O que fazer em quatro dias de viagem por Bal Harbour, no condado de Miami
Com pouco mais de 2 quilômetros de extensão, o local esbanja beleza, comodidade e hospitalidade
Miami é destino top-of-mind entre os brasileiros. Inclusive, fato já conhecido é que muitos deles a elegeram como residência, movimento que segue crescendo nos últimos anos. Com diversas opções de voos diretos partindo de São Paulo e de outros aeroportos brasileiros, complementadas pelo trajeto relativamente curto – apenas 8h15 –, fica ainda mais fácil apreciar o condado. Nessa ida, o destino da minha viagem era Bal Harbour, cidade de Miami-Dade, localizada bem ao norte de Miami Beach.
Muitas palavras definiriam o local, que tem pouco mais de 2 quilômetros de extensão, fato especialmente atraente para quem, como eu, está habituado a dias corridos numa metrópole como São Paulo. A melhor delas, na minha opinião, é lifestyle. Com ampla concentração de serviços estruturados, como o superconhecido Bal Harbour Shops, opções diversas de restaurantes e hotéis cinco estrelas, o destino acaba sendo atraente para quem pode até gostar de “tranquilidade”, mas não dispensa ter opções próximas. Numa imersão de quatro dias por Bal Harbour e seus arredores, compartilho, na sequência, os destaques de tempos, definitivamente, maravilhosos.
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1º dia
Logo ao chegar, fui recepcionado com um café da manhã no The Ritz-Carlton [com a diretora de marketing Jisun Lee e Brigette Bienvenu, diretora de vendas e marketing para The Ritz-Carlton, South Beach e Bal Harbour], hotel em que me hospedei na primeira noite. Servido no Artisan Beach House, que tem vista literalmente azul, para o Oceano Atlântico. Na sequência, o tour pela propriedade revelou a nova loja da Krigler, perfumaria de alto luxo que abriu as portas no início do ano. A marca, fundada em 1904, está atualmente na quinta geração da família e preserva um legado, ao mesmo tempo que traz inovações.
Para descompressar do voo, não teve pedida melhor do que uma tarde livre no hotel, ideal para aproveitar a estrutura da piscina e das cabanas localizadas na praia, que é semiprivada. Nesse momento, usufrui o melhor da gastronomia e dos drinques.
Antes mesmo do jantar, um momento para aproveitar o quarto. Um dos grandes destaques, além da vista paradisíaca, é que cada andar do prédio abriga apenas duas acomodações. A decoração do quarto é de estilo clássico, repleta de materiais especiais e madeiras em tonalidades claras.
A noite começou no novíssimo Makoto, japonês referência – e muito conhecido dos brasileiros – que acaba de expandir e mudar-se para o terceiro piso do Bal Harbour Shops. O salão amplo agora possui um agradável terraço e um novo balcão, que acomoda 16 pessoas. Os tons claros de rosa, açafrão e sândalo quebram a imagem do que é aguardado dos restaurantes japoneses, normalmente com ambientes mais escuros. No menu, além das opções cruas, pratos quentes como carnes premium, como da raça japonesa wagyu que, pessoalmente, aprecio.
2º dia
Após uma noite de sono profundo no The Ritz-Carlton Bal Harbour, acordo pronto para aproveitar o dia. Basta andar pelo hotel para notar uma coleção impressionante de obras, avaliada em 3,5 milhões de dólares.
Numa visita matinal, conheço o novo projeto do Beach Haus, que são residências de aluguel para férias, que proporcionam toda a sensação de uma casa, com serviço de hotel e localização, definitivamente, privilegiada. Inesquecível o almoço no tradicional italiano Carpaccio, também localizado no Bal Harbour Shops, em que experimentei uma lagosta superfresca e farta, servida junto a um espaguete. Excepcional.
À tarde, um passeio no Bal Harbour Waterfront Park, espaço público, com mais de 6 mil metros quadrados, voltado à comunidade local e a visitantes. Como é importante ter lugares assim, em que é possível exercitar-se, em modalidades como yoga, futebol e frisbee e, simultaneamente, ter contato com a natureza e o ar puro. Um espaço que demonstra a preocupação do poder público em oferecer o melhor aos frequentadores e seguir aprimorando a infraestrutura.
O jantar, com toda certeza, foi o preferido da viagem inteira. O mediterrâneo ABA, que tem desde clássicos como hommus a variedade de mezzes para compartilhar, como criações mais autorais, não tão conhecidas dos países mediterrâneos. Em uma sequência de pratos, experimentei boa parte do menu, e todos estavam surpreendentes ao paladar.
3º dia
Já acordo em um novo quarto, no cinco-estrelas St. Regis Bal Harbour. O complexo abriga hotel e residências que levam a bandeira, referência global quando se trata de hospitalidade. Inaugurado há pouco mais de uma década, tudo ainda parece bem novo. Com mais de 4 mil metros quadrados, o SPA Remède impressiona por suas instalações ultracompletas – são mais de 12 salas de tratamentos. Seguindo o clima mediterrâneo da noite anterior, o café da manhã é servido no restaurante com sotaque grego, Atlantikos, que abriga um bufê extenso.
Para oxigenar a mente, um dia imerso em arte. O Pérez Art Museum Miami, ou PAMM, abriga uma coleção de arte contemporânea e moderna reconhecida – aliás, a brasileira Marcela Cantuária acaba de expor por lá. A arquitetura, além das obras, impressiona. Provavelmente, uma das melhores partes em estar na cidade de Bal Harbour é saber que, por meio do programa Unscripted Bal Harbour Art Access, criado há 15 anos, é possível visitar os melhores museus e galerias de arte de Miami gratuitamente – caso do PAMM, mas também de outros 15 espaços de arte.
O almoço foi no novíssimo Avenue 31 Café, restaurante original de Monte Carlo, localizado no segundo piso do Bal Harbour Shops. O menu é focado em opções italianas, inspiradas nos cafés da Itália, com toques da Côte d’Azur. Na sequência, um passeio pelo shopping, que acaba de inaugurar um novo lounge VIP, o Access Suite. Feito para os membros de seu programa de fidelidade, o Access, agora, a grande novidade é o espaço, com serviço de personal shopper. Os clientes podem usufruir uma consultoria individual, mas, também, eventos como desfiles pequenos e encontro com designers.
No cair do sol, retorno ao hotel para drinques excelentes no The St. Regis Bar, que antecederam o jantar no Colameco, também italiano.
4º dia
É quase hora de voltar a São Paulo, mas não antes de conhecer o badalado LeZoo, que, aos domingos, serve um brunch concorrido. O menu tem inspiração nos cafés de Paris e nas praias de St. Tropez. Apreciei um belíssimo steak frites. Chegou a hora de ir, com uma vontade de voltar em breve.
Por Rogerio G. Sfoggia | Matéria publicada na edição 135 da Versatille