mais custos e tempo de obra”, resume a profissional.

 

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Há nove anos em carreira solo, Patricia, que foi associada do renomado escritório Anastassiadis Arquitetos, compreendeu que faltava uma conexão entre as alas social e íntima. Começando as mudanças pelo hall de entrada, que entrou no lugar de um antigo gazebo, alcançou generosos sete metros de pé-direito e uniu os dois blocos da casa, funcionando como um ensolarado pátio interno.

 

“Curiosamente, quando inaugurei meu escritório, os três primeiros trabalhos foram refúgios na praia. Embora não faça somente isso, eu amo o assunto, justamente pelo contato com a natureza”, diz a arquiteta. Sem quebrar vigas nem pilares, ela conseguiu modernizar a fachada ao criar uma nova volumetria, mais horizontal e calorosa após a chegada, principalmente, dos brises de cumaru. Aliás, a madeira, com suas nuances e formas variadas, é um dos elementos mais presentes em toda a construção, combinando com grandes aberturas.

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Para aproveitar melhor a vista do verde e também a proximidade com o mar, Patricia Bergantin cuidou de abrir ao máximo os vãos dos ambientes e quebrou paredes em busca de integrar melhor as áreas, caso do living e da sala de jantar. “Na varanda da suíte principal, o guarda-corpo engastado no piso de concreto é feito de vidro, evitando criar barreiras visuais capazes de impedir que os moradores pudessem ver a praia do quarto”, explica. Além da madeira e do mosaico português presentes em alguns pisos, outros elementos naturais ajudam a compor a paleta de cores do projeto, a exemplo do pergolado que sombreia a varanda gourmet. Ele recebe uma cobertura de vidro e um tramado de talas de dendê, um achado produzido por artesãos de Trancoso, na Bahia. Ambientes assim, que privilegiam a interação da família, não faltam.

 

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E quando todos querem ver televisão, séries ou ouvir música é na sala de TV, com madeira em piso, paredes e teto, que os encontros acontecem. “Enquanto lá fora tudo é muito luminoso, esse cantinho prioriza o descanso, e virou um dos lugares prediletos da casa, especialmente nos fins de tarde”, revela Patricia.

Essa mistura de materiais rústicos com outros modernos é responsável por dar bossa ao projeto e tornar todos os ambientes acalentadores, mesmo quando são predominantemente claros e sóbrios. “Mesclar texturas, diferentes tecidos e pontuar de cor, seja em obras de arte ou até em objetos, é o que arremata e esquenta a decoração”, completa. O resto da história quem complementa são as peças os móveis dos moradores, enriquecendo cada lugar de memórias, como um livro com páginas em branco prestes a serem preenchidas.

 

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HOME por Danilo Costa | Matéria publicada na edição 113 da Revista Versatille

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