“O tênis me deu tudo na vida. Quero que essas crianças tenham a mesma oportunidade”, diz o fundador do Instituto Futuro Bom

Alunos da instituição sem fins lucrativos estreiam a quadra de tênis da terceira edição do Copa no Copa

(Foto: Versatille)

Hoje (25), um dia antes de a terceira edição do evento Copa no Copa começar oficialmente, os alunos do Instituto Futuro Bom estrearam a quadra de tênis do Copacabana Palace em uma oficina especial com a ex-tenista profissional Letícia Sobral. Conhecida pelo “método Letícia Sobral”, a esportista passou um pouco de seu conhecimento após anos de experiência em quadra e muito estudo.  

 

Embora a oficina tenha propiciado um dia diferente para os alunos do instituto, a quadra do Copacabana Palace não é novidade para eles. Em parceria com a instituição sem fins lucrativos, o hotel recebe jovens tenistas toda terça e quinta-feira para um projeto chamado Princesinhas do Copa, focado no público feminino – a ação faz parte de um projeto maior, Tênis nos Hotéis, que atende crianças a partir de 11 anos e oferece a prática do tênis em quadras de hotéis cinco estrelas.  

 

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Com os projetos Tênis nas Escolas, Educação para o Futuro e Passaporte Premiado, esse programa, em parceria com os hotéis, representa o esforço de Marcus Vinicius Meira Fonseca, fundador do Instituto Futuro Bom, para democratizar o tênis e inserir crianças e adolescentes das comunidades em outro círculo social e esportivo. “O tênis é um esporte muito relacionado à elite, e por isso é tão especial introduzir essas crianças em um mundo que está sendo distanciado delas. É importante que elas conheçam esses espaços como jogadores e não como empregados. Isso impacta na autoestima dos jovens esportistas”, explica.  

 

Para o fundador, que também é tenista e tem um relacionamento de longa data com o esporte, o tênis é capaz de mudar vidas e trilhar histórias. “O esporte está ligado à educação. Eu fui atleta e levo isso no meu DNA, então busco transmitir esse sentimento para os alunos. O tênis me deu tudo na vida. Quero que essas crianças tenham a mesma oportunidade que eu tive, de poder crescer e se desenvolver com o tênis”, revela. Há quase dez anos em atividade, o Instituto Futuro Bom tem impacto na vida de cerca de 500 alunos de comunidades da Zona Sul do Rio de Janeiro.  

 

(Foto: Versatille)

 

Aysha, de 16 anos, é um dos talentos da instituição. Sua mãe, Andrea da Silva Oliveira Barbosa, acompanha todas as aulas e competições com muito orgulho. Sentada ao lado da quadra assistindo à filha participar da oficina com Letícia Sobral no Copacabana Palace, ela conta, animada, sobre a relação da jovem com o esporte: “No início do ano ela teve de escolher entre o judô e o tênis, porque as aulas estavam caindo no mesmo horário. Foi difícil, mas ela escolheu o tênis”, recorda. “Ela gosta muito, e eu assisto tanto que até aprendi algumas técnicas.” No momento, Aysha vive o sonho de seguir no esporte como profissão – um desejo que Andrea compartilha com paixão.  

 

“O projeto faz parte de um ciclo. Queremos que eles estudem e ganhem novas oportunidades na vida”, reforça Marcus. “Neste mês, contratamos quatro ex-alunos que se formaram em educação física. Eles foram alunos e agora são monitores. Isso é muito especial.”  

 

Na oficina com Letícia Sobral, cerca de dez crianças puderam aprender novas técnicas para colocar em prática no dia a dia. Além disso, ao fim do Copa no Copa, todas as bolas usadas no evento serão doadas para a instituição.

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