Sucesso da quarentena, aplicativo Zoom agora é “desastre de privacidade”

Pesquisadores chamaram o Zoom de "um desastre de privacidade" e "fundamentalmente corrupto"

Como passar pela quarentena sem ver família, amigos e sem fazer reuniões de trabalho? Impossível. O aplicativo Zoom veio a calhar: quem já tinha, usou ainda mais; quem não tinha, baixou o app no desktop e no celular. Mas, aparentemente da noite para o dia, o que seria a solução para videochamadas tornou-se um problema: o Zoom foi classificado como malware e as mesmas empresas que o haviam adotaram como ferramenta oficial de trabalho, bloquearam o app.

 

No Brasil, a Anvisa anunciou nesta segunda-feira (06/04) que bloqueou a plataforma nos computadores da agência por falhas “gravíssimas de segurança“. Segundo o comunicado, as falhas poderiam “permitir o acesso não autorizado à câmera e ao microfone, o roubo de usuário e senha de acesso, bem como a coleta e envio de informação das ligações”.
Segundo a SimilarWeb, houve um aumento no tráfego diário de usuários de 535% só no último mês, e na versão de aplicativo para iPhone, é o app mais baixado nos EUA há semanas. Entretanto, em meio a acusações de vulnerabilidades, pesquisadores chamaram o Zoom de “um desastre de privacidade” e “fundamentalmente corrupto”. Além dos problemas relatados pela Anvisa, especialistas em segurança apontam a invasão de hackers em chamadas, com ofensas raciais e ameaças e a falta de sistemas de criptografia.

 

 

O presidente executivo do Zoom afirmou à Anvisa que está aplicando correções de segurança em seu sistema e a agência disse que vai reavaliar o uso da plataforma após as atualizações prometidas.

 

 

A Anvisa não foi a única a banir o Zoom por precauções com a segurança. Semana passada, distritos escolares nos EUA seguiram o mesmo caminho e a SpaceX, de Elon Musk, proibiu funcionários de utilizar a plataforma.

 

Por Gabriela Neumann

Foto: Reprodução Instagram

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