Semana de moda masculina de Milão: Prada, Fendi e Tod’s mantêm tendência comfy com originalidade e elegância
As grifes pautaram suas coleções de inverno 2021 no reflexo pandêmico de causalidade e busca por conforto
Desde o dia 15 de janeiro, seguindo a decisão da Fédération de la Haute Couture et de la Mode, têm acontecido os desfiles da Semana de Moda Masculina de Milão, sem convidados. Apesar da luta contra a pandemia ter ganhado mais força com o surgimento de vacinas, as coleções das grifes Prada, Fendi e Tod’s, propuseram reflexões do período de crise. Entre as três marcas, apenas a Fendi manteve o desfile físico.
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A segunda coleção com codireção de Miuccia Prada e Raf Simons, denominada “Possible Feelings” (Possíveis Sentimentos), foi apresentada no domingo (17) e se pautou na dualidade entre conforto e rigidez. As peças mostraram, a partir do contexto paradoxal gerado pela pandemia, a busca da sociedade por segurança e tranquilidade na fase de tensão que atravessamos.
Os tricôs colados ao corpo, como uma espécie de pijama “segunda pele” remetem a jumpsuits de bebês com punhos e as barras são um exemplo claro da permanência da tendência de conforto sofisticado. Além dos sobretudos, que foram o destaque do desfile, luvas coloridas feitas em couro com minibolsas acopladas e mochilas com fecho de envelope.
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Já a Fendi, que apresentou sua coleção no mesmo dia, apostou em looks que exprimem uma jornada em um jogo de ilusões, seguindo o atual cenário que tem gerado euforia e esperança de dias melhores, mas ainda com um caminho nebuloso à frente.
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Com direção criativa de Silvia Venturini Fendi, a coleção representa a realidade por meio da adição e subtração de cores e leve brilho. As peças acolchoadas, por sua vez, bem como a jaqueta Perfecto que ganha versão ampla, em tecido, também apontam para a tendência comfy impulsionada pelo isolamento.
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A Tod’s, por fim, teve seu desfile digital estrelado pelo galã italiano Lorenzo Zurzolo, da série “Baby”, do Netflix, para fazer jus à paixão por cinema do diretor criativo Walter Chiapponi. A coleção Tod’s Fall, apresentada em um curta-metragem intitulado “#sevenT”, também é um espelho da solidão trazida pelo cenário pandêmico que pode ser uma oportunidade para introspecção e autodescoberta.
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As peças da grife mantêm a linha de conforto e praticidade por meio de tecidos elásticos e macios como caxemira, tweed, veludo cotelê e malha. Além disso foram apresentadas jaquetas acolchoadas e parkas finas e despojadas, bem como peças de alfaiataria que conciliavam elegância e casualidade. Tudo foi embalado por uma sutil atmosfera nostálgica dos anos 70.
Por Laís Campos
